Capítulo 16

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Acordei cedo,  com duas bolsas escuras enormes debaixo dos olhos. A noite foi tensa! Tomei um banho assim que sai da cama, para limpar o suor do corpo, troquei os lençóis sujos por limpos e deitei novamente esperando até Bela acordar. A casa estava limpa e organizada, não tinha muito o que fazer, apenas o café da manhã para nós duas, porém estava fácil o preparo.

Fiquei olhando o teto, sem o vê- lo realmente, minha mente estava em outro lugar ou melhor em outra pessoa. Meu corpo se acendeu novamente. Que merda! Que droga que usei? Nicolas me aquecia, fervilhava o corpo inteiro. Lembrei de seu toque em meus seios e seu hálito quente os mornar. Sugando e mordendo. 

Fechei os olhos e toquei meus seios estumecidos, brinquei com o bico, imaginava Nicolas os envolvendo com a língua. Logo perdi o controle do meu corpo, desci uma das mão e circulei meu ponto úmido. Um suspiro carregado de desejo saiu da garganta. Sim, eu o queria. Abaixo de minha cintura. Com os olhos fechados vi sua imagem e senti sua língua deslizar na cavidade íntima. Nicolas chupava, Nicolas lambia, Nicolas fazia cócegas com sua barba, Nicolas a aquecia e eu sentia cada toque  de sua língua em minha cavidade íntima. Uma fagulha subia pelo ventre e me retorcia na cama, enquanto uma das mãos explorava os seios firmes e desejosos. Suas mãos abriam minhas pernas e sua cabeça descia chupando cada gota do meu deleite. Seus labios abriam em um sorriso safado e seus dedos me defloravam. O peito nu muscoloso enrreveredava entre minhas pernas, enquanto sua boca descia para aquecer ainda mais meus seios, seus dentes puxaram o bico rosado e seu pênis investiu em uma estocada rápida e eu explodi em inúmeras partículas. Quando abri meus olhos, apenas o teto me envolvia.

Meu Deus! O que acabei de fazer! Senti vergonha do meu corpo e de mim. Nicolas é uma droga  letal, pior que crack , cristal ou qualquer  uma dessas. Levantei e fui ao banheiro  novamente me limpar. Deitei,  peguei o celular e comecei a pesquisar algumas empresas, afinal estava desempregada.

Por mais que quisesse, a pesquisa não me concentrava e meus pensamentos  iam em direção a ele. Hoje será a festa na casa de seu pai e só tinha calças jeans, algumas sociais que usava para trabalhar, mas estavam bem surradas, as blusinhas que eram mais novas, porém era tudo simples, nada chique. Não tinha nenhum  vestido descente. Não que me importasse com o fato de estar arrumada. Mas não quero  passar vergonha  em meio  a eles.

Bela tem um vestido novo, que não havia usado ainda, daria para ir tranquilamente, precisa apenas  de um sapato combinando. Abri o aplicativo  da conta e visualizei o saldo. Acredito  que dá  para comprar  alguma coisinha.

Acordei  Bela e disse- lhe que iríamos as compras. Animada levantou,  tomou seu café  da manhã e se
arrumou, enquanto ligava a Mel para nos acompanhar.

Uma hora e meia depois, estamos no shopping rodando as lojas de roupas.

_O que você  vai comprar? _ perguntou Mel_ Tem que ser um vestido né! Não aguento essas calças  que não  tira nunca!

Não uso vestido a anos. Usei na gravidez por falta de grana, porém depois do episódio  com Nicolas evitei usá-los. Detestava lembrar aquele dia.

_ Não tenho a menor idéia!

_ Mãe, você  tem de estar bem bonita para o papai._ Ele não é seu pai! Pensei freando a língua. Calma Clara.

_ Vamos deixar sua mãe linda Bela, fica tranquila. _ disse Mel enquanto  a olhava com reprovação.

Eu quero apenas algo simples e bonito, sem chamar muito atenção. Eles não precisam gostar de mim e nem construir um laço comigo. Quero apenas passar despercebida, minha presença seja insignificante a ponto de que Nicolas esqueça  que existo.

_ Olha aquele lá mamãe

Virei meu rosto na direção em que ela apontava. O vestido é lindo na cor  azul, um tomara que caia que molda o corpo, finalizando em uma calda de  sereia e todo de cetim.

_ Sim é lindo, mas deve ser extremamente caro e a mamãe quer algo mais simples.

Na loja mais à frente havia um branco, simples de alça fina.

_ Gostei desse. _ disse.

_ Ai Clara, é  muito apagado, sem graça._ Mel disse torcendo o nariz.

_ Por isso! Perfeito!

_ Mamãe ele é  bonitinho, mas o azul era mais bonito.

_ Vou provar_ e logo fui entrando, puxando as duas._ Moça, eu gostaria de provar aquele vestido. _ apontei o vestido branco que Melissa torceu o nariz a moça negra que se aproximou.

_ É  para você? _ a moça perguntou.

_ Sim.

_ Só um segundo e já trago para você._ e a moça saiu para pegar o vestido.

Ficamos olhando as araras, Clara e Melissa mostravam um vestido mais bonito que o outro, porém eu estava irredutível, sairia de o mais trivial possível.

Assim que a vendedora trouxe o vestido, segui ao provadores e entrei em uma das cabines. Rapidamente tirei a roupa e coloquei o vestido. Olhei minha imagem no espelho e aprovei o que vi. Por mais simples que era o vestido o caimento foi perfeito. Deixou meus seios salientes no decote e emoldurou meu corpo, salientando minhas curvas. Contudo, em controvérsia esse detalhe me prejudicava. Se queria sair apagada, esse vestido não era o ideal. Ouvi os gritos das duas pedindo para mostrar. Abri a cabine e dois pares de olhos arregalaram.

_ Perfeito!_ gritou Melissa.

_ Tá linda mamãe_ gritou Bela.

Realmente, eu estava belíssima. Mas...

_ Não gostei, _ disse. _ minhas gordurinhas estão á mostra.

_ Deixa de graça! Você nem tem barriga._ Mel sabia o que se passava na minha cabeça, entendia meu lado. Porém... _ Vamos provar outros então.

_ Isso, ótima idéia._ Foi aí, que cai no jogo dela.

Nunca havia provado tantos vestidos de cores e modelos diferentes. Um arsenal foi colocado em minha cabine, já estava exausta!

_ Esse é o último!_ berrei_ E mesmo se não ficar bom, vou levar assim mesmo! Não coloco mais nada do que as duas trouxer!

_ É o último?_ Perguntou Melissa._ Tem certeza que não quer ver mais algum? Tem bastante aqui.

_ Sim! É o que irei levar._ falei exaurida._ Eu juro!

Havia mais uns dez vestidos em cima da porta da cabine. E logo todos desapareceram.

_ Esse é o último. _ gritou Melissa.

E jogou um vestido apenas na porta. O coloquei rapidamente, me sentia claustrofóbica naquele lugar, de tantas horas ali provando diversos vestidos.

Assim que o arrumei no corpo e visualizei minha imagem, amaldiçoei as duas pelo resto de suas vidas. Cai como um pato em suas artimanhas. Estava perfeito! Nem me reconheci, de tão linda, o vestido é deslumbrante e péssimo para ocasião. Com aquilo nunca sairia despercebida. Seria perfeito para um relacionamento com amor, um encontro com sua família para apresentação ou até mesmo um noivado. Mas a situação nem de longe poderia ser essa.







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