Capítulo 12

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Acordei totalmente relaxada, um cheiro gostoso aguçou minhas narinas, meu estômago começou a fazer uns barulhos estranhos, estava morrendo de fome.

Sentei na cama e estiquei meu corpo espreguiçando. Segui o cheiro que invadia todo quarto e em uma mesa de parede, embaixo do espelho, estava várias porções de comida. Levantei rapidamente e corri para a mesa sentando na cadeira. Senti minhas pernas bambas e uma dorzinha no ventre, mas ignorei, meu foco era a mesa.

Tinha porção de frango empanado, tiras de carne acebolado, peixe e batata frita. Três tipos de pães estava em um cestinho e uma porção de salada verde com palmito finalizava a refeição.

Sem perguntar se podia comer, cega de fome, catei o prato e os talheres que estavam na mesa, enquanto beliscava a batata coloquei de tudo um pouco com a salada, enchi meu garfo e abocanhei a comida sedenta. Na quarta garfada soltei um suspiro de satisfação, de dever cumprido. Quando finalizei meu prato, que convenhamos estava igual a de um pedreiro, peguei um pão, enchi de isca de carne que estava uma delícia, adicionei mais um pouco de salada e mordi com gosto.
_ Nossa! Você estava realmente com fome!_ só nessa hora percebi que Nicolas estava parado do meu lado me observando embasbacado com minha fúria de fome, totalmente nu e com a toalha jogada no ombro. Lindamente sexy! Um calor subiu por meu corpo e um rubor cubriu meu rosto inteiro, enquanto olhava seu corpo descaradamente.
Seu peito largo esconde penungem loirinha que descem por seu abdômen lotado de gominhos, chegando ao um vale de pelos com um taco e duas bolas sorrindo para mim. Deus! Eu não lembrava que era tão grande!
Em uma mistura de sentimentos recordei a primeira vez que ficamos juntos e minha alma foi ficando pesada. Um arrependimento me atingiu como uma flecha, acertando em cheio. Olhei meu corpo nu na cadeira e senti raiva e nojo de mim, por fazer sexo com ele novamente.
Levantei desajeitada da cadeira, deixando o pão na mesa e comecei a procurar minhas roupas.
Que vergonha! Olhei para todos os lados! Não sabia nem aonde elas estavam!
_ De novo não Clara!
Nicolas percebeu que estava fugindo, pois me encurralou no criado mudo, fazendo eu sentar nele.
_ Me larga, seu merda!_ ele segurou meus pulsos, levando os acima de minha cabeça. Meus olhos encheram de lágrimas, tentava resistir. Estava com medo, vergonha, raiva e nojo de mim.
Mas Nicolas me beijou, forçando sua língua dentro da minha boca, me debatia tentando resistir oa máximo seu rompante.
Meus braços já estavam doendo, minhas forças minguando e aos poucos fui sedendo. Nicolas afrouxou sua pegada nos meus pulsos, enquanto beijava minhas lágrimas e enterrava sua língua novamente em minha boca acabando de vez com minha resistência. Soltou meus braços e os envolvi em seu pescoço potencializando nosso beijo.
Nicolas agachou um pouco, sem pensar, escancarou minhas pernas, encaixou seu pênis na minha entrada e remeteu forte, minha bunda saiu do movel com sua virilidade e bati com as costas na parede. Gemi alto com sua agressividade.
Ele investia cada vez mais e mais potente, como se quisesse me marcar, enrosquei minhas pernas em sua cintura.
_Não fuja... _ meteu forte_ nunca mais de mim._ falou, investia cada vez mais forte_ você é minha!_ minhas costas batiam na parede_ você é minha Clara!
Não gemia mais, gritava de prazer! Nicolas me rasgava por dentro. Segurou minhas nadegas e meteu cada vez mais rápido.
_ Você é minha! _ repetiu_ Minha! _ Seu pau me penetrava rijo, até o talo, como nunca achei que fosse possível, mais forte, mais forte e gozei, gozei tão gostoso que seu pau ficou molhado.
Então ele tambem se liberou, me remetendo na parede, segurando uns centímetros acima do criado mudo. Assim que ficou satisfeito e jorrou todo seu leite dentro de mim, soltou meu corpo levemente o deixando cair no criado mudo.
Encostei minha testa em seu peito, enquanto me abraçava. Ficamos assim durante um bom tempo.
_ Clara... realmente precisamos conversar._ Por mais que não quisesse admitir, respondi.
_ É... _ respirei cansada _ eu sei..._ precisava entender tudo aquilo. Eu realmente preciso falar com ele e por um ponto final nessa situação.
Assim que acalmamos, sentamos na cama em silêncio, nenhum dos dois iniciava a conversa.
Depois de um bom tempo, Nicolas falou.
_ Clara eu gosto de você._ minha respiração ficou presa na garganta_ eu realmente a amo.
_ Como pode me amar Nicolas? Você nem me conhece._ queria poder acreditar, mas sabia que tudo era mentira.
_ Olha o que aconteceu. Não percebe? Fomos feito um para o outro e depois de hoje, nunca irei ficar um minuto longe de você.
_Deixe de ser ridículo! Foi apenas sexo! E sua vontade imensa de provar o quanto sou uma vagabunda imoral.
_Meu Deus Clara! Para! Esquece isso! O que aconteceu com você? Eu sei que errei, mas já pedi desculpas. Sei que vai levar um tempo para me perdoar, eu vou esperar eternamente, mas..._ passou a mão no cabelo nervoso_ eu realmente a amo e quero viver a vida ao seu lado.
Eu ri.
_ Ah Nicolas. Me poupe! Chega desses joguinhos, já sei no que vai dar. Estou cansada disso.
_ Eu realmente quero você. É especial, não apenas sexo! A quero no dia a dia, ao meu lado, sempre juntos._ Virei o rosto, não acreditando em suas palavras. Ele estava fazendo algum jogo_ Clara, olha para mim, por favor.
Virei, vi seu rosto lindo, como fosse esculpido por anjos. Lembrei de Bela quando um sorriso formou em seus lábios.
Minha garotinha teria um pai, como sempre sonhou, seu verdadeiro pai.
Suas palavras incendiaram meu coração, com uma esperança fraudulenta. Como era difícil tomar uma decisão, com ele tão próximo, sem conter a ansiedade de unir a ele.
_ Casa comigo? Venha viver comigo. Não precisará de trabalhar. Terá tudo do bom e do melhor. Nossa filha terá uma vida de princesa.
_ Minha filha!
_ Uma coisa de cada vez._ Nicolas respirou fundo e continuou_ Clara, eu nunca propus casamento a ninguém. Você é a primeira mulher que me fez pensar nessas coisas. A única que nutri sentimentos. Por favor, vamos acabar com todas essas discussões que fazem mal a nós dois.
Minha cabeça parecia que ia explodir de tanto pensar. Levantei da cama e passei a andar de um lado ao outro, enquanto aguardava minha resposta.
As pernas estavam bambas e a virilha dolorida. Deve ser de tanto exercícios físicos, feito naquele quarto. Por mas que quisesse ficar em pé, meu corpo desistia. Sentei novamente.
_ Nicolas. Sua proposta é boa, maravilhosa. Mas veja só, por mas que esteja tentada a aceitar, não vou.
_Mas...
_ Espera! Não terminei._ cortei, espalmando a mão em sua direção_ Como disse, tu não me conhece e o desconheço. Essa decisão é pra vida inteira e deve ser tomada de forma apropriada. E para mim, ao contrário, foi apenas sexo. Bom, muito bom e não vai se repetir. Então, vamos parar, enquanto há tempo.
Cutuquei a cobra com vara curta, ele estava ficando bravo.
_ Clara, não tem como parar, nossa vida está entrelaçada.
_ Com o que? Com o que acabamos de fazer? Hahaha, me poupe.
_ Nossa filha.
_ Minha filha._ afirmei nervosa.
_ Meus filhos!_ gritou_ Esqueceu não usamos proteção!
Se estava com algum resquício de sono, pode apostar, acordei na hora. Meus olhos saltaram da órbita. Fiquei em choque. Cometi o mesmo erro de anos atrás. Mas eu não estou grávida! Ou posso estar?
Fiz as contas rapidamente da última menstruação e adivinha? Hahaha estou no período fértil.
_ Merda! Posso estar grávida!_ resmunguei para mim em voz alta_ Não é possível. Não é possível.
_Casa comigo e acaba com sua agonia.
_ Você não presta. Fez de caso pensado. Admita!
_ Chega Clara, cansei disso tudo. Casa comigo e termina essas brigas.
_ Nunca! Você me seduziu para conseguir o que quer._ Nicolas passou a rir.
_ É sério? Acredita que seduzi para conseguir a engravidar. Tudo que aconteceu aqui você quiz da mesma forma que desejei profundamente. Você me quiz e ainda quer. Admita você!
_Ridículo.
_ Vamos fazer assim, não precisa dizer nada, vá para casa e pensa.
_ Já sei minha resposta.
_ Não sabe de nada. Pare de ser tão teimosa. Pensa em nossa filha_ o olhei com cara de poucos amigos_ ok, sua filha. Ela terá uma boa escola, o melhor estudo, roupas novas, conforto e tudo que meu dinheiro puder proporcionar. Terás muitas vantagens. Pense bem Clara, não é todo dia que alguém faz uma proposta como essa e agora mas do que nunca, pois está desempregada.
É, me mandou embora por capricho.
Abaixei a cabeça pensativa e notei que ainda estava pelada. Senhor a que ponto cheguei!
Vi minha calcinha jogada em um canto, do outro lado, minha camiseta junto com minha calça. Peguei as peças e passei as vesti-las rapidamente.
Nem imaginava que horas eram, estava perdida, como cego em tiroteio.
_ Que horas são? _ perguntei mais para mim mesmo, enquanto procurava meu celular.
_ Sete e meia. _ respondeu Nicolas.
_ Como?_ perguntei já entrando em desespero.
_ São sete e meia da noite, por que?
_ Merda! Merda! Esqueci da minha filha. _ procuro meu celular desesperada, não encontro. Vasculho minha memória e lembro que a última vez que estava com ele foi no carro de Nicolas. _ Preciso do celular rápido, está no seu carro.
_ Usa o meu. _ e o estendeu.
Peguei rapidamente e disquei o número da escola que Bela fica. Por isso estava com tanta fome, não havia comido o dia inteiro.
_ Olá boa noite, eu sou a mãe da Bela, estou estremamente atrasada._ a moça reconheceu a voz e avisou que havia ligado várias vezes, como não atendi, ligou para a casa de Mel que a buscou.
Respirei aliviada, agradeci pedindo desculpas, repetindo que não iria ocorrer de novo e desliguei a ligação.
Entreguei o celular ao Nicolas, observei que já estava vestido. Agradeci e pedi para abrir o carro e pegar meu celular, pois deveria fazer outra ligação.
_ Pode usar o meu novamente. _disse Nicolas.
Estava muito nervosa, afinal só atrasei por culpa dele. Geralmente saio do serviço umas 4:40h, da tempo de buscar Bela na escola. Já atrasei, mas foi questão de meia hora no máximo.
Aceitei o celular de sua mão, pois isso só aconteceu por culpa dele e disquei o número de Mel.
Assim que ela atendeu, agradeci por ter pego Bela na escola e pedi desculpas pelo transtorno. Como é uma boa amiga, ficou brava pelas desculpas dizendo que não havia problema nenhum, afinal ela amava Bela e faria tudo por ela.
Disse que estava um pouco longe, mas logo iria buscá-la, se tinha problema dela ficar um pouco mais. Respondendo não, agradeci e disse que depois explicava tudo.
Enquanto falo Nicolas me observa, entreguei seu celular enquanto saímos do quarto. Ele fechou a porta e entramos no carro.
Nicolas passou na recepção, a moça entregou o RG e ele entregou o cartão, aguardamos mas um pouco. A moça demorou bastante e fiquei mais irritada.
_ Por que ela está demorando tanto para abrir o portão de saída?_ perguntei aflita. Não queria demorar mais.
_ Eles vistoriam o quarto, para ver se utilizamos algum item e pagar.
_ Ata._ fiquei sem graça, como vou alegar que tenho experiência se nem sabia disso._ É que estou com pressa.
_ Obrigada senhor, voltem sempre._ disse a recepcionista entregando seu cartão. Virei o rosto. Nem morta voltaria ali com ele.
O carro deslizou pelas ruas da cidade, a noite já estava presente. Olhava a janela me reeprendendo, fiz muita merda e ainda permite que acontecesse novamente. E posso estar grávida! Tentei segurar as lágrimas que inundava meus olhos, mas elas pesaram e escorreram por minhas bochechas. Limpei com a palma da mão, na tentativa de esconder, mas ele as viu e nem me importei.
Logo avistei a casa de Melissa. Abismada, me perguntava como sabia o endereço. Pensando bem, ele tinha um dossiê de minha vida. Por que não saberia?
Assim que estacionou agradeci, dei um tchau e sai rápido, sem ouvi a resposta. Mel me viu pela janela de sua casa e foi abrindo a porta. O primeiro portão estava aberto, logo entrei e Bela sai correndo pulando em meu pescoço.
_ Nossa mãe, achei que tinha me esquecido._ disse Bela em meus braços.
_ Eu nunca faria isso! É que tive um probleminha.
_ E esse moço te ajudou?
_ Que moço?
Olhei para traz e Nicolas estava parado nas minhas costas. Sorriu esplêndido para Bela. Assustei, achei que havia indo embora e me empurrou levemente estendendo o braço a Bela.
_ Oi minha pequena, sou seu pai_ disse.

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