- Asly! Asly! - Grita minha mãe sucessivamente - Desça. Temos visitas - Diz minha mãe animada. Quem poderia ser? Eu não estou esperando ninguém.
Chegando na sala vejo minha prima, Poliana. Me assusto, Poliana sempre foi a loba em pele de cordeiro. Ela sempre fazia as coisas erradas e jogava a culpa em mim quando éramos menores. E nunca ninguém acreditava em mim. Lógico.
- Sua prima Poliana, vai ficar um tempo conosco. Vocês vão relembrar o passado, lembram que vocês não se desgrudavam? - Lembra minha mãe sorrindo, e Poliana sorrir falsamente. Você não sabe de nada mãe.
- Mostre seu quarto pra Poli. Vai Asly - Incentiva minha mãe evidentemente animada.
- Vamos - Digo sem animação, subo as escadas sem ânimo algum. Abro a porta e sorriu falsamente para Poli, como minha mãe a apelidou.
- Priminha que saudade, agora vamos lembrar como os velhos tempos - Diz Poliana sorrindo se fazendo de inocente.
- Não. Eu não quero me aproximar de você. Você acha que eu não lembro o que você fez comigo? Poli, só me deixe em paz.
- Ah que bom, não vou precisar fingir de sonsa, você mudou Asly, não é a mesma menina boba de antes, tenho saudades de como era antes - Diz Poliana sorrindo maldosamente. Essa menina tira minha paciência.
- As coisas mudam. As pessoas mudam. Só você que continua insuportável do mesmo jeito - Digo nervosa, deixando a mesma para trás. Saio andando na rua sem rumo. Em busca de paz, e paciência.
Caminho até a pracinha perto de casa, me sento em um banco sozinha, e suspiro longamente, com os pensamentos distantes. Era só o que me faltava Poliana aparecer das cinzas.
- Princesinha? - Escuto uma voz atrás de mim, ou melhor a voz de Matheus. Me arrepio, e não gosto nada disso.
- Você disse que não iria me atormentar Matheus, cumpra com sua palavra, não estou afim de aguentar suas brincadeiras agora - Grunho, sem paciência. E Matheus ignora.
Ele se senta ao banco em frente ao meu, e me encara com um olhar brincalhão, típico de Matheus, ele está com um skate ao seu lado, e seu cabelo está desgrenhado, e suas bochechas levemente coradas. Talvez eu tenha reparado demais. Como de costume.
- O que você faz sozinha essa hora? - Pergunta Matheus como se eu fosse louca - E nessa praça, aonde ninguém mais vem, e aliás não estou te atormentando, estamos conversando, como duas pessoas normais fazem - Justifica Matheus.
- Pois bem, eu venho. Eu vim passear não é óbvio? As pessoas vem na praça para passear. E a gente não conversa, a gente briga - Completo.
- Não. Porque ninguém vem para cá mais, aqui é simplesmente abandonado, esquecido, e está a noite, quem vem passear na praça a noite? - Diz Matheus ignorando a minha última frase, e erguendo uma sobrancelha.
- Ok Matheus - Digo já vencida, pelo seu questionamento - Eu vim para cá, para esclarecer as ideias, respirar um ar puro, vim em busca de paz, paciência, até você chegar - Digo rapidamente e um silêncio estranho se estala entre nós.
- Hoje você está atacada em, eu vim em missão de paz - Diz Matheus.
- Você não acha estranho a gente conversar? - Solto a pergunta por impulso.
- Acho. Muito estranho. Implicar com você é muito mais divertido, pode apostar - Diz Matheus sorrindo.
- Você é insuportável Matheus. Insuportável - Repito me levantando, mais uma voz me faz virar novamente.
- Priminha? - Diz Poliana surgindo, e encarando Matheus de costas, com um sorriso estúpido.
- Só falar em insuportável, e a líder aparece - Murmuro. Matheus escuta e olha para mim com um sorriso estampado em seu rosto.
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Elaborando o Amor
Teen Fiction"Eu sempre fui viciada em ler, os livros sempre foram as minhas paixões, eles sempre me tiravam de alguma forma para fora da realidade. Entre tantas pessoas neste mundo, os personagens dos livros são os que eu amo, a ponto, de eu querer alguém com a...