— Mãe. Cheguei — Grito olhando para o lado e vendo Matheus calmo. Observando ao redor da minha casa.
— Até que enfim garota, você quer ficar de castigo novamente? Já conversamos sobre horários Asly, você irá me matar de preocupação — Diz minha mãe aparecendo na sala, e olhando para Matheus assustada.
— Mãe, estou no meu quarto, ajudando um amigo. Ok? — Digo rapidamente. E minha mãe concorda sem entender nada.
— Vamos, esses machucados estão me deixando nervosa — Digo com angústia, guiando Matheus em direção ao meu quarto.
— Sente - se aí — Aponto para a cama, com algumas roupas espalhadas — Não liga para a bagunça, vou pegar a maleta com os curativos lá em baixo, ok? — Digo rapidamente e Matheus concorda calmo, como se não estivesse acontecido nada, sua despreocupação me assusta.
— Ok. Fique calma, parece que a qualquer momento você vai ter um ataque, são só alguns machucados — Diz Matheus como se fosse a coisa mais normal de acontecer, e eu o ignoro.
Desço as escadas na velocidade da luz, pego a maleta e subo as escadas correndo, até que uma voz me faz parar meu trajeto. Dona Mariana.
— Asly, quem é aquele garoto? Por que ele está machucado? Cadê sua prima? — Pergunta minha mãe sucessivamente.
— Te respondo daqui a pouco todas as suas perguntas mãe, mas agora não, estou ocupada — Digo continuando meu trajeto e vejo minha mãe me olhar confusa.
Chego no quarto, e vejo pudim brincando com Matheus. Pudim está em cima da cama, ao lado de Matheus, com o olhar "pidão" de carinho como de costume. E Matheus faz carinho no mesmo, que cochila, com o carinho bem sucedido.
— Não liga pro pudim, ele é assim mesmo, ele ama carinho, e assim ele dormi, ele é muito carinhoso também — Digo sorrindo orgulhosa, olhando para o meu cachorrinho. Mais fofo do universo.
— Seu cachorro se chama pudim? Nunca vi um cachorro com um nome tão peculiar — Pergunta Matheus com um olhar divertido.
— Fique quieto — Repreendo e Matheus levanta os braços para o cima, como forma de rendição.
Pego uma cadeira e me sento em sua frente, limpo seus ferimentos cuidadosamente, Matheus nem se mexe, não sei se ele está fingindo que não sente dor. Ou talvez ele não esteja sentindo nada mesmo. Sinto seu olhar sobre mim, mas não dou importância. Estou mais focada demais em acabar de limpar os ferimentos em minha frente.
— Ufa, pronto, agora estão limpos, e eles não vão infeccionar — Digo me afastando e guardando os objetos na maleta.
— Obrigado — Murmura Matheus.
— De nada — Digo no mesmo tom.
— Vamos descer, você quer comer alguma coisa? — Pergunto analisando seu rosto, e Matheus me olha com desconfiança.
— Não. Por que você está sendo boa comigo, se eu só te, uhum, bom, só te estresso? — Pergunta Matheus de uma forma engraçada.
— Pare de perguntas bobas Matheus, você estava precisando e eu te ajudei, isso são o que, ahã, amigos fazem — Digo na tentativa de dá uma trégua entre nós, mas sei que nossas tréguas não duram muito.
— Nós somos amigos? — Pergunta Matheus com um sorriso brincalhão surgindo em seu rosto.
— Tudo para você me deixar em paz, viramos até amigos — Zombo e Matheus sorrir junto comigo.
Desço as escadas com Matheus ao meu lado, chegando na sala minha mãe observa Matheus.
— Está tudo bem querido? Você quer alguma coisa? E seus ferimentos já melhoram? — Pergunta minha mãe sucessivamente, e vejo a confusão na face de Matheus.
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Elaborando o Amor
Teen Fiction"Eu sempre fui viciada em ler, os livros sempre foram as minhas paixões, eles sempre me tiravam de alguma forma para fora da realidade. Entre tantas pessoas neste mundo, os personagens dos livros são os que eu amo, a ponto, de eu querer alguém com a...