Desço as escadas ligeiramente na direção da porta, até que dona Mariana grita, interrompendo meu trajeto.
- Aonde você pensa que vai moçinha, e essa hora ainda?
- Relaxa mãe, só vou abrir a porta para o Micha - Digo abrindo a porta e vendo Micha sorrir nervosamente.
- Olá dona Mariana, tudo bem com a senhora? - Diz Micha com dona Mariana que aparece na sala sorridente.
- Senhora está no céu querido, só Mariana está bom - Fala minha mãe e eu sorriu com sua atitude. Dona Marina, sendo dona Mariana.
- Mãe vou conversa com o Micha, depois você fala sobre seus assuntos tediosos, ou sobre suas plantas - Falo puxando Micha e minha mãe grita.
- Meus assuntos não são tediosos, você que não sabe conversar, e aliás Michael adora minhas plantas. Não é mesmo Micha?
Abro a porta do meu quarto vagorasamente, olho para Micha que parece nervoso, inquieto, me sento na cama e chamo Micha. Que olha apreensivo.
- Então Romeu o que tu queres? - Brinco tentando aliviar o clima estranho que está instalado entre nós.
- E Julieta, Julieta não, Asly - Fala ele e eu sorriu com o seu nervosismo em excesso.
- Calma Micha, respira, está tudo bem? O que você queria me falar?
- Queria te pedir desculpas - Diz soltando o ar preso em seus pulmões - desculpas por tudo, por ter me deixado levar pela Estefânia, por ter deixado você e Cat de lado, e por ter me intrometido entre você e o Andrew, eu fui um verdadeiro idiota - Diz ele só de uma vez. E eu vejo o arrependimento evidente em seu rosto.
- Primeiro, não existe eu e Andrew, segundo, você terminou com a vac... Estefânia?
- Sim - Diz ele e eu não escondo minha alegria.
- Ainda a bem, foi a melhor coisa que você fez.
- Você me perdoa? - Pedi ele com os olhos brilhando com lágrimas.
- Lógico - Digo puxando ele para um abraço tranquilizador.
- Você acha que a Cat vai me perdoar? - Diz ele se desfazendo do abraço e me observando.
- A Cat é mais complicada, ela ficou bastante chateada, mais nada que uma boa conversa não resolva, e você não volte com as atitudes tolas Micha, por favor.
Micha já foi embora algumas horas. Estou sentada na sacada da minha janela que tem uma vista plevigiada da rua, a mesma rua de sempre pacata e calma, gosto de observa os lugares como a rua, olho para ela e lembro dos momentos na infância, simples e preciosos para mim.
Como bater no portão da vizinha chata e sair correndo, ou brincar até tarde, juntar todos os amigos e conversa até tarde, ou chegar em casa imunda e escutar minha mãe reclamar. Momentos simples que fazem toda a diferença.
- Asly? - Chama alguém, ou melhor Andrew que olha para mim com um sorriso torto, me observando sentada na sacada da janela.
- Sim?
- Uhm, nada - Diz ele simplesmente, e continua o trajeto para sua casa tranquilamente. Garoto louco.
- ASHLEY! - Esbraveja Line, olhando para mim como eu fosse louca. Talvez eu seja, um pouco.
- O que você está fazendo sentada ai? Essa hora ainda, e sozinha.
- Estava olhando para a rua, porque essa preocupação toda? está tudo bem comigo.
- Com você sim, mais acho que com Andrew não. - Fala ela dando uma pausa, como se estivesse escolhendo as palavras para usar. - só vim ver o que aconteceu Andrew entrou todo estranho em casa, não quis conversa nem nada, foi todo grosseiro, aí vim aqui fora ver o que tinha acontecido, mais só você está aqui - Explica ela.
- Estranho - Digo pensando o que pode ter acontecido, e porque Andrew está estranho.
- Pois é, eu vou entrando está tarde e estou morta de sono, boa noite Asly.
- Boa noite Line - Digo vendo Line sumir do meu campo de visão. Eu poderia ajudar Andrew? E se eu tentar conversa com ele? Várias perguntas surgem em minha mente.
- Andrew! - Grito na janela do seu quarto, me equilíbrio no pequeno telhado. Até que a janela se abre bruscamente.
- Você é louca Asly? O que você está fazendo nesse telhado, e essa hora?
- Eu vim conversa com você, saber por que você está estranho - Digo quando acabo escorregando e caindo no telhado com tudo. Andrew me ajuda a levantar, e abre a janela do seu quarto para que eu entre.
Observo o seu quarto, um quarto simples, não extremamente bagunçado como o meu. Acho que nenhum quarto é tão bagunçado quanto o meu.
- Pode falar estou ouvindo - Diz Andrew grosseiro. E eu suspiro. Essa não foi a melhor idéia.
- Por que você está agindo assim, estranho? Grosseiro? Eu vim aqui para conversar com você, tentar te ajudar, não precisa dessa grosseria toda.
- Eu estou extremamente bem, e aliás eu não pedi ajuda sua e nem a de ninguém, você veio aqui por livre espontânea vontade Asly, você que subiu no meu telhado, você que veio tentar me ajudar, eu não te pedi nada. Você é assim mania que acha que vai ajudar todo mundo - Diz Andrew exaltado. E eu me repreendo por ter vindo. Me repreendo milhares de vezes.
- Você é um babaca Andrew! Um completo babaca com doutorado ainda - Digo nervosa abrindo a janela para sair. Até que sua mão segura meu braço.
- Não encosta em mim Andrew! Me deixa em paz, eu que fui errada de vim aqui tentar te ajudar, de achar que você tinha mudado um pouco, que você tinha evoluído, mais eu estava enganada - Digo saltando da janela.
- Asly? O que aconteceu? Você não quis jantar, e era sua comida favorita - Fala dona Mariana entrando em meu quarto me observando sentada na sacada da janela.
- Está tudo bem mãe, estou sem fome, você sabe aonde está o pudim?
- Deve estar lá no jardim, e aonde ele mais gosta de ficar. Para destruir minhas flores - Resmunga.
- Eu vou atrás dele.
Chego no jardim e já vejo o cachorrinho elétrico brincando com algo. Com alguma flor.
- Pudim - Grito chamando sua atenção, assim que ele percebe vem até a mim correndo alegremente.
- Que saudade que eu estava de você - falo apertando o cachorrinho contra mim. - vamos entrar está frio aqui fora.
Pudim dorme tranquilamente em minha cama. Pego um cobertor e embrulho o mesmo, que nem mexer se mexe. Sorriu com a cena. Umas das melhores coisas foi ter achado pudim aquela noite.
- Asly, tem visita para você. Venha logo é importante.
- Quem é mãe?
- Se você não vim, não vai saber. Venha logo.
Bufo. Desço as escadas arrastada, chego na sala e vejo Cat chorando. Me assusto vou até ela, que olha para mim estranhamente.
- O que aconteceu Catarina? Por que você está assim? - Pergunto mais o silêncio prevalece.
- O que está acontecendo? E por que vocês estão me olhando assim? Porque você está chorando?
- Acho melhor você se sentar Asly, e se acalmar - Diz Cat entre os soluços.
☄️
Primeiramente mil desculpas, pela demora, vou tentar me organizar e posta sempre que der.
Mais o que estão achando da história? Comentem suas opiniões.
Beijos, até a próxima ❤️
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Elaborando o Amor
Teen Fiction"Eu sempre fui viciada em ler, os livros sempre foram as minhas paixões, eles sempre me tiravam de alguma forma para fora da realidade. Entre tantas pessoas neste mundo, os personagens dos livros são os que eu amo, a ponto, de eu querer alguém com a...