-Como elas são pequenas perto de vocês...
-Que frase mais clichê, amor.
-Como vocês são grandes perto delas.
Os cunhados riram.
-Suas filhas são lindas, bonequinha.-Nathan se aproximou da irmã, deixando um longo beijo na testa da loira. Antes de entregar a bebê que segurava para ela.-Quais são os nomes?
-Holly e Isabelle... As meninas não iam pra incubadora?
- Não precisaram.-Christian sentou ao lado na esposa, deixando um beijo carinhoso nos lábios da loira.-A teimosia da mãe delas permitiu que a placenta amadurecesse muito além do previsto. Como seu obstetra foi rápido tudo correu bem.
-E o papai? Teve alguma crise de ansiedade?
-Não. Papai se comportou e ainda foi num mini-curso sobre dar banho, postura de amamentação e ficou conversando com duas enfermeiras que deram várias dicas pro papai poder ajudar a mamãe a cuidar de verdade das gêmeas.
-Papai é o máximo.
-Você tinha que ver. Seu marido no meio daquele bando de mulher, tentando aprender a trocar uma frauda.
Nathan pegou o celular e mostrou a foto para a irmã, que simplesmente caiu na gargalhada.
-Sem dúvidas eu tenho o melhor marido.-A bebezinha no colo da francesa começou a resmungar.-Oh, olá meu amor. Você acordou para conhecer a mamãe?
A bebê começou a resmungar e logo estava mamando, e Christian ficou todo orgulhoso por poder ajudar a esposa a posicionar a bebê para mamar o colostro.
A outra pequena passou a resmungar nos braços do pai, até poder mamar também, quantos eles trocaram de gêmea. Christian adorou o sorriso orgulhoso que recebeu da esposa por conseguir fazer a filha arrotar e dormir.
Colocou a bebê de bruços no berço e foi fazer a mesma coisa com sua caçulinha. A deitou junto da irmã, e então foi sentar ao lado da esposa, pegando a mão dela para deixar pequenos beijinhos. O cunhado já tinha ido, atendendo a um chamado da esposa, que também estava grávida de três meses.
-Como se sente, bonequinha?
Ela deu um suspiro meio cansado, e apertou a não do marido.
-Cansada... A Rack ainda não passou todo o efeito, mas o médico já me avisou que vou sentir muita dor entre as duas e as seis da manhã. Ele não pode me dar outro remédio pra dor agora porque vai jogar minha imunidade no chão.
-Serio amor? Deixa eu olhar seus pontos. Vou perguntar pra minha irmã se eu posso fazer alguma coisa pra aliviar a dor.
Com cuidado moveu os lençóis esterilizados e deu uma boa olhada na dimensão do corte. Era muito maior do que o comum, mas ela tinha que por dois bebês pra fora. Estava meio arroxeado em volta, e visivelmente dolorido.
Cobriu a esposa novamente, deixou um beijo em sua testa e saiu para a varanda, ligando para a irmã.
Acabou que ela trouxe um remédio para dor externa e algumas compressas quentes esterilizadas. Viu as sobrinhas, deu uma olhada no prontuário e na cunhada, antes de ir pra casa.
E sobrou pra Christian lidar com a crise de dor da esposa, tentando acalentar e limpando as lágrimas. Acalmou todas as suas meninas durante a madrugada, e pelos próximos cinco dias que elas ficaram em observação.
•~☕~•
Era perto de 4:00 da manhã quando Christian acordou, se espreguiçando na cama. Beijou sua esposa, ganhando uma risadinha,antes de ir buscar sua filha caçula, que havia acabado de abrir os olhos, claros como os da mãe.
-Olá morceguinha. Acordando a essa hora?-Pegou a bebê com todo o cuidado, beijando sua barriguinha.-Quer mamar, minha princesinha?
A bebê resmungou até conseguir se acomodar para mamar. A demandante mamou por dez minutos antes de voltar a dormir. Christian colocou a filha no berço e acabou dedicando um tempo em acarinhar a outra filha, dorminhoca.
Ariel se acomodou de lado na cama, assobiando charmosamente para o marido. Christian fez uma careta para a esposa, antes de fazer pose no batente da porta de interligação dos quartos.
-Ei bonitão... Vem sempre por aqui?
-As vezes. Eu não tinha sido abertamente assediado por minha própria esposa até o momento.
-Oh, está se sentindo assediado?-Assistiu sua loira se erguer da cama, deixando a camisola deslizar pelo corpo. O que aa deu O e os seios haviam ficado levemente mais avantajados com a gravidez, é aquele corpo o fazia salivar de desejo.-É uma pena, marido.-Os braços finos se cruzaram atrás de seu pescoço.-Eu acabei de começar a brincar com você.
A ergueu pelas coxas, encaixando os quadris. Ele só tinha mais um fim de semana de licensa paternidade e o período e repouso da esposa estava oficialmente acabado. Tava na hora de se divertir.
-Então vamos brincar, esposa.
•~☕~•
-Parabens pa vucê...
-Nessa data quelida...
-Muitas felicidades. Muitos anos de vida...
-Viva o papai!
Como ele amava aquela união de suas três vozes favoritas. Era a quinta vez na vida que vivia aquela sensação. E Ele apenas se encarava mais a cada ano.
Levantou, abraçou e beijos suas bonequinhas. Todos tomaram café da manhã juntos e foram para o local do show.
Aquele mesmo pub em Vegas. Onde ele tocou sóbrio por uma noite inteira. Onde uma mocinha loira lhe pareceu muito mais atraente do que qualquer stripclub existente em Las Vegas.
E, exatamente como da primeira vez, ele não bebeu naquela noite.
Ela estava lá, sentada no cantinho, embalada no ritmo de sua bateria.
Elas estavam lá, nas cadeirinhas altas, cantando de seu próprio jeito e batendo as mãozinhas.
Então ele não bebeu naquela noite, porque ele tinha um compromisso sério depois do show.
Ele tinha três bonequinhas para levar no café três ruas para lá, e então para cuidar até o hotel, onde teria de dividir a cama com as três, e sentiria cócegas a noite toda por suas filhas estarem respirando em sua barriga.
Ele ia beijar a esposa e tentar fazer uma sacanagem com ela durante o banho, enquanto as meninas já dormiam na cama, e ganharia uma mordida dolorida no pescoço, além de ter de lidar sozinho com sua animação.
E tudo isso por um Tropeço e um Olá em Vegas.
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Um Olá em Vegas
FanficEu não bebi na noite passada. Mas não foi por falta de terem me oferecido. É que Ela estava sentada em uma mesa no canto, sorrindo e se embalando no ritmo da bateria. E eu passei a noite toda olhando pra Ela.