Capítulo 6

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CHRISTIAN GREY

Quando entrei na sala de Molina e inocentemente levei meus olhos a descortinar sobre qual seria a possível cliente necessitando dos meus serviços de mentira, foi como se fosse repelido por um elevado choque eléctrico. Ainda que não entendesse exatamente bem o porquê.

Avançando sem rodeios, pude perceber que a elegante mulher sentada em frente à mesa de Molina, não era uma mulher qualquer. A sua aparência era jovem, refinada e de um gosto particularmente caro, diferente das casuais mulheres maduras que me via acostumado atender e que muitas vezes vinham em busca de um serviço carregado de futilidades, ou para fazer inveja a quem quer que fosse.

Essa mulher que agora podia vislumbrar dos lindos olhos safira era diferente, ela tinha algo em si que a diferenciava de todas as outras que já havia conhecido.

Era linda, quente, sensual!

Uma droga de mulher de capaz de reinar nos sonhos mais húmidos de um homem.

Pelo menos essa era a minha primeira impressão e a mesma até podia estar errada. No entanto, apesar de uma bela mulher, não conseguia compreender o que alguém com o seu charme notável podia buscar numa agência como essa. Se atender pela sua vasta beleza e generosos atributos físicos que tinha, teria facilmente qualquer homem aos seus pés.

—Senhorita Steele, quero que conheça Christian Grey! Seu futuro marido de mentira! - apresentou Molina e mulher elegantemente levantou da cadeira para me encarar.

Os seus lindos olhos safira incidiam em mim e mais pareciam me cercar como mãos preciosas. Contudo, havia também uma determinada indiferença que não demorou a ser instaurada e de certo que era o melhor mesmo a ser posta em causa nesta derradeira impressão inicial.

Foco, Grey!

Abrindo um sorriso educado e cortês, fiz-me apresentar à mulher que teria o prazer de contracenar nesse papel de mentira. Ainda que colocasse muito em risco a minha sanidade ao me ver obrigado a ter de imaginar uma convivência ao lado de uma presente ameaça sensual como a sua. Só desejava por assim dizer que fosse o suficiente para não ficar louco antes da minha velhice.

—Senhor Grey, a senhorita Steele necessita que se faça passar por seu marido durante 1 ano! Está disposto assumir esse longo contrato com ela? - indagou Molina, ainda que minha concentração estivesse direcionada a outro campo mais atrativo do que sua voz com nuance latina. No caso, Anastacia Steele e esse terrível e inimaginável ano juntos.

Tem como se sobreviver a um ano completo tendo que dividir o mesmo tecto com uma mulher assim?

Talvez sim, talvez não.

Mas a minha razão dizia que só saberia logo que começasse a minha experiência. E muito embora pudesse até vir a ser uma experiência dos infernos, era aquela que iria garantir a estabilidade económica da minha família por um ano.

—Sim, não me oponho em me prestar a esse serviço!

Anastacia pareceu estremecer por um segundo. Pelo menos o seu corpo tinha um ligeiro tremor face à prenuncia da minha voz rouca e meio áspera, embora seus olhos estivessem recolhidos ao secretismo de não saber o que ia em sua mente.

Será que a minha presença não era assim tão indiferente?

—Perfeito! - prenunciou Molina seriamente satisfeita ao pegar nos papéis que conhecia como o contrato formal. — Como o seu escolhido contratante não se opõe, a senhorita Steele está a vontade para livremente ler e assinar o contrato. Ainda que necessite fazer uma breve ressalva para as cláusulas para uma possível rescisão, que espero que não venha a ser o vosso caso.

Aluga-se MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora