Capítulo 8

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CHRISTIAN GREY

Honestamente nunca fui um fiel adepto da mentira, apesar de viver na base de uma grande omissão, é certo. Provavelmente podia até nem ser a melhor pessoa para apontar o dedo a quem quer que fosse. Contudo, a minha omissão estava longe de ser comparada ao completo absurdo que era o plano de Anastacia em querer enganar os pais, somente apenas para favorecer a irmã mais nova a um futuro enlace.

Definitivamente isso era uma loucura. Uma grande e tremenda loucura que de certo o mais provável era não terminar do jeito mais animador. E pior mesmo é que sem querer estava sendo colocado no meio dessa grande confusão.

Oh merda! Essa mulher ainda vai ser minha ruína!

Ainda assim e para deixar tudo ainda bem pior, um tipo qualquer fazia presença em massa ao nos incomodar na mesa e sem pudores tirar algum desfrute com a minha falsa esposa ao beijá-la no canto dos lábios.

Seu filho da mãe, miserável!

—Você sabe que adoro o seu Bistrô e o recomendo para todas as pessoas que conheço! - Anastacia estava cheia de sorrisos para ele e a minha vontade era apenas de quebrar todos os dentes do infeliz.

Ainda assim, não satisfeito provavelmente por ela não estar praticamente sozinha na mesa, o homem que pelo visto era o dono desse restaurante fino, veio logo com os seus olhos curiosos e cheios de questões na minha direcção.

—Vejo que não está sozinha essa noite! Algum cliente novo? - indagou ele ao desviar o olhar de volta para Anastacia. A mesma vinha limpando os lábios no guardanapo e continuamente derretia manteiga só de olhá-lo.

—Cliente? Não, ele é... - o olhar dela regressou em mim. Era um olhar quente, sensual, mas ao mesmo tempo indiferente. — Apenas um conhecido que decidi dar a chance de nos conhecermos. Mas não me diga que está com ciúmes, Ethan! Então meu bem... - a mão dela imediatamente se precipitou sobre a dele e apenas fiquei com a sensação de um nó inflame na garganta.

Porque ela simplesmente não chamava esse Ethan para fingir de marido, visto que tinham uma certa intimidade? Na volta eram o par perfeito para encarar todo esse ridículo filme que ela pretendia seriamente levar avante.

—Oh não, ciúmes? Que disparate, minha doce Anastacia! - Ethan pegou a mão dela, a beijando com atrevimento letal de quem estava tentando passar algum tipo de mensagem a mim. — Vou deixá-la à vontade com o seu conhecido... - murmurou ele com certo desdém ao abandonar a mesa instantes depois.

Anastacia ainda continuava cheia de sorrisos ao pegar a taça de vinho que estranha a memória não havia sequer reparado quando alguém a havia feito chegar à mesa e por si nos servido. Precipitar tão longamente a minha mão para pegar a minha e disfarçadamente tomar uns dois longos goles desse vinho de aroma frutado.

—Peço perdão pela interrupção de nossa conversa... - justificou ela, como se fosse realmente necessário.

—Não precisa se dar ao trabalho de justificar coisa alguma! - mantive a minha imparcialidade ao depositar de volta a taça na mesa. — Como ia dizendo, não sei como pretende alongar a mentira por muito tempo... - mas ela interrompeu com séria segurança de ter tudo calculado ao mais pequeno detalhe.

—Eu preciso de me manter nessa farsa apenas durante 1 ano e depois eles só vão descobrir se alguém der com a língua nos dentes! Além disso, nem sempre será necessário termos de fingir nos venerar o tempo inteiro... - ela revirou os olhos. Parecia algo óbvio. — Só somente quando estivermos em New York, ou salvo às vezes que meus pais precisarem viajar até Chicago para uma visita relâmpago!

Ainda continuava achar essa história uma verdadeira loucura de típica novela mexicana. Igual aquelas que recordava em criança ver minha mãe assistir na larga TV da sala e chorar quando alguém sofria por causa de mentiras, ou na recorrente acção de um vilão de pior estirpe.

Aluga-se MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora