Anastacia estava completa na sua vida de sucesso em Chicago. O seu mais novo empreendimento indo de vento em poupa e com promessa de que logo iria prosperar.
No entanto, sucesso à parte, Anastacia se debatia com um real e incómodo problema. Ela prec...
Obrigado a todos pelas palavras de carinho e força que me deram nesses últimos dias. :)
CHRISTIAN GREY
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Anastacia dormia serena e eu mal consegui pregar o maldito olho a noite inteira.
Eu só conseguia pensar sobre aquela ligação estranha e muda. Julguei que aquele alguém havia desistido, mas agora tinha a certeza de que isso não tão pouco era para durar. O mais certo é tivesse chegado nos ouvidos da pessoa que eu havia reatado com Anastacia.
Olhei para a minha amada e eu me compadeci por seu lindo rosto angelical e a beijei sobre os cabelos bagunçados. Sei que ela protestaria na própria hora caso estivesse consciente.
Levantei dali andando pelo flat no breu da noite.
Eu precisava pensar. Talvez conjecturar sobre o fundamento daquela preocupação que podia vir a ser real.
E se algo acontecesse com a mulher que amo? Ou até minha família pudesse ser atingida?
Não queria ponderar sobre aquilo, mas ao mesmo tempo tinha que ser realista e pensar em todas as hipóteses e aquela era uma delas.
Respirei fundo ao afundar sobre o sofá da sala e admirei o silêncio.
Podia ser Daniel.
Podia ser Leila.
Podia ser qualquer pessoa e isso era o que mais me incomodava.
~*~
Clareando o dia eu sai sem acordar Anastacia e busquei por conselhos com a única pessoa com o qual dividia minha vida.
Taylor.
Ele por acaso acordava sempre cedo e logo foi uma questão de sorte encontrá-lo na academia preparando todo o equipamento para abertura diária.
Assim que ele colocou os olhos em mim percebeu que eu precisava e nem foi preciso uma grande introdução para ouvir o que no fundo eu já havia especulado.
— Você sabe que será um bicho de sete cabeças dizer para a minha namorada que ela terá que andar com uma sombra atrás dela o tempo inteiro!
Taylor não falou nada, apenas refletiu em silêncio ao afundar na cadeira do seu escritório por uns alguns sensíveis minutos. Aguardei igualmente calado e praticamente de pé ainda a divisar meus pensamentos sobre as mais variadíssimas reacções de Anastacia.
— Como lhe disse isso é uma das hipóteses caso queira jogar pelo seguro, Grey! - voltou a relembrar rendido. — Claro que não tem que ser radical, mas tendo em conta que a pessoa o quer porque sim longe da sua namorada, é um caso a pensar...
Voltei a refletir naquilo.
Não queria deixar Anastacia desprotegida, mas ao mesmo tempo também não queria invadir sua privacidade impondo novas regras em sua vida quotidiana, apenas porque alguém vinha ameaçando nossa segurança. Me ameaçando, para ser mais preciso.
