Anastacia estava completa na sua vida de sucesso em Chicago. O seu mais novo empreendimento indo de vento em poupa e com promessa de que logo iria prosperar.
No entanto, sucesso à parte, Anastacia se debatia com um real e incómodo problema. Ela prec...
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CHRISTIAN GREY
Tentei, juro que tentei me segurar, mas teve um tempo que não deu mais.
O infeliz fez por merecer o soco que recebeu e se me senti melhor perguntam vocês, nem tanto assim.
Por mim lhe teria dado mais alguns socos até o ele cair, mas não o fiz. Aquele não era o lugar, nem a melhor ocasião para demonstrar a fúria que corria veloz nas minhas veias.
Por outro lado e isso sim é que não parava de instigar a minha cabeça é Daniel, ou lá como esse idiota se chamava, estava ali somente para provocar.
Ainda assim me senti frustrado ao ficar sabendo pela boca alheia que Anastacia andava recebendo flores do canalha e em momento algum havia lembrado de comentar isso comigo.
Porra eu não gostei!
Um cara vinha se esforçando sabe Deus com que forças, aprendia todas as artes de agradar uma mulher do jeito que ela merece e deve ser tratada, porque enfim gostava dela e depois vinha a descobrir que afinal essa mulher me oculta coisas?
Puta merda que eu não estou puto da vida!
No carro nem me dei ao trabalho de encarar Anastacia, olhos nos olhos. Não queria ouvir explicações, ou bobas desculpas de que ela devia ter contado, mas não contou e mais do mesmo.
Não queria e pronto.
Estou no meu direito, não?
Rodei a chave na ignição e Anastacia adentrou logo em seguida num silêncio de morte.
O caminho foi feito ao som do ronco do motor e chiar de pneus no asfalto. Ninguém parecia com vontade de quebrar o clima de gelo que se havia instalado entre nós dois.
Volta e meia, me via pensando que rolava forte a chance de perder Anastacia para aquele filho da puta. Essa hipótese me deixava fodido e nem era bom acreditar que pela primeira vez em anos, estava gostando de uma mulher que não apenas por conta do sexo bom.
— Não devia ter respondido à provocação de Daniel! - Anastacia quebrou o gelo da noite.
Não respondi, não queria conversas.
Continuei fitando a estrada para evitar olhar para ela agora.
Ela se remexeu no banco traseiro incomodada com o meu silêncio e logo não demorou em acrescentar:
— Vai ficar assim mudo comigo? - continuei na minha. — Christian por Deus eu não contei nada porque Daniel não significa nada para mim! Quantas vezes terei que dizer que ele é passado? Que se estou com você é porque realmente me apaixonei?
Freei um pouco a velocidade que levava na estrada. Anastacia me observava mesmo no clarão da noite e seu semblante era preocupado, ou o certo seria achar que se tratava de consciência pesada?
