Capítulo 12

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CHRISTIAN GREY

Passou-se a noite em que mais havia ficado a admirar a metrópole da cidade nocturna que propriamente com a cabeça no travesseiro e a dormir. Anastacia havia reinado em massa nos meus pensamentos e com ela vinha a certeza de que não a havia voltado a ver durante todo dia, após o calor do momento que havíamos partilhado bem cedo. Ainda que na base de ataques e evidente atração que só de lembrar me deixava logo com uma ereção daquelas.

Provavelmente a sua ausência se devia à vontade de me ver sendo castigado por seu desprezo, já que era algo que ela melhor sabia desempenhar sempre que tentava fugir de mim. Como se de algum modo eu fosse um certo tipo de demónio, ou talvez o termo certo fosse de um diabo.

No entanto, face a isso também decidi que não ia deixar que a mesma pudesse me dominar por completo e praticamente tentei mesmo que em vão aproveitar meu tempo sóbrio a noite toda ao assistir e ignorar os filmes que passavam na ampla smart TV e quando a manhã chegou resplandecente de um novo dia, não vi como não aproveitar para tomar um duche demorado e terminantemente cuidar da barba que começava a depenicar fora do eixo.

Vesti um suéter cor de vinho e optei por uns jeans escuros, seguido do adereço que mais havia ganho determinada admiração. No caso um relógio de pulso em pele e me calçei para no caminho pegar o aparelho de celular e descer para tomar o café da manhã.

Avancei decidido e à vontade face à chuva de olhares pelas mais diversas presenças femininas. Teci um sorriso charmoso e discreto ao mesmo que me fazia atravessar o salão principal e mergulhei os dedos sobre os cabelos revoltosos e frescos num gesto costumeiro. Adentrei minutos depois o nobre salão de refeições e encontrei para ironia, a morena da suíte 320 que havia por curioso, usado literalmente para despertar a irritação de Anastacia à uns dois dias. A mesma estava sentada com vistosas pernas torneadas nuas à mesa e aparentemente sozinha bebericava o seu chá distraidamente.

A ponderar no prós e nos contras que tal benefício me poderia proporcionar, acabei decidindo em juntar a ela. Afinal que mal teria em tomar café da manhã com uma bela mulher?

—Importa-se que faça companhia? - indaguei com certo charme ao aproximar. A mulher logo devolveu o olhar com ar satisfeito e não se submeteu a tecer qualquer tipo de objeção.

Face a isso acabei lhe fazendo companhia durante grande parte da refeição e a mesma não demorou em abertamente falar comigo. Em instantes sabia mais da sua vida, do que a de Anastacia que curiosamente sabia tão pouco, ou basicamente o elementar para o papel a que vinha propositado a representar. E quando a hora da despedida chegou, depositei um simpático beijo no dorso da mão da bela morena para entre sorrisos acabar tendo o prazer de bater de de frente com a minha falsa esposa e a mesma não parecer ter a melhor cara.

Lamento se não podia viver na iminência de agradá-la sempre que a mesma queria.

—Você não perde tempo! - cuspiu em total desdém. Me puxou pela mão seguidamente para uma zona mais íntima do salão e acrescentou: — Houve uma mudança de planos! Nós precisamos fazer o check out agora mesmo e rumar a Manhattan, visto que essa noite você vai conhecer meu pai no jantar de família e ficaremos por lá até que possamos regressar a Chicago em breve!

—Por mim tudo bem! - foi tudo o que consegui responder ao manter uma expressão neutra.

—Estarei à sua espera na recepção!

Ela simplesmente virou as costas para mim e não demorou a caminhar em cima dos seus saltos elegantes, agitando os quadris com uma segurança inabalável para fora do meu ângulo de visão e consequentemente levar os dedos aos lábios numa óbvia demonstração de admiração por seu belo corpo.

Aluga-se MaridoOnde histórias criam vida. Descubra agora