"Com você, para sempre" - (Qwerty Doolittle)

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Olha mais um pedido malandrinho saindo do forno da Igreja pra vocês! (e igreja tem forno, tia? Aqui tem, ué, kkk). Veja que a pessoa é tímida (ou está mal intencionada mesmo, kkk) porque mandou pedido anônimo: Vamos traduzir que, não bastasse, a pessoa ainda é gringa (citando mamãe, é defeito demais pra uma pessoa só, kkk *imaginem aqui aquele emoji da bonequinha fazendo ué*): "Podemos ter umas safadezas onde o Qwerty secretamente tem o fetiche do papaizinho e a garota, tipo, traz isso à tona?" Olha, direi duas coisas: Primeira, por que gringa gosta tanto desse negócio de "daddy"? Nunca saberei. Segunda, tem que ser muito pervertido pra achar que o Qwerty pensa essas coisas. Quer saber? FEZ O PEDIDO PRA PESSOA CERTA! KKKKKK, socorram-me de mim mesma. Bora, meu povo! Eeeeee!

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O tempo passado ao lado do seu meigo namorado Qwerty foi o suficiente para que Sunny, mais experiente nesses assuntos do que ele, percebesse que, por baixo daquele exterior reservado dele existe muito mais do que os olhos podem ver e, ela que é uma garota esperta e observadora, percebeu que, talvez, ele tenha um fetiche secreto muito específico, e como também é muito safadinha, Sunny decidiu tirar a limpo pra ver se a sua impressão foi correta ou não. O que eu digo a respeito disso? Eba!

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- Babe, cheguei.

Era Qwerty quem chegava após mais um dia de trabalho na casa funerária, e calmamente ele passou para dentro do apartamento em que morava com sua namorada Sunny, tornando a trancar a porta antes de, caminhando para perto da mesinha de centro na sala, colocar as chaves e a pasta de papéis que ele trazia nas mãos sobre ela, antes de erguer-se novamente e, olhando em volta e distraidamente passando as mãos nos bolsos da calça social preta que ele usava, Qwerty já pensava em chamá-la novamente pois ela não havia respondido. Mas bem nesse instante Sunny surgiu saltitando pela porta aberta do quarto, sorrindo alegremente ao que com um rodopio entrou no campo de visão dele que, subitamente paralisado e abrindo bem os olhos olhou-a de cima a baixo. Ela tinha repartido o cabelo ao meio e feito duas trancinhas, que estavam com um aspecto muito infantil devido aos elásticos de pompons rosas com os quais Sunny as tinha preso, e ela vinha vestindo um conjunto completo de colegial: Uma saia pregueada azul marinho pelos joelhos e uma camisa branca, meias 3/4 também brancas e sapatilhas vermelhas. E na boca Sunny trazia um pirulito redondo somente com o palito para fora, ao qual então pegando-o, com um estalido de lábios ela retirou de lá de dentro para conseguir falar:

- Olá, papai! - e deu um sorriso sapeca - Veja, acabei de chegar da escola - e passou a mão livre ao longo da roupa, admirando-se a si mesma com ela um instante, antes de tornar a erguer-lhe os olhos, ao que falou de modo jovial - A mamãe saiu para ir ao supermercado. E ela falou que vai demorar! - e tombando o rosto de lado de lado forma cute, Sunny sorriu o mais lindo e puro dos sorrisos antes de novamente colocar o pirulito dentro da boca, não retirando os olhos de sobre Qwerty, que muito aos poucos conseguiu ter enfim reação, dando um pequenino sorriso meio tenso ao que franziu de leve as sobrancelhas baixando um pouco os olhos, ao que pôs ambas as mãos na cintura, e novamente olhando-a, ele perguntou-lhe:

- O que é isso, Sunny?

Outra vez ela retirou o pirulito da boca com um estalido de lábios, dando de ombros de forma meio infantil ao que começou a andar pela sala ao redor dele:

- Ah, papai, é que... Sabe? Eu notei, aquele dia em que a gente assistiu Lolita.

Soltando o ar de um risinho pelo nariz, ele piscou os olhos, seguindo-a com o olhar:

- Notou o quê?

- Ah, que você gostou muito da senhorita Haze... É sim - e passando o pirulito pelos lábios enquanto olhava-o fixamente dentro dos olhos dele, ela parou um instante antes de pôr-se a ziguezaguear ao redor de novo.

Confissões 2 - Eddie Redmayne's Stories & PreferencesOnde histórias criam vida. Descubra agora