— Vamos acordar garotas. Já chegamos! — falou Silas parando o carro.
— Hã? Onde estamos? — murmurou Catherine ainda sonolenta.
— Estamos na entrada da cidade. Para onde devemos seguir? — Silas olhava para o GPS no carro.
— Ah sim, aqui está o endereço — disse Alice entregando para o motorista um papel com o endereço do local.
— Acho que não é na cidade — falou Silas enquanto o GPS acusava erro no endereço. — É melhor pedirmos informação para algum morador.
As meninas assentiram com a cabeça, ele ligou o carro e adentrou a cidade. Itapetininga é uma cidade do interior de São Paulo e estava bastante agitada naquela segunda feira com o fim do expediente. Pararam perto de uma padaria, onde uma senhora de cabelos grisalhos estava sentada tricotando uma blusa rosa de lã. Que olhou para eles por cima de seus pequenos óculos. Alice e Catherine foram até ela. Usava um vestido florido e um xale xadrez nas costas.
— Boa tarde senhora, tudo bem? — cumprimentou Alice sorrindo. — Meu nome é Alice e esta é minha amiga Catherine. Como a senhora se chama?
— Boa tarde minha jovem. Meu nome é Beatriz. — sorriu.
— Obrigada Dona Beatriz, nós moramos em Itapeva, a senhora conhece? — disse Catherine e teve a confirmação de D. Beatriz. — Bem... Nós viemos fazer umas compras aqui em Itapetininga, mas não conseguimos encontrar a loja que estávamos procurando e ela fica nesse endereço.
A senhora pegou o papel das mãos de Catherine e avaliou com cuidado. Levantou de sua cadeira e adentrou na padaria. As meninas viram que ela falou com uma moça de cabelos pretos atrás de um computador que lhe deu algumas instruções. Lentamente a senhora caminhou até as garotas e pediu que elas a acompanhassem. Cruzando a rua, indicou uma avenida e disse que teriam de segui-la até o fim.
Após isso teriam de seguir mais alguns metros e virar em uma estradinha de terra. Ao chegarem lá era só procurarem uma imensa árvore de folhas amareladas e encontrariam a loja. As meninas agradeceram e se despediram da senhora com um beijo no rosto que retribuiu com um sorriso amável. Alice e Catherine voltaram para o carro e desceram a longa rua. Chegando ao fim entraram na avenida que a senhora indicou para elas.
Alice sentia seu peito subir e descer de ansiedade e notou que Catherine estava um pouco inquieta também. A avenida era longa, porém avistaram ao longe um grande anúncio: "Herbo Magia, a arte de encantar com as flores". Várias flores dos mais coloridos tons foram pintadas no anúncio. Catherine pediu ao seu motorista que fosse para a direção em que a seta do anúncio indicava. Eles pararam em frente ao empório de jardinagem.
Alice constatou que o lugar não se parecia tanto com a foto que vira no site da loja. Era uma casa velha de madeira, a tinta das paredes descascava em algumas partes. Catherine estremeceu só de olhar para o lugar que parecia deserto. Não fossem as árvores verdes da estrada e algumas plantas na frente da loja, Alice poderia jurar que o lugar era abandonado e mal-assombrado.
Elas desceram do carro e andaram receosas até os degraus que levavam até a varanda da loja. O cercado que rodeava a propriedade brilhou com as lâmpadas que se acenderam devido ao sensor de movimento. Catherine olhou para Silas que acenou com a cabeça, num sinal de "qualquer coisa grite", Alice bateu na porta e entrou. O interior era iluminado por luminárias em formato de guarda-chuvas.
Por todo o lado havia artigos para capinar a terra, pás encostadas em alguns cantos. Vários vasos de cerâmica estavam postos no lado esquerdo da loja, conforme as garotas andavam viam espécies de plantas e flores dispersas uniformemente, algumas com etiquetas e embaladas para presente outras ainda em estágio de embrulho.
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Alice e o Templo Elemental
FantasyDuas coisas ocupam a mente de Alice: os sonhos estranhos onde uma voz lhe chama e o fato de seu irmão não acreditar nela. Isso muda quando os dois, acompanhados de amigos, fazem uma visita à chácara de sua avó. Alice se vê obrigada a confrontar uma...