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Zayn Malik - POV.
Gigi dormiu muito antes de mim, fiquei incontáveis minutos observando ela dormir serenamente, quem a olha dormindo, não consegue imaginar a verdadeira ninfeta que essa garota se transforma, foram duas rodadas de um sexo selvagem.
Eu não ia arrumar um jeito de fugir do meu pecado, posso ter feito escondido dos padres e freiras, mas não pude esconder dos olhos de deus, a culpa me dominava por dentro, era inevitável não me sentir sujo por ter feito sexo enquanto ainda era padre, eu deveria dar exemplo, não ser o erro em forma humana.
Não tinha me arrependido de ter transado com Jelena, essa noite tinha sido uma das melhores noites que já tive, se não foi a melhor, me senti vivo, homem, liberto de todo o julgamento das pessoas que ficam crucificando tudo que fazemos por ser julgado errado.
Levei minha mão para os seus cabelos caídos sobre seu rosto, afastando-os, assim podendo ver seu belo rosto, passei as costas de meus dedos em sua bochecha como um carinho, soltando um longo suspiro afastando os pensamentos que pudesse me fazer surtar pelo que tinha feito.
Depois de muito tempo, me deitei corretamente na cama abraçando a garota por trás, finalmente sentindo o maldito sono me atingir.
[...]
— Zayn acorda, temos que arrumar as coisas por aqui.
O som de uma voz calma soou em meus ouvidos, mas apenas me virei na cama e permaneci na mesma posição, voltando a dormir, ou tentando, já que sentia seu toque em minha barba, queria poder ficar dormindo, descansar por estar sentindo o meu corpo pesado pela noite que tivemos, mas eu tinha que me levantar para ajeitar tudo por aqui, e eu preciso dar uma geral no quarto.
Suspirei abrindo os meus olhos, bocejando enquanto me sento na cama, penteando os meus cabelos para trás com os dedos e assim volto a fechar os olhos.
— Droga !
Murmurei olhando para o relógio grudado na parede, vendo que tínhamos duas horas para arrumar tudo.
Me levantei apressadamente puxando o lençol ao lembrar que estava nu, Jelena me olhava com a sobrancelha arqueada, mas o que eu podia fazer ? eu estava atrapalhado e não sabia onde enfiar a minha cara, depois de tanto julgamento, sermões que dei á Gigi, acabei perdendo toda a minha moral.
— Você já deveria ter ido para o seu quarto, se verem você saindo daqui vão te castigar. — Não a olhava em momento algum.
— Eu acabei de acordar, não tinha como ter ido antes. – Disse baixo e suspirou.
— Eu encontro você na sala.
A garota se levantou, levantando a cabeça pude ver seu corpo esbelto desprovido de roupas.— Você se arrependeu ? — A olhei notando sua expressão cabisbaixa.
— Não.
— Não quero que se sinta culpado.
— Foi bom e não costumo me arrepender de coisas boas, só me sinto culpado, mas não há arrependimento.
Estava sendo sincero, não havia arrependimento algum, tinha sido a melhor noite que já tive depois de ter chegado nesse lugar, não tinha como eu me sentir arrependido, culpa é alg natural e eu não conseguia não sentir, mas queria ser como ela, que parecia não ter pecado indo pra cama comigo.
De uma coisa estava arrependido, de ter quase que ordenado que ela saísse do meu quarto antes que eu acordasse, não era dessa forma que eu queria ter dito, era só para que ela não fosse vista por aqui, mais por ela do que por mim, eu não soube me expressar direito, mas eu estava tão atordoado que nem me dei conta.
Apertava com força a borda do lençol que segurava em volta de minha cintura, um ato um tanto quanto idiota se ela já tinha me visto nu, mas era diferente, agora não estamos transando, fiquei da mesma maneira, parado próximo a cama enquanto observava ela se vestir, que ao contrário de mim, ela mostrava não sentia vergonha nenhuma.
— Bem, te encontro na sala de reuniões mais tarde.
— Certo, até depois.
Tranquei a porta do meu quarto, soltando o lençol e ficando nu para ir ao banheiro, entrei no box ficando poucos minutos no banho, terminando me vesti com as vestimentas pretas, ajeitando a batina, hoje me sentia ainda mais ridículo vestindo aquilo, troquei os lençóis e fronhas da cama, deixando tudo arrumado no cômodo.
Quando terminei a arrumação no convento, fiquei no quarto até a hora da reunião com os pais de Jelena, não almocei por estar com o estômago embrulhado, a pior parte do dia, já que eu teria que fingir que não tinha transado com a filha deles na noite passada.

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Prayer Babe!
RomanceDizem que existe dois tipos de pessoas no mundo, as que pecam e as que tentam não pecar. Mas quem diz isso não conhece Jelena e Padre Malik. Ou melhor dizendo, o pecado e o pecador.