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Jelena Noura Hadid - POV
Quando escutei o som grotesco do trovão, logo depois um clarão iluminou o cômodo, dei um pequeno salto por conta da surpresa repentina que ocorreu ali, eu podia sentir o olhar intenso de Zayn sobre a minha pessoa que ainda estava parada na porta segurando a maçaneta, confesso que tinha medo dele me botar para fora desse quarto e ainda contar para alguma irmã quando elas voltarem sobre esse meu pedido "obsceno". Confesso que ficaria muito feliz em passar a noite ao lado de Zayn, até porque ele era um homem maravilhoso, eu estava me esquecendo completamente que ele era um padre.
Assim que ouvi suas primeiras palavras, soltei um suspiro triste já começando a imaginar que teria que voltar para o quarto sozinha, porém os meus olhos focaram no moreno que estava sentando em sua cama com os seus cabelos molhados e despenteados, o deixando sexy.
— Peço desculpas pelas minhas palavras Padre Malik. — Falei baixo, mordendo meus lábios por mania. — Não pensei que fosse pensar como uma atrocidade.
— Eu não penso nessas coisas freira.
— Padre Malik, só estamos nós dois aqui, ninguém saberia de nada se nenhum de nós contasse, eu confio em você, sei que não irá contar a ninguém.
— Estamos na presença de Deus, é a ele quem eu temo.
Zayn despertava os pensamentos mais insanos e impuros em mim, ele tinha essa figura de padre porém, algo me dizia que ele não era nada disso, céus, a beleza dele era algo inexplicável. Lembro-me que as irmãs falaram que Deus havia criado Lúcifer para ser o anjo mais bonito de todos com uma beleza de outro mundo, eu acho que eu estava bem de frente a Lúcifer.
Eu sabia que isso era errado, porém não podia mais me controlar e se realmente existe um Deus ele sabe que eu fiz de tudo para tirar esses pensamentos e ações de minha mente, foi em vão, não consegui e agora estou aqui, diante do Padre que pelo seu olhar, estava surpreso com o meu pedido. Ele se levantou pegando sua batina branca e a vestiu rapidamente.
— Mas Padre Malik...eu não consigo dormir sem companhia quando as noites são de tempestade como essas, as próprias irmãs sabem desse meu trauma, eu realmente não gostaria de ficar sozinha.
— Imagino que muitas irmãs possam ter os seus medos, não as julgo, mas nenhuma teve a tamanha audácia de pedirem um absurdo desses á mim.
O tom de sua voz continha um leve tom de rigidez, reprovando o meu pedido "inocente".
— Santo Deus, irmã Jelena.
Zayn parecia nervoso e eu queria saber o motivo.Será que a minha presença o afetava? Ele havia se afastando de mim, não me dando nenhum motivo para tal ação, claro que achei isso estranho, fiquei me enchendo de perguntas.
O moreno saiu do seu quarto, começando a caminhar pelo extenso corredor, dando passos calmos em direção a sala, estava muito escuro, o barulho da chuva caindo no telhado era forte, acompanhado pelo os trovões.
— Ficarei com você no quarto até que durma, depois irei para a sala.
Caminhava distraída, seguindo o moreno, quando senti meu pé tropeçar em algo, me levando em segundos para o chão.
— Maldição ! Padre Zayn... — Chamei pelo o mesmo, não conseguindo ver a sua sombra, já que a escuridão tomava conta do lugar.
— Mais uma palavra como essa que proferiu, te mandarei para o seu quarto.
Eu realmente não estava brincando quando estava falando que sentia medo, mais obviamente que eu iria aproveitar essa oportunidade para algo a mais com o Padre. Sei algumas coisas sobre o passado do mesmo e estava ansiosa para descobrir mais e saber até onde o mesmo teria forças para aguentar resistir a tentação.
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Zayn Javadd Malik - POV
Isso estava muito errado.O desejo de dormir em meu quarto, era insano, totalmente proibido para nós dois. essas palavras nem poderiam ter saído de sua boca, estava sem pecar a muitos anos e não podia me deixar cair em tentação por causa dos prazeres da carne. prazeres esses, que uma pessoa como eu, é proibido de sentir.Jelena era uma bela moça, tinha suas virtudes para ter o que queria em mãos, o poder da sedução ainda exalava em seus poros, e o calor em meu corpo queimava a minha alma.
Enquanto caminhava pelo corredor, rezava mentalmente para o Senhor me dar forças e acalmar a minha consciência, graças ao meu pai eu pude conhecer a palavra e gostava de ser padre, três anos consagrados que eu seguia essa vocação a risca, porque Jelena me perseguia dessa forma ?
Os trovões ensurdecedores me trazia uma lembrança da noite pecaminosa que tive com aquela mulher da vida, a causadora de hoje eu ter me convertido a Padre.Meu coração batia desenfreadamente dentro do meu peito, esperava que a garota não notasse esse meu desconforto, isso seria estranho. Assentindo brevemente para Jelena, lancei um sorriso fechado para dizer que estava tudo bem, seu pedido poderia não conter maldade.Mas eu acredito que exista muitas maldades dentro da mente dessa garota.
— Nao penso nessas coisas, freira.
Mentiroso! Foi exatamente essa palavra que meu subconsciente berrava para mim.
— Estamos na presença de Deus, é a ele quem eu temo.
Engrossei a minha voz, mostrando para essa enviada de satã, que eu tinha a decência de cumprir a minha promessa ao aceitar a batina.Mas porquê raios eu tinha aceitado isso ? Poderia ter mandado ela para o seu quarto e lhe passado um belo sermão.Porquê, hein Malik ? E esses morder de lábios ? Ela era a imagem perfeita de uma tentação humana, que meu demônio interior adoraria se divertir com ela.
Ouvi um baque alto de algo caindo contra o chão e olhei para trás, com a palavra que foi proferida por ela.Mas daí notei que ela tinha caído, e como estava escuro o suficiente para que ela não pudesse ver o meu rosto, sorrio largamente achando aquilo engraçado, mas era errado rir, também não podia perder a pose.Me aproximei dela e toquei seu braço, deslizando minha mão para chegar em seu pulso, o seguro, ajudando a mesma se firmar no chão.
— Mais uma palavra como essa que disse, te mandarei para o seu quarto.
Me referia ao "maldição" dito por ela, e assim caminhamos de volta para o quarto, tendo o corredor iluminado pelos relâmpagos.
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Prayer Babe!
Storie d'amoreDizem que existe dois tipos de pessoas no mundo, as que pecam e as que tentam não pecar. Mas quem diz isso não conhece Jelena e Padre Malik. Ou melhor dizendo, o pecado e o pecador.