Oito

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Passaram se uma semana da minha rebeldia, como minha mãe gosta de chamar. Não foi uma rebeldia, eu apenas cansei disso tudo, de sofrer de ver pessoas sofrendo. Megan, Will e minha mãe... consegui afetar três pessoas com uma simples frase, estou boa nisso. Anne está cada vez mais próxima, mas eu e ela somos diferentes, não pela aparência, nem pelo jeito de se comportar e sim por que pensamos e vemos um mundo diferente. Eu vejo o mundo e a vida como uma droga, nada dá certo. E ela vê como uma oportunidade, de escolher o que você quer. Ela fala sobre sonhos, ela sonha muito. Algo que ela sempre me disse é que Sonhos se tornam realidades, basta acreditar. Mas essa frase está errada ... sonhos são sonhos e são bem diferentes da realidade.

Ah, se eu e ela brigamos? Todo dia. E quando não brigamos parece que não somos nós. O te odeio, talvez seja o nosso sempre.

Pode se dizer que eu e a Megan somos ou éramos do mesmo jeito, mas tem uma diferença. Uma entende o por que me cortava, sim. Me cortava, já faz um bom tempo que não faço isso. A outra não me entende de jeito nenhum, e quando falamos sobre isso, parece que ela me chama de fraca, não que eu discorde dela, mas eu sinceramente não preciso de mais gente me criticando, mas a Anne é diferente dessas pessoas que me criticam, ela realmente se importa comigo e tenta me entender, mas a vida dela é diferente da minha o que torna tudo impossível. Megan disse que iria atrás deles, mas até agora nada, ela está fugindo de tudo. Talvez a Megan e a Anne são partes de uma pessoa. De um lado, uma garota problemática e que se esconde por trás de sua imagem e do outro a garota com a vida perfeita e normal.

Luke Winchester? Faz uma semana que não o vejo, e eu realmente estou preocupada. Ele sumiu e não foi na aula de Literatura, oh sim. Acredita que ele entrou pra aula de Literatura? Seu nome está lá, acima do da Megan.

― Vamos Megan ― digo enquanto admiro seus olhos azuis.

― Eu. Não consigo ― disse e uma lagrima escorre de seus olhos enquanto leva a mão na cabeça.

― Quantas vezes vamos vir aqui, e ir embora? ― pergunto olhando pra porta de madeira.

― Entenda Mand, olha bem pra essa porta. Atrás dela, está meu passado.

― Você consegue ― digo tentando a deixar confiante.

― E se ela ... me expulsar? E acontecer tudo de novo?

― Você vai ter tentado. Quer tentar e quebrar a cara, ou se arrepender pelo resto da vida por não ter tentado? ― pergunto.

― É difícil ― murmurou. ― Eles não precisam de mim.

― Como assim eles não precisam de você? Niall não escolheu assim. A verdade é que ele nem deve saber que tem um pai e uma irmã que o amam ― digo e ela me olha. Levanta sua mão, e aperta o botão da campainha.

Uma mulher de aparentemente 36 anos aparece na porta e olha fixamente pra Megan.

― É ela ― disse Megan paralisada.

― O que faz aqui, Megan? ― a mulher disse de forma grosseira e olha pra dentro, como se estivesse a vigiar alguém.

― Eu. Eu... ― Seus olhos encheram de lágrimas.

― Vai embora ― a mulher grita.

― Por favor, deixa eu vê-lo ― implorou.

― Sai daqui, ele não precisa de você ― disse e percebo uma lagrima em seu rosto.

― Mas eu preciso dele. ― Megan desaba a chorar e um menino de uns 4 anos aparece na porta. Seu olhar estava curioso, e um tanto confuso.

― Mamãe quem são elas? ― pergunta.

[Pulsos]Onde histórias criam vida. Descubra agora