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- Desculpa senhorita Camila Camelo... Hum digo Cabrelo.... Caralho! É Camila Ca-Be-yo! Isso agora sim! - ela disse mexendo em alguma coisa dentro da geladeira.

- Allyson oque você está fazendo? - entro na cozinha e me encosto no batente da porta.

- Não é meio lógico? - ela se vira para mim e fecha a porta de metal da geladeira. - Vou curar a minha ressaca com álcool.

Ela balança a garrafa de cerveja na minha direção, eu nego com a cabeça e respiro fundo antes de sair de lá. Eu que não vou cuidar dela nesse estado, há não ser que ela esteja muito mal.

Pego o meu celular e mando uma mensagem para a Mani dizendo que eu já achei a Ally e que ela não vai precisar cumprir com as suas ameaças. Desta vez eu foi sensata e decidi não ligar, vai que ela ainda estão fodendo mais uma vez!?

Tomei um banho e coloquei uma roupa confortável e me joguei na cama. Eu estava entediada só olhando para o teto e resolvi voltar a ler o livro que eu tinha começado a ler semana passada. É um livro muito bom, ele conta a história de uma cientista, que tenta achar a cura para um vírus que eliminou todos os homens do planeta, junto com mais três amigas que também são cientistas.

Quando eu estava no meio do terceiro capítulo meu celular começa a tocar encima da cômoda. A foto e o nome que estava brilhando nele que me chamaram a atenção.

Verão... Era o que estava escrito junto com uma foto minha e dela mas o que será que ela quer?!

- Alô?

- Milaaaa sua vadia! Que saudades!!! - ela grita estérica do outro lado da linha.

- Meu ouvido sua vagabunda!

- Affs Mila! Poxa eu te ligo e você me trata assim? - ela faz uma pausa e eu só reviro os olhos para todo aquele drama. - nem parece que me ama!

- Você atrapalha a minha leitura, liga a essa hora da noite e ainda faz drama. Como você quer que eu reaga?

- Caramba, eu só iria te convidar você para jantar hoje a noite! E nem está tão tarde vadia!

- Como assim Verônica Iglesias!? Você está em Barcelona! Do outro lado do oceano!

- Bah Felicia! Eu estou em Nova Iorque, vim a negócios mas hoje estou livre e como não te vejo faz tempo... - ela deixou a frase no ar.

- Okay então mulher! As nove então?

- As nove! - ela confirmou.

Desliguei a chamada e olhei as horas. Puts ainda são sete e trinta e dois! Foi na sala ver como a Allyson estava a encontrei desmaiada no sofá da sala com uma garrafa de cerveja vazia na mão. Respirei fundo e peguei todos os outros cascos que tinham espalhado pela e o que estava em sua mão também e coloquei tudo num canto da cozinha. Foi até o banheiro e pequei um remédio para dor de cabeça e enjoo e deixei em cima da mesa de centro com um bilhete para ela.

Subi para o meu quarto e olhei para o relógio na parede e notei que já tinha passado das oito, então foi no meu armário e escolhi uma roupa simples que constituía em uma blusinha de seda azul claro, uma calça jeans preta com apenas um rasgo no joelho direito e um all star também preto. Parti em direção do banheiro, no qual eu tomei liguei o chuveiro já totalmente despida e deixei que a água quente tocasse e abraçasse toda a extensão da minha pele. Deixei que ela levasse tudo que eu andava sentindo e pensando. Quando eu tinha decidido que tinha feito tudo, sai e peguei um roupão e uma tolha para secar meus cabelos.

Me olhei no espelho e a minha expressão de 'empolgada' passou para uma de cansada e eu nem tinha saído ainda. A cada ano que você fica mais velho mais você cresce e/ou evolui e não quer mais saber de ficar saindo. Você troca o pub cheio de gente dançando e se pegando por uma cama com uma coberta quentinha, um filme clichê e alguém para você ficar abraçadinho.

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