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Após a Ally se arrumar descemos, eu não acreditava que mais uma vez estávamos saindo de casa e ainda por cima de noite.

Enquanto ela se arruma eu recebi uma mensagem de Dinah dizendo que voltava para casa ainda essa semana. Eu não sei te dizer se isso é realmente bom, pois eu estava amando esse pequeno clima que apareceu entre eu e Ally.

Entramos em meu carro e as memórias de alguns minutos atrás me invadiu. Tentei tirar aquilo da cabeça e liguei o carro partindo em direção ao Johnie's. O quanto mais cedo irmos, mais cedo voltaremos, né?

Com esse pensamento eu cheguei ao restaurante. Eu já estava cansada e só queria esta na minha cama tentando dormi, mas a Allyson tinha que ser ligada a no 220 né?!

— Chegamos? — Ela disse animada retirando seu cinto e abrindo a porta do carro.

Eu não sabia a onde ela queria chegar com isso, eu nem sabia o por quê eu realmente havia aceitada ir com ela lá. Mas lá estava eu saindo do meu carro e indo em direção ao velho Johnie's. O lugar já não tinha mais a mesma beleza de alguns anos atrás, sua entrava tinha alguns grafites e a tinta já estava desbotando.

Talvez a espessão sanitária ainda não tenha notado que o velho Johnie's já não era o mesmo. Balancei a minha cabeça tentando retirar toda aquela ideia da cabeça e fechei a porta do meu carro e fui atrás da Ally que já havia entrando sem nem ao menos me esperar.

— Allyson! — a chamei ao entrar no estabelecimento chamando toda a atenção para mim.

Vasculhei o lugar com o olhar e a encontrei na antiga junkebox escolhendo alguma música. Não sei o que aconteceu mas eu não estava contente ao estar ali, e o meu dia não havia terminado como eu esperava.

Ela olhou para trás e sorriu para mim, me chamou com a mão e eu neguei com a cabeça. Isso a fez revirar os olhos e vir caminhado até mim.

— Pare de graça, Camz! Vamos...— ela disse sorrindo e pego em minha mão numa tentativa de me fazer andar até lá.

Aquele lugar estava me sufocando e ainda era doloroso de mais estar ali. Ela não enxergava isso? Ou ela fingia não ver porque o que ela quer é o que a interessa?!

— Chega Allyson, vamos para casa agora!

— Como assim?

— Como assim? Você não vê que eu não queria estar aqui? Não percebe que tudo isso está me fazendo mal?

Indignei a olhando e me soltei dela. O espanto era visível em sua expressão mas o mesmo foi substituído por um mútuo momento de raiva.

— Então vai Camila! Vai embora! — ela gritou comigo e as pessoas nos olhavam intrigadas.

— Eu vou! — gritei com raiva também.

Sai do estabelecimento batendo o pé com raiva e caminhei em passos largos até o meu carro. Entrei no mesmo e bati a porta com força, suspirei e encostei a minha cabeça em minhas mãos sobre o volante, eu não entendia e na real eu nem sabia o porquê estava brigando com ela, ela como se eu estivesse tendo um dejavú.

Liguei o carro descartando toda aquela ideia louca e quando eu iria partir a porta do lado do carona se abre e a Allyson entra com a semblante fechado e os braços cruzados na altura dos seios.

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