Encurralado

3.6K 386 162
                                    

O próximo destino seria a Aldeia da névoa, um lugar tomado pelo Deus da devastação a tempos, castigou o clã pelos pecados e pelas negligências as ordens dos deuses, vivem sobre constante neblina e o sol nunca brilha lá, as pessoas vivem com medo pois mesmo tendo sido castigados por culpa de seu líder, ele continuava com sua tirania e experiências macabras no lugar.

Um arrepio subiu na espinha de Suigetsu que recuou dois passos antes de cruzar a divisa que levava a entrada da aldeia.

- Sasuke tem certeza disso? Precisamos mesmo entre aí?

- Sim, precisamos de informações e armas.

Gaara cobriu a cabeça com um dos mantos que usava no deserto de Suna, local em que costumava viver antes de vagar por aí e sobreviver de pequenos furtos e olhou para Suigetsu.

- Não seja medroso, vamos logo.

Suigetsu o encarou emburrado e antes que pudesse xinga-lo, Gaara o interrompeu.

- Ah e cuidado onde pisa. Riu divertido com o pânico que viu nos olhos do outro.

- Hei, Sasuke espere, espere. Gritou quando viu que já ia sendo deixado para trás.

Foram vagando pela vila e observavam as pessoas pelos cantos escuros se escondendo deles com medo ou com más intenções, mas que nenhum deles se atreveu a por em prática ao ver Gaara os encarar com um olhar intimidador.

Chegaram até o ferreiro e em troca de uma katana, um arco e flecha e uma lança, deram duas galinhas, um cesto de frutas e um jarro de vinho, que haviam conseguido roubar na aldeia anterior que haviam passado.

Ao saírem, deram de cara com uns dos soldados do líder do clã, Orochimaru, e foram abordados.

- O que fazem forasteiros em nossas terras?

Gaara se colocou à frente deles e tentou os tirar daquela situação.

- Viemos em paz, em busca de iguarias  e especiarias.

-Armas? Essas são as iguarias? Por um acaso são foragidos?

- Não, estamos em jornada e precisamos de armas, suprimentos e roupas.

- Revistem-nos

Tudo que menos precisavam era serem revistados, Sasuke trocou um olhar com Gaara que entendeu o recado e atirou uma flecha no peito de um dos soldados enquanto ele sacava a katana e cortava a garganta de outro que se aproximava, Suigetsu acertou o cabo da lança no estômago de um e a atravessou no outro que vinha atrás de si na esperança dele não ter notado, enquanto o soldado recuperava o fôlego e pressionava o estômago pra amenizar a dor, Sasuke cortou-lhe a cabeça fora.

Recuaram em seguida da vila, mas parece que dessa vez a sorte não estava do lado deles, pois o exercito Uzumaki os esperava na entrada da vila com o líder os encarando com um olhar de superioridade.

- Finalmente nos encontramos Uchiha, dessa vez você não nos escapa.

...

Os deuses vibravam com a hipótese das coisas agora se resolverem sem Pain ter que destruir os reinos e vilas, os clãs entrariam em acordo e finalmente fariam a troca dos herdeiros, Sakura havia conseguido? Parece que sim!

Ino e Hanabi decidiram que partiriam para a terra e viveriam como humanas, para poderem ter a chance de amar de verdade, tocar de verdade e sendo Deusas, não poderiam correr o risco de criar um desequilíbrio no espaço tempo entre os dois mundos, se despediram dos irmãos e do pai e finalmente tocaram o solo e sentiram o vento frio tocar-lhes a face como humanas pela primeira vez.

- Precisamos nos camuflar. Hanabi disse enquanto fazia uma trança no cabelo e a enrolava em forma de coque. - Qualquer coisa somos Hyuga e Yamanaka, certo?

Ino concordou e fez um coque rodeado de flores no cabelo.

As roupas eram simples, de moradores da vila mesmo para que pudessem se misturar.

O problema mesmo, estava em Ino ter partido antes de saber que seu amado havia sido pego pelo clã Uzumaki junto ao herdeiro Uchiha, seria delicado conseguir recuperá-lo sem ter sua identidade descoberta, os poderes divinos ainda estavam em ambas, mas apenas um terço deles para que não interferissem como deusas, uma vez que o equilíbrio fosse quebrado, seria quase impossível consertar sem destruir tudo e ter que começar de novo, elas não queriam isso, não eram como Pain, amavam os humanos, tanto que se apaixonaram por dois deles é a situação só ia se complicando mais.

Vagaram como forasteiras, indo de vila em vila procurando por eles, reunindo mantimentos e novos trajes, pegaram também armas para que pudessem se defender sem precisar de dotes divinos, tinham uma carruagem comum como quase todo mercador das vilas possuía e isso facilitou o armazenamento das coisas que precisavam.

Estavam próximas ao clã Uzumaki, iriam atrás do amado de Hanabi primeiro, já que já sabiam o paradeiro dele.

...

- Mas eu o quero, quero somente a ele e se o Clã Uchiha não o me der por bem, eu o pegarei por mal independente de quais mãos ele esteja, e não me importo de marchar numa guerra pra isso, o herdeiro Uchiha será meu. Dizia Hinata aos berros aos quatro ventos enquanto seu pai massageava as têmporas com aquela situação chata em que a filha o metera.

- Hinata, está sendo incoerente de novo, não repita o erro que cometeu com o herdeiro Uzumaki, isso pode custar-lhe a vida ou até mesmo o clã inteiro, um casamento não vale isso tudo minha filha, não te dei o posto de herdeira atoa, eu preciso que você saiba liderar o clã em minha ausência ao lado de Neji, que por sinal é um bom pretendente.

- Neji é meu primo papai, eu não quero ser mais uma herdeira que casa entre os demais parentes para manter a linhagem, eu quero novas possibilidades, novas experiências e o Uchiha me chama a atenção de forma que apenas o Uzumaki chamou, se não posso ter um, terei o outro, custe o que custar.

Saiu às pressas da sala de reuniões do castelo e foi enviar uma mensagem ao clã Uchiha.

"Exijo notícias, estou ficando sem vontade de esperar e quero o Uchiha logo, ou nada de aliança entre os clãs"

Enviou ao mensageiro para que fosse entregue ao clã Uchiha, esperava uma resposta que fosse breve e que lhe agradasse.

...

Desceu para a terra e no meio da neve que o inverno fazia se formar camadas sobre as flores que Konan tanto gostava, pousou.

Se deitou sobre ela e fechou os olhos, as lágrimas que desciam iam desfazendo a neve e dando lugar a lindas rosas brancas que aos poucos deixavam de ser murchas e queimadas por causa do gelo e ganhavam vida novamente.
Se sentia bem naquele lugar, lugar que bem se lembrava ter criado para ter um cantinho seu e de Pain na terra que ambos criaram, o que seria da vida sem eles? Ela dava vida, ele dava morte, mas ambos tinham o dom de criar tento vida quanto morte, um só não com tanta eficácia quanto o outro e pelo simples fato de cada um ter sua função, criaram os outros deuses para tomarem conta das suas criações e vê-las destruindo umas às outras por ambição despedaçava seu coração, não tinha mais vontade de amar, não tinha mais vontade de ser próxima aos filhos ou o amado, Konan partiu do lar dos deuses e fora para terra pra sofrer só, não conseguia mais ficar perto de ninguém, não gostava de ter seu sofrimento assistido e Pain ter como solução destruir tudo que criaram juntos, doía ainda mais e ela não suportou aquilo, sentia sua luz se apagar, como se faltasse vida em seu ser, se Pain soubesse que destruindo toda a vida, ele também destruiria a si, será que continuaria com aquela ideia de devastar tudo? Não sabia, e isso era ainda mais angustiante...

Continua...

Reviews? Críticas?

Se tiver erros agradeço se me alertarem, pois eu corrijo, mas nem sempre fica tudo certo.

Espero que gostem ❤

Ah, e a propósito, pretendo postar um capítulo novo toda terça pra adiantar o andar da história ><

O principe e o prisioneiro Onde histórias criam vida. Descubra agora