Um verdadeiro rei nunca perde a coroa

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Parecia que o tempo havia passado ainda mais rápido com o duelo marcado, Deidara se preparava para a batalha e pela expressão de seu rosto, não estava contente com a volta de Gaara, ele sabia que a qualquer momento ele poderia regressar, já havia inclusive preparado tudo, caso fosse ele a cair, teria um plano reserva.

-Matsuri!!!

Uma pequena moça de cabelos curtos e castanhos adentrou no cômodo se aproximando e o reverenciou.

-Sim senhor, Deidara!

-Vista-me com a armadura que eu selecionei a várias luas para esta ocasião.

-Sim senhor!

Em poucos minutos ela já o vestia com uma armadura dourada da cor de seus cabelos e uma catana com o cabo da cor do mar, assim como seus olhos.

Estava lindo, aliás, era lindo, um dos homens mais belos em Suna, por ser estrangeiro e não possuir as características do povo nativo, era visado demais e sempre cobiçado pelas moças interesseiras tanto em sua beleza, quanto em "sua" fortuna, isso nutria seu ego de forma que chegava a causar asco em pessoas sensatas livres de pensamentos luxuriosos.

Terminou de se aprontar, estava quase na hora de iniciar o combate.
Estava confiante, sabia que só tinha a ganhar, mesmo que o Sabaku viesse a vencer, ele não ficaria com o trono, nem mesmo prever que Deidara faria algo para não deixar o trono o ajudaria.

...

Gaara havia terminado meia hora antes que Deidara, usava uma armadura prateada e uma catana do cabo vermelho, já não confiava em Deidara, após quase ser envenenado, qualquer cuidado era pouco, Suigetsu o ajudou a analisar as armaduras e armas, três delas continua veneno armazenado em pequenos espetos no interior, riu amargo com o quão leviano o outro era.

Acompanhado por Suigetsu chegou no local marcado, pessoas já se acomodavam nos assentos para assistir, Gaara passou os olhos por todas as fileiras tentando ver alguma chance de fuga ou até mesmo alguma armadilha, não ficara contente ao perceber que Deidara havia fechado de todas as formas as saídas com guardas armados, inclusive a que ele acabara de entrar.

-Ele chegou. Suigetsu cutucou seu braço ao avisar.

Se separaram e Gaara foi de encontro ao outro no centro do campo de batalha.

Fizeram seus juramentos e iniciaram a batalha.

Deidara parecia bem confiante, pois correu na direção de Gaara com a catana empunhada e a chocou contra a sua, que defendeu a tempo e lhe chutou o abdômen avançando pra cima dele e golpeando de raspão seu rosto.

Deidara conseguiu desviar de um golpe fatal, mas ao perceber que teve o rosto atingido sentiu seu orgulho ferido, seu rosto tão belo agora carregaria uma cicatriz por um bom tempo.

Gritou enfurecido e foi na direção de Gaara, novamente as catana se chocando cada vez com mais frequência.
Conseguiu tirar das mãos de Gaara com um golpe um tanto forte e certeiro, sorriu convencido enquanto se aproximava dele caído no chão.

-É o fim, Sabaku. Uma pena que você não conseguiu livrar teu povo asqueroso das minhas mãos. Riu com escárnio, o corpo numa postura perigosa se aproximando cada vez mais do outro.

E então avançou, a catana cortou o vento naquele momento melancólico onde o povo que assistia perdia as esperanças, o barulho que o choque da mesma fez foi estridente, mas não era a pele de Gaara que ela havia acertado, acertara uma kunai que o mesmo portava e que logo em seguida se desvencilhou de Deidara afundando a kunai em seu braço.

O grito de dor foi alto, se aproveitou da distração do outro com a atenção voltada para a ferida que havia causado e correu em direção a catana perdida, a segurando novamente.

O principe e o prisioneiro Onde histórias criam vida. Descubra agora