Estávamos no dia de funeral de Wyatt. Eram ainda bastantes pessoas que compunham o público da cerimónia, mas tinha eu a certeza que nenhuma delas sofria tanto como eu naquele momento. O meu pai de coração tinha morrido, de um dia para o outro, sem qualquer explicação. Comecei a chorar desalmadamente.
Brad estava ao meu lado, era ele que iria substituir Wyatt, era ele que me ia ensinar como ser uma pessoa, e era ele que me estava a segurar a mão com toda a força, como se quisesse transmitir calor. Vendo que eu estava a chorar disse:
– Está tudo bem! Não te preocupes pequeno Phael, eu cuido de ti. – Afirmou o rapaz.
– E se tu morreres também? – Respondi-lhe, sem pensar.
– Se eu morrer. – Começou. – Quando eu morrer, eu prometo-te que não ficas sozinho.
– Como é que me consegues prometer uma coisa dessas?
– Mesmo que o meu corpo morra, as minhas memórias não. Tu vais sempre te lembrar de mim, tal como te vais sempre lembrar de Wyatt. Nenhum de nós morre se tu não quiseres.
– Sou assim tão poderoso? – A minha inocência de infância não me levou a pensar no sentido literal do termo.
– Tu és mais poderoso do que imaginas. Mas um dia, quando cresceres, irás perceber. – Respondeu.
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A Guerra do Zodíaco
FantasyImagina um mundo que não é teu, um país que não é teu e uma vida que não é tua. Imagina que não podes pensar por ti próprio nem fazer o que quiseres. Isso chama-se ditadura. Nem todos nos damos bem com esse tipo de governo, por isso mesmo é que me r...