Heartbreaker

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Shawn e Nikki andavam quando um homem vendendo rosas vermelhas passou por eles, e Shawn parou para comprar uma. Nikki sentiu as bochechas vermelhas quando viu o que ele iria fazer. Shawn pegou a rosa e fez um gesto cavalheiro, cortejando a garota à sua frente.

– Será que a admirável princesa aceitaria uma flor? – Ele brincou, forçando um tom de voz mais grave. Nikki pegou a flor, mas se sentiu tão boba por estar se sentindo lisonjeada.

– Obrigado, mas nessa história, você é o Príncipe encantado e eu sou a camponesa. – Nikki riu.

– Ok, então, Cinderela. – Ele disse. Nikki o encarou surpresa. Homens geralmente não sabem dessas referências de contos de fadas, por isso ela estranhou. Como se lesse a mente dela, ele disse:

– Em minha defesa, eu tenho uma irmã menor. – Ele riu.

– É o meu nome do meio, sabia? – Nikki disse, erguendo a flor para ele. – Rose.

– Nikita Rose? Bastante diferente. – Shawn comentou.

– Acho que a esse ponto, já sabemos que a minha mãe tem um gosto duvidoso.

Ambos entraram em uma gargalhada e Shawn colocou um braço sobre os ombros de Nikki, andando.

– Vamos para a minha casa. – Nikki chamou, após mais de uma hora andando totalmente sem rumo com Shawn.

– Seus pais não vai ficar incomodados? – Shawn perguntou, fofo e educado como sempre.

– Eu já disse que eles não se importam... Além disso, toda sexta a noite, eles vão para o Casino. – Nikki explicou, sinalizando para um táxi.

– Você não se resolveu com eles? – Shawn indagou. Eles entraram no táxi e Nikki deu um suspiro derrotado.

– Não. E eu meio que estou evitando a tempestade, sabe? – Ela murmurou. – Evitando bastante.

– Me permite dizer uma coisa? – Shawn indagou e Nikki confirmou com a cabeça. – Não adianta evitar a tempestade se no final você vai precisar lidar com o furacão.

– O que isso significa? – Nikki indagou, genuinamente curiosa.

– Significa que você precisa conversar com os seus pais. Dizer tudo o que você tem guardado aí. Eu acho que toda essa situação que você vive hoje, é por quê vocês não conversaram lá atrás, depois que o seu irmão morreu. – Shawn esclareceu, repousando uma mão sobre o joelho dela, exposto pelo shorts curto que usava.

Nikki assentiu, reflexiva. Aquilo fazia muito sentido. Na verdade parecia uma boa resposta. Por mais que Nikki tivesse medo de fazer isso. Chamar Tommy e Lea, colocar as cartas na mesa. Ela não tem certeza se isso pode ser seguro, ou o tiro acabar saindo de vez pela culatra. No entanto, ela sabe que a situação não pode ficar do jeito que está, mesmo que isso signifique que possa mudar para pior. Ela precisava enfrentá-los, e talvez assim eles vissem o mal que causaram a ela. O quanto eles a machucaram, e apenas talvez, isso pudesse ser consertado.

– É, Shawn. Até que você é um bom conselheiro. – Ela de um sorriso.

– Eu sou bom em muitas coisas. – Shawn sussurrou perto do ouvido de Nikki, deixando a garota arrepiada.

– Então vamos, Don Juan. – Ela o afastou para tirar dinheiro da bolsa e pagar o taxista. Ela puxou Shawn pela mão e eles saíram para a calçada.

Eles caminharam pelo breve Jardim frontal. Nikki usou suas chaves para entrar e Shawn observou atentamente a casa. Percebendo que ela era bem comum e não possuía coisas pessoais na casa. Ele estranhou aquilo. Na sua casa, por exemplo, haviam muitas fotos de toda a família, além de flores, que a sua mãe ama. Mas a casa de Nikki não tinha nada de especial.

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