Por: Heloísa
Manhatan, uma cidade que acabara de conhecer. Minha mãe havia dito que também iria mudar de escola. Agora sinto na pele o que é uma despedida. Ao chegar na nova escola, notei algo de errado: as pessoas que estavam em minha volta não pareciam felizes. Os corredores eram estreitos e havia armários mal acabados, até pensei que a escola fosse mal-assombrada. Acabei me surpreendendo com o que havia dito. Andei pelos corredores com as mãos vibrando de medo, o suor escorrendo da testa, mas algo naquela escola me deixava desse jeito. Então resolvi investigar!
Entrei em casa, me tranquei no quarto e pesquisei na internet sobre a escola, mas não achei nada.
No dia seguinte, na escola, tive a sensação de ter sentido o cheiro de sangue, mas não sabia se era real ou fantasia da minha cabeça. Não me conformei, por isso, planejei ir à escola de madrugada, com muito medo, mas tive que manter o controle para seguir em frente. Com a escuridão infinita entre os corredores, conforme eu entrava, ainda sentia o cheiro de sangue. Resolvi me aproximar mais um pouco e acabei entrando na sala do diretor, olhei para todos os lados para certificar-me que não havia câmeras. Procurei algo suspeito que me respondesse porque sentia cheiro de sangue. As gavetas estavam abertas, exceto uma, a última da mesa. Com todas as forças que tinha tentei abri-la, mas não consegui, então acabei desistindo, e fui tentar em outro lugar. Acabei seguindo o meu instinto e entrei na sala de arquivos pessoais dos alunos e surpreendentemente achei o arquivo do meu ex melhor amigo, Bill Stone, que há muitos anos não havia visto em minha cidade de origem. Bill e eu éramos muito próximos desde criança. Nossas famílias eram amigas, por isso, acabamos virando melhores amigos.
Quando olhei os arquivos não acreditava que era ele mesmo, estava com muita saudade, pois há muitos anos não havia tido notícias.
Revirei tudo naquela sala, só tinha arquivos, então antes de sair escutei barulhos: vozes, gritos, tudo ao mesmo tempo, pensei que estava enlouquecendo.
Achei tudo muito estranho, então, desesperadamente, saí.
Continuei andando nos corredores e a cada passo que dava, começava a sentir novamente o tal cheiro de sangue, só que dessa vez, mais forte. Segui o cheiro e fui seguindo nos corredores, que dava até o porão da escola. Deparei-me com uma escada e conforme descia pelos degraus o cheiro ficava mais intenso. Não conseguia enxergar nada, usei a lanterna do celular e apontei para o chão. Fiquei surpreso ao ver que os meus pés estavam em uma poça de sangue. Tentei dar passos para trás desesperadamente e ao ver todo aquele sangue achei algo que não queria ter visto: meu próprio professor matando alunos sem dó nem piedade. Ele não me viu. Mantive o controle para não gritar e fiquei em estado de choque. Após alguns minutos, de forma silenciosa, saí do recinto e retornei ao corredor, em seguida saí correndo para casa. Como um ser humano teria a capacidade de cometer tal atrocidade dentro da escola da qual ensina?
No dia seguinte, ao chegar na sala de aula, o medo me tomou de tal forma que mal podia falar, mas juntei forças porque sabia que precisava acaba com essa farsa do professor bonzinho. Ele precisava ser desmascarado! Levantei e falei para a turma:
- Gente! Gente! Vi este homem matando alunos no porão e isso não pode ficar assim, ele é um assassino!
E então, ele atirou uma faca e lançou no meu peito. Sangue jorrava por todo lado, gritos, pânico e desespero me fizeram cair no chão. Quando olhei em volta, todos estavam mortos.
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Contos de Terror e Aventura
Historia CortaSente-se, fique confortável. Pegue algo para comer e beber, porque pode demorar um pouco. Vale até chamar um amigo, se isso lhe fizer ficar mais confortável. Mas não se engane com os olhos grandes e o sorriso decorado, criança, pois esse é o melhor...