7° Capítulo

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Tempo bom que não volta mais, de quando eu saia e causava no baile que sempre terminava em confusão com mulher, por elas querer peitar quem não conheciam. Eu me engrandecia porrada, eu era frouxa que só mas tinha muita marra e isso expulsava elas e me dava por vencida da situação. Tirando as confusões, eu curtia bastante meu baile mas se eu chamasse muita atenção no próximo fim de semana eu ficava trancada em casa.
Hoje em dia George nem liga pra isso, e eu por evitar trazer o passado à tona eu nem danço quando estou com ele, procuro tomar minha postura. George é totalmente diferente do Serafim comigo, é o oposto.

Serafim ficou num canto com um pessoal e nem tchum para mim e eu o mesmo para ele. Tem coisas que achamos que vai ser de um jeito e acaba sendo de outro. Sempre achei que o nosso reencontro fosse dar um porradeiro sem fim, mas não, e eu agradeço por não ter sido. Ele sempre foi muito correto.

Por volta das 00h eu decidi ir embora, não iria pegar a Brasil muito tarde com a Clarisse, ainda mais por ter ingerido álcool.
Mayane: Filho, já vou embora tá?! Beijo
Cleyton: Já? A senhora é fogo! Fica anos sem brotar e agora que pode vim quer ir embora? Mancada!
Mayane: Não é isso, filho... É que já estar tarde para a tua irmã e eu tô de carro, amor.
Cleyton: Suave pô, só tua presença já foi mais que especial! -Falou me abraçando de lado; fico toda derretidinha- Fica a vontade para vir a hora que a senhora quiser, tem mais caô não!
Mayane: Você é um amor meu filho, meu amor!! Pode deixar que agora eu vou vir sempre.
Mãe é exagerada mesmo!

Fui descendo as escadas com o Cleyton, quando cheguei no portão lembrei de Clarisse, oxê!!! Cleyton foi lá chamar a bonita e eu fui para o carro, passando pelo Serafim, que estava encostado de frente num carro com uma lata de redbull em cima do mesmo e seus seguranças para todo o lado. Eu nem olhei, eu tenho é medo.
Quando a gente erra e é cobrada passamos a ter medo de tudo sabia? Principalmente da capacidade das pessoas, que por mais tranquilas que elas sejam, são duvidosas. Ele me machucou feio que quebrou uma de minhas costelas, péssimo lembra... Eu dei tiro no meu próprio pé traindo um traficante, fui cobrada bonito, mas ele me botou no eixo por mau. O pior é que sempre me avisava que ia me pôr na linha que se não fosse por bem, seria por mal, e assim aconteceu.

______Flash back

O rádio despertou dez para as cinco, buscar o Cleyton na escola. Quando fui me levantar da cama senti uma pressão no pescoço, em seguida fiquei de pé. Serafim estava perturbado, sua feição era de puro ódio. Minha consciência pesou, eu já sabia o que era.
Serafim: A tua é me fazer de otário né? -Disse, me segurava pelo pescoço e apertava bem forte.
Fechei os olhos, deixando a primeira lágrima escorrer de nervoso.
Mayane: Você tá louco, do que você está falando?
Serafim: Tu me paga sua filha da puta, agora tu vai me conhecer de verdade.

Me jogou longe pelo pescoço mesmo, no primeiro impacto eu bati com a cabeça no móvel do quarto. Ele chutou minhas pernas por várias vezes, eu tentava me levantar mas ele não deixava, ao receber o primeiro chute na costela senti uma dor inexplicável.
Mayane: Por favor, para... -Pedi em meio a gemidos- Tem que buscar o Cleyton na escola.
Ele parou e saiu do quarto. Eu tentei me levantar com ajudar da cômoda, foi muito difícil a dor era maior que minha força. Quando por fim me levantei ele apareceu novamente no quarto e me encurralou na parede.
Serafim: Tá pensando o quê, que tu vai sair daqui assim? -Dizia com os olhos cravejados ao meu- Antes tu vai se resolver comigo. Tu num é sujeita de tirar vagabundo? Tem que ser sujeita mulher de arcar com as consequências.

Fui tentar falar mas ele socou meu olho e me lançou sobre a cama... Não pude nem me defender, eu nem podia...
Flash and

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora