24° Capítulo

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Narração: Mayane

A vida levando, Deus que me ajudando!!

Estou aqui na loja hoje espairecendo um pouco, trabalhando para me ocupar e trouxe a Clarisse comigo.
George foi lá em casa  buscar umas coisas dele, eu prefiro nem ficar perto que eu fico mexida, gosto nem de vê-lo. Esses dias mandei msg para ele e conversamos um pouco até, mas parecia que eramos apenas dois estranhos, duas pessoas normais conversando... Caí na minha real que eu não devo correr atrás mais não, fui uma vez e não deu de nada... Vou ficar indo atrás fazer o quê?

Fiquei de boa com minhas funcionárias que são elétricas e divertidas, na parte da tarde fui lanchar com minha filha e demos uma passeada pela redondeza.
Clarisse: Mãe, meu pai saiu de casa? -perguntou, o que vinha querendo saber; imagino a cabeça da minha menina com essa confusão toda.
Mayane: Ai Clarisse, vai começar já? -respondo meio que sem paciência; quando na verdade quero deixar ela fora disso.
Clarisse: Eu sei que vocês se separaram... -confessa, dizendo bem fria.
Mayane: Então está perguntando por que se você já sabe? Eu hem, já falei que não quero que você se meta nesses assuntos meu e do seu pai.
Clarisse: Tá bom mãe, desculpas!
Mayane: Ele não vai deixar de ser seu pai por isso, tá bom??! Nunca! Nunca mesmo. -explico-a entristecida e chateada, que pena!

Coitada da minha filha, nesse meio louco! Ainda bem que ela já está uma mocinha e começando a entender certos tipos de coisas, me sinto horrível por fazê-la participar desse momento de imaturidade do pai dela.

Vitória deu o ar da graça na loja, cheia de bolsas.
Vitória: Bença tia, preciso te contar algumas coisas. -Falou afobada assim que me viu.
Mayane: Já até imagino o que seja...
Fomos lá para dentro e ficamos papeando à beça.
Vitória: Tem umas lojas me chamando para fotografar, mas estou receosa...
Mayane: Isso é bom pra você minha filha, isso é ótimo! Você é bonita, fotogênica...puxou a tia, porra!!!
Vitória: Será tia? Sei lá, tenho medo...
Mayane: Deixa seu coração decidir, eu abri a sua gira e olha aí seus caminhos fluindo, várias portas se abrindo.
Vitória: Ai tia...para com isso!
Comecei a rir, eu esqueço que Vitória é varoa e falo certos tipos de coisas que a deixa pasmada, mas não é intencional não, é involuntário.

Por volta das 18h eu fui embora e deixei a loja com as meninas. Cheguei em casa enjoada à beça, cansada, louca por um banho. Agilizei algumas coisas antes e logo após subi e fiquei na hidro, tirando um pouco essa tensão. Estou  pensando seriamente em ir embora daqui, ficar no meu apartamento, distante de ver certas pessoas, mas o foda é a escola de Clarisse, trocar a menina de escola agora vai ser complicado.
Todo dia Cleyton, vem aqui para casa perturbar e hoje não foi diferente.
Cleyton: Qual foi? Nem reclamou igual velha. -perguntou após mexer comigo.
Mayane: Nada, ué!
Cleyton: Te conheço dona Mayane, aconteceu alguma parada...
Mayane: Aconteceu o que tinha que acontecer. -conto, pensando alto.
Cleyton: Aí mãe, a senhora e meu pai vive nesse pé de guerra, por que?
Mayane: Eu sabia que uma hora você iria crescer e me fazer essa pergunta... Eu vacilei, eu sempre vacilo filho.
Cleyton: O que a senhora fez?
Mayane: Não vem ao caso, é um particular nosso que eu prefiro não comentar.
Cleyton: Am, suave! O dia que a senhora se sentir a vontade e quiser me contar...mas se não quiser também, está tranquilo!
Mayane: Está bem meu filho.
Cleyton: Vou ali buscar uma parada, é nós! -avisou e saiu.
Não tenho do que reclamar, Deus me enviou filhos maravilhosos, que me motivam a cada dia, se ainda estou aqui é por causa deles, somente eles.
Clarisse: Manhê, tô com fome! -berrou lá da porta do quarto.
Mayane: Já vou pôr sua comida, bonitinha.
Saí do banho, vesti uma roupa folgadinha e desci e ao chegar na cozinha Cleyton, tinha comprado pizza que cheirou o ambiente todo.
Clarisse: Arrasou bofe, deu aulas!!!
Cleyton: Se liga garota, vai...corto teu cabelo hein.
Clarisse: Se manca, bofe!
Mayane: A senhora pode parando com esses linguajá tá, estou só vigiando teu pezinho.
Clarisse: Mãe, todo mundo fala bofe, eu hein.
Mayane: Você não é todo mundo! Não quero e cabô! Fala isso pro teu pai só pra ver se ele num corta tua língua.

Comi exageradamente àquela pizza que chegou no momento certo, adoro! Cleytinho decidiu dormir aqui e ficaram os dois me enchendo o saco, pulando na minha cama... Dediquei minha noite aos meus filhos amado.
Gratidão senhor, pela vida dos meus filhos. ❣

Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora