Mil Flores -Jogadas ao morro 🔫🌹 CONCLUÍDA

59° Capítulo

Dia seguinte, 12h AM

Terminei de fazer o almoço e fui preparar um suco. Fiz uma Lula fresquinha e risoto de camarão, que mandaram vim. Frutos do mar é vidaaan!!

Subi na área da piscina e me sentei numa cadeira de madeira, mexendo no meu celular, ficar aqui é gostosinho, uma paz imensa, tirando o calor que é incomparável a qualquer outro canto do Rj, o sol de Bangu nada explica!
Por volta das 13h e pouca descemos para comer, Cleyton ainda dormia. Apareceu uma garota na casa mexendo nas panelas e eu nem falei nada, não a conheço.
— Tem feijão não? —perguntou toda abusada olhando na minha direção com ar de desprezo.
Mayane: Se tiver está no congelador, não mexi.
—Se tiver? Como assim, você devia saber né?! —Exclamou.
Mayane: Olha aqui garota, quem é você? Não te conheço como nada! Eu não sou empregada dessa casa não muito menos sua empregadinha!!! Abusada! -Falei bem próximo à ela, a encarando.

Ela saiu largando prato em cima da mesa... Que se foda! Só pode ser filha de Serafim, garota abusada eu hein! Deve ter nem quinze anos esse projeto de afronta. Assim que o Cleyton acordou, eu o trouxe para sala e almoçamos juntos, para ele eu preparei uma comida mais leve, tradicional mesmo.
Cleyton: Meu pai perguntou o que houve entre a senhora e a Jasmine.
Mayane: Quem é Jasmine? A mirim que chegou metendo a mão nas panelas? Não ouve nada, eu apenas disse que eu não sou a empregada dessa casa e nem dela.
Cleyton: A senhora é foda! Ela é afilhada do meu pai, vai, xodó dele.
Mayane: Não estou nem aí, ninguém aqui vai me humilhar não e muito menos me tratar com desdém, não preciso disso.
Rayssa: Ela é abusada mesmo sogra, uma vez pintou com a cozinheira daqui até que meu sogro mandou a mulher ir embora.
Mayane: Boto logo ela na linha, vem de graça! Ai ai, e você fique longe dessa garota, ouviu né Clarisse? Distância! -Falo mesmo, convivência pega logo os modos horríveis.
Cleyton: Coé mãe, a senhora vale nada! -Diz morrendo de rir- Menos cara, a menina é um amor.
Mayane: Eu valho ouro, só não vem me tira de otária!!!

Serafim chegou com a garota e eu estava dando um jeitinho na cozinha.
Serafim: Pô May, rolou algum mal entendido por aqui?
Mayane: Mal entendido entre mim e uma criança? Claro que não!
Serafim: É que ela está ficando aqui comigo de vez enquando, minha afilhada pô.
Mayane: Só diga a ela quem eu sou, não sou empregada, aliás até sou, só que só do meu filho. -Digo bem séria.
Ela me olhava com receio, só com o branco dos olhos. Eu hem, nem quem eu pari tira onda com a minha cara, uma criança que eu não sei nem de que boceta saiu, vai tirar uma comigo? Negativo!

O dindinho colocou a comida dela, deu um esporro qualquer e eu nem tchum, muita liberdade que esse povo dá para essas criança.
Serafim: Pô fica tranquila tá, vai acontecer mais não! É que ela é assim mesmo um pouco acelerada, a vó manda pra cá para eu pôr minhas rédeas.
Mayane: Tinha que ter sido criada por vó, ser desse jeito...
Serafim: É pô, era filha de um parceiro meu que faleceu aí no cumprimento do dever e a mãe já tinha falecido uns dias depois que ela nasceu. -contou.
Mayane: Ai que triste, coitada! É muito ruim crescer sem uma mãe, ainda mais agora na adolescência... -Digo agora com pena, não gosto dessas histórias, realmente é triste a pessoa fica meio desorientada.
Serafim: É pô, mais aí eu tento distrair ela, só tem doze anos May, dá uma relevada se ela aprontar qualquer coisa e fala comigo, já é?
Mayane: Eu só não quero que falte respeito comigo, apenas, ninguém!!!
Serafim: Claro que não, já dei o papo nela, respeito em primeiro lugar!
Serafim comeu tão rápido que eu só vi ele pondo o prato na pia de fininho.
Mayane: TEM EMPREGADA NÃO HEIN CARALHO! -Exclamo, acabei rindo achando engraçado.
Serafim: Tu é maluca papo reto, Mayane.

Subi para o terraço e estava a Clarisse de papinho com a garota na piscina, uó! E nem tem nem como proibir, vai ficar aqui com o padrinho dela. Fiquei só observando elas, à menina estava com una barriguinha avantajada, redondinha, esquisita... Quando meus olhos bateram legal eu cheguei a me arrepiar.