O Pedido

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A porta de correr se abriu num baque surdo fazendo alguns alunos olharem quem chegava. Logo toda atenção passou aos cabelos cor-de-rosa que agora mantinham-se à altura do queixo. As pontas tinham um formato arredondado viradas para dentro.  Sakura pendurou a bolsa ao lado da carteira ignorando Sasuke e todos que insistiam em encará-la. Apenas sentou-se e tirou do bolso um pequeno livro de contos, do qual estava lendo.

Ino se aproximou ansiosa sem entender o que via. A loira apoiou as mãos sobre a mesa da rosada.
— O que houve Sakura? Foi rejeitada? — Perguntou Ino em tom de deboche.

— Fui sim, por quê? — Respondeu sem cerimônia, nem ao menos fez questão de desviar os olhos de seu livro. No rosto de Ino fez-se uma expressão surpresa.

— Então você criou coragem e se declarou? Tudo bem, agora que desistiu eu tenho mais chances! — Continuou tagarelando na esperança de tirar a calma de Sakura. A rosada apenas encarou a colega com uma expressão neutra.

— Vá em frente Ino. — a expressão neutra se transformou rapidamente num sorriso sádico. — Mas depois não fique se arrastando como uma idiota na lama depois de quebrar a cara.
Ino trincou os dentes irritada com o comentário, não gostou de toda aquela calma que a suposta rival estava nutrindo. " O que aconteceu com ela?" pensou um tanto intimidada com aquele sorriso tenebroso.

— A única idiota aqui é você! — Gritou a loira que em seguida voltou para o lado de Sasuke.

Naruto observava a cena de longe rindo perplexo, não esperava que seu discurso tivesse tido algum efeito sobre Sakura.

[. . .]

Mais tarde enquanto voltava ao dormitório ouviu uma voz baixa e tímida o chamando.

— Na-... Kun... — O loiro virou-se para trás e estranhou um pouco ao perceber que Hinata era a dona da voz.

— Hinata? O que foi? — Perguntou.

— Bem... Vo- Você... — Falou em baixo tom. Seu rosto totalmente vermelho anunciava seu embaraço. " Vamos, você consegue!" Pensou nervosa, vendo estranhar a situação.

— N-Naruto-kun! — Falou apertando os olhos e os punhos. — Você... — deu uma pausa demorada como se as palavras escapassem por um fio de sua mente. — Quer... Sorvete... ? — Terminou por fim com uma palavra assoprada.

— Acabei de comer, mas obrigada. — respondeu arqueando as sobrancelhas sem entender nada. Já estava se virando para ir embora.

— Espere. — Falou baixo dessa vez. — VO-VOCÊ ACEITA IR NUM ENCONTRO COMIGO?!!! — Gritou em alto e bom som. O loiro deu um pulo ao ouvir a voz da garota ecoar tão alto, Hinata estava com o rosto tão vermelho que quase se via sair fumaça de sua cabeça.

— Bem, e que tal a gente descer pro refeitório e conversar? — Perguntou o loiro um tanto embaraçado.

[ . . . ]

— Eu não queria causar confusão, me desculpe... — Falou cabisbaixa olhando para a mesa do refeitório.

— Mas causou! — Respondeu o outro ríspido.

— Eu não sei me expressar direito. Eu queria pedir sua ajuda, mas acho que acabei me enrolando... — Hinata encolheu os ombros envergonhada.

— Tudo bem, pra que precisa de mim afinal? — questionou indo direto ao ponto.

— Eu estou tendo problemas em casa, sei que não devia meter ninguém nos meus problemas, mas meu pai quer que eu me case. — Respirou fundo antes de continuar. — Eu não consigo bater de frente com ele e sua teimosia. Não sei mais o que fazer, sou jovem demais pra casar... — Sentiu um nó se formando na garganta. — Eu só quero ser uma estudante normal com boas notas e etc...

— E como você acha que eu posso te ajudar? — Indagou apertando as têmporas, não estava gostando da expressão triste que Hinata estava fazendo. — Eu sou meio que visto como um delinquente idiota, não sou a melhor pessoa para te ajudar.

— Você é pessoa que mais foi gentil comigo até agora... — Olhou diretamente suas orbes azuis. — Eu preciso que você finja que estamos num relacionamento, isso apenas se concordar é claro. Talvez, se ele ver que tenho alguém especial pra mim, vai desistir da ideia do casamento arranjado. — A garota falou arrumando a franja que caia sobre os olhos.

O loiro encarou o teto do refeitório por um tempo, sabia que não queria ver Hinata se ferir, tinha empatia, se fosse com ele também não iria gostar.

— Está certo, eu te ajudo! — Respondeu com um sorriso. — Vamos dar um jeito nesse seu pai!

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Desculpe pelo cap. curto, espero que estejam gostando da fanfic!

Obrigada por lerem e votarem, até o próximo! o/
 

A Cama Ao LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora