Capítulo Seis - A confusão.

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Matt não sabia onde Mariana morava e não tinha ideia com quem ela tinha ido para a festa. Achou duvidoso que as pessoas que fizerem essa festa pra ela a deixara beber tanto e depois a deixaram ir sozinha conversar com um completo estranho. Então, não sabia se podia confiar nessas pessoas e decidiu não chamar ninguém da festa. Assim, fez a única coisa que achou ser a melhor solução. Ligou para seu pai, explicou a história e pediu para busca-los. Matt colocou Mari para dormir em sua cama e arrumou um colchonete para ele dormir. Matt adormeceu pensando em como Mari era bonita e em como ela devia estar sofrendo com tudo que lhe aconteceu. Decidiu que na manhã seguinte iria conversar com ela e tentar ajuda-la de alguma maneira. Gostaria até de chama-la para sair. Só que no dia seguinte tudo iria mudar.

Mariana acordou na manhã seguinte com uma dor de cabeça terrível. Seus olhos estavam desfocados, a principio ela não sabia onde estava, mas depois tudo começou a ficar claro. Assim que ela percebeu onde estava, gritou, acordando Matt, do qual ela não fazia ideia de quem era.

Matheus acordou assustado com os gritos de Mariana, que quando viu que ele acordou, já foi logo perguntando aos gritos:

– Quem é você, e o que eu estou fazendo na minha antiga casa?

– O que? Sou Matheus. E eu não sei o que você está falando sobre essa ser sua antiga casa. Eu e meus pais nos mudamos faz quatro meses. Somos novos na cidade. – disse Matt aturdido.

– Eu morava aqui, com meus pais e meu irmão que, - ia dizendo Mariana, mas Matheus a interrompeu. – Que morreram em um acidente de carro há seis meses. Sim, eu sei. Você me contou isso ontem a noite, te trouxe para cá pra tentar te ajudar e você já foi gritando comigo!? – disse Matt um pouco nervoso.

Mariana estava atordoada. Não se lembrava dele e estava se sentindo tonta ainda por causa da bebida e por estar em seu antigo lar.

– Me desculpe Matheus. Eu acho que bebi um pouco demais ontem, e como não me lembro de nada, nem de você, eu fiquei um pouco confusa, ainda mais estando aqui onde morava antes. Era meu antigo quarto e minha antiga casa, me trouxe muitas lembranças. Desculpa ter gritado com você. – disse Mari constrangida, ainda mais estando perto de um garoto tão bonito e de quem ela nem se lembrava.

– Me desculpa também por ter explodido. Olha, eu não sabia com quem você tinha ido a festa, e como achei estranho quem for que estivesse com você ter deixado você ir falar com um cara que não conhecia,achei melhor ligar pro meu pai e pedir para ele nos buscar. – disse Matt. Esperou Mari dizer alguma coisa, mas como ela não disse nada, ele continuou:

– Que tal descermos e irmos tomar um café da manhã e conversarmos com mais calma? Meus pais estão ai, mas eles são super tranquilos. Não vão te julgar por ter chegado à casa de um cara que nem conhecia bêbada, que por coincidência é sua antiga casa, e ainda por cima carregada por ele.

Mariana olhou assustada para Matt. Estava se sentindo diminuída, envergonhada e não conseguia para de olhar para seus belos olhos castanho claro e no leve descer e subir de sua camisa em seu peitoral quando respirava fundo. Mariana não sabia ao certo quanto tempo ficará parada olhando Matt, quando ele quebrou o silêncio:

– Relaxa Mariana, estou só brincando! – E os dois começaram a rir juntos. Uma risada tão leve que Mari não se lembrava de qual foi à última vez que riu daquele jeito descontraído e verdadeiro.

Desceram para o café da manhã e os pais de Matt já estavam á espera dos dois. Mari contou toda a história sobre o acidente e de como sua vida mudou desde então. Pediu desculpas pelo trabalho que deu na noite anterior, e assim, ela e Matt saíram de casa para dar uma volta pela mesma praça onde ela tinha adormecido em seu colo na outra noite. Logo que chegaram à praça, Mari viu Gabriela sentada em um dos bancos com o semblante preocupado. Lembrou que a amiga não fazia ideia dela nas últimas horas, nem se lembrava de como tinham se separado na festa. Chegou perto com Matheus logo atrás dela.

– Gabi? – disse Mari.

– Mariana, pelo amor de Deus, onde você estava? Espera aí! Esse não é o cara que estava na festa? Matheus né? O que você fez com minha amiga seu maluco? – disse Gabriela descontrolada.

– Gabi, calma, o Matheus não tem culpa de nada. Eu que me "joguei" em cima dele sem conhecê-lo, e ele só cuidou de mim. – respondeu Mariana dando um sorriso tímido para Matt. – Na verdade é uma longa história, e precisamos conversar, porque tudo é um borrão, porque não me lembro de nada do que aconteceu ontem.

– Bem que eu te disse para não beber tanto e nem pra conversar com estranhos. Ainda bem que ele não é um psicopata né Mariana? Estava quase chamando a polícia e ligando para seus avós para dizer que você havia sumido. – disse uma Gabriela brava.

– Eu sei amiga, me desculpa, por favor! Vamos conversar, e aí te conto tudo.

E virando-se para Matt disse:

- Obrigada por cuidar de mim e não me fazer mal. Você nem me conhecia e mesmo assim me ajudou. Se eu puder fazer qualquer coisa por você, vou ficar mais do que feliz.

– Vou pensar em alguma coisa, pode deixar. – Matheus respondeu com um sorriso. – Você tem meu número e sabe onde eu moro se quiser conversar. Foi um prazer conhecer você Mariana.

– Igualmente Matheus! – disse Mariana envergonhada.

E com aquele sorriso tímido, Matt virou-se e voltou para casa, e Mari só ficou pensando em como gostaria de ver aquele sorriso todos os dias.

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