Capítulo Treze - O acidente.

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JUNHO DE 2017.

Mariana além de estar com muita raiva, estava ansiosa. Ela não queria nem imaginar o que poderia estar acontecendo na universidade, isso se ela iria encontra-lo lá mesmo. Gabriela dirigia devagar, e tentava dizer à amiga que não estaria acontecendo nada demais, mas Mari não dava ouvido. Chegando lá, elas viram o carro dele na entrada do campus e Mariana agora certa de que ele estava lá, desceu do carro correndo e foi na recepção perguntar qual quarto era o dele. A recepcionista lhe disse que não poderia lhe dar essa informação, então ela e Gabi acharam um jeito de enrolar a moça para conseguirem procurar o quarto de Matheus.

Viraram em um corredor e logo escutaram uma música bem alta em um dos quartos. Assim que identificaram de que quarto era, Mariana correu e abriu a porta com toda força. O que viu a fez se sentir enjoada, pois sentado em uma poltrona estava um Matheus bêbado e rindo pra caramba com uma garota da qual ela nunca tinha ouvido falar, e desconfiou que fosse a tal Lauren. Mari não se conteve e no mesmo momento disse com toda raiva que sentia:

– Ahhh que bonito Matheus! É por isso aqui que você só vai a cada duas semanas na minha casa e hoje nem apareceu?

Todos no quarto olharam assustados para ela, e Matt imediatamente se levantou. Mari saiu do quarto chorando de raiva com Gabriela em seu encalço. Mariana já estava quase entrando no carro para ir embora quando Matheus gritou: – Mari, pooor faaavor, esperaaa! Deixa-mee explicaaar.

– Não quero que explique nada nesse estado, muito menos depois do que eu acabei de ver. Você não foi à minha casa Matheus. Retorno suas ligações e quem atende é uma garota que não conheço, provavelmente a mesma que estava se jogando em cima de você. – Mariana retrucou aos gritos.

– Eu tee liguei amoor, praa dizer que a feesta planejamooos de ultimaa horaa e a Laureeen nãoo significaa naadaa praa miim, poor favor acreditaaa... – respondeu Matheus quase chorando, e com medo de que Mari não acreditasse nele.

– Não quero escutar nada que você tenha a me dizer agora. Estou muito nervosa e não quero conversar! Amanhã quando estiver sóbrio e for à minha casa, nós conversaremos. – e dizendo isso, ela e Gabriela entraram no carro e saíram da universidade.

Não perceberam que um carro estava seguindo elas, até que escutaram uma batida. Estacionaram e foram verificar se as pessoas estavam bem, quando Mari percebeu que um dos carros era do Matheus. Naquele momento, o mundo congelou para ela. Ela gritou de dor e agonia e foi correndo ver se ele estava bem. A outra pessoa com quem Matt havia colidido estava bem, mas, preocupado ligou para a emergência.

Matt estava desacordado e havia muito sangue. Ele bateu com a cabeça no volante, pois não havia colocado o cinto de segurança. Havia um corte na sua testa e em seu rosto, se a batida tivesse sido mais forte ele teria voado para fora do carro. Mari estava desesperada, chorava muito junto com Gabriela que abraçava a amiga. Logo a ambulância chegou, e ela foi junto com ele enquanto Gabi disse que encontraria com ela no hospital após ligar para seus avós e para os pais de Matheus.

Chegando ao hospital, Matt teve que ser entubado e foi levado para a sala de emergência. Mariana não pôde entrar, então ficou aguardando a chegada dos seus avós, e dos pais dele. Gabi chegou rápido, e as duas foram em um pequeno santuário que tinha no hospital, pedirem por notícias boas. Só quando os pais dele chegaram, é que o médico veio dar alguma noticia.

– Vocês são os pais do Matheus? – perguntou ele, e continuou quando eles confirmaram. – As notícias não são muito boas, sinto muito, mas Matheus sofreu um traumatismo craniano e entrou em coma. Não á nada que podemos fazer a não ser deixa-lo internado e esperar por algum sinal, por alguma melhora.

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