A morte é a única coisa na vida que não tem uma solução; perder a sua esposa foi a pior coisa que lhe aconteceu, mas sua vida não podia ficar parada. Tinha uma empresa pra cuidar e sete filhos para criar.
Porém a vida não era justa e mesmo que...
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Já dizia o melhor vilão que a Disney já fez: "A vida não é justa, não é?" Ah como Jungkook desejou que aquela história feita a séculos atrás quando humanos ainda não eram híbridos, não fosse feita de forma tão sábia. A vida estava sendo injusta consigo! Primeiro lhe dá motivos pra sorrir; depois lhe faz perder o amor da sua vida e por último o força a se casar. Maldito seja o dia que nasceu na família Jeon com uma mãe como Jiwon, a ômega era sim uma mãe maravilhosa, mas poxa ela estava sendo insensível. Yoona tinha falecido a pouquíssimo tempo, como poderia querer arrumar um ômega para o filho? Ela não estava esperando que Jungkook chegasse já paquerando, jogando o charme e seduzindo o outro, não é? Céus, Jungkook não conseguia se imaginar beijando outra pessoa que não fosse sua falecida esposa. Entretanto como Scar sabiamente disse "A vida não é justa e muito menos Jiwon estava preocupada com o lobo do outro cabisbaixo, marcar outro ômega resolveria aquilo, porém o trauma psicológico de seus filhos não!" Sim, ele disse tudo isso, o alfa tinha plena certeza disso, a cena apenas foi cortada...
Lá estava Jungkook então, na frente de um restaurante francês, devidamente arrumado e Jiwon se encontrava ao seu lado, toda elegante como sempre. Não demoraram muito do lado de fora, sua mãe falou com a recepcionista e Jungkook estava só pensando no como teria que fingir gostar do ômega, entendam que o alfa jamais iria achar outra pessoa mais bonita que sua própria esposa e claro que seria como naqueles filmes, uma péssima escolha, o ômega ia fazer um inferno na vida de seus filhos; seria ignorante e prepotente, nariz em pé, certeza!
A mulher lhes guiou e Jungkook franziu o cenho quando sua mãe foi guiada a uma mesa para duas pessoas, onde já estava sentada uma alfa, está que se levantou rapidamente e lhe cumprimentou.
— Sua mesa senhor. — A moça lhe guiou até uma mesa no canto, dando para ver o lado de fora, iluminado e muito bem decorado.
Jungkook engoliu em seco, ao se sentar na mesa depois da moça sair. O ômega estava a sua frente, com o cardápio no rosto e parecia não ter notado a sua presença. Jungkook já imaginava que tipo de monstruosidade veria assim que o cardápio fosse abaixado. O alfa sentia o estômago começar a embrulhar, o receio aumentando quando de repente o cardápio foi fechado e abaixado.
Jungkook se arrependeu de duvidar do que sua mãe lhe disse sobre a beleza do tal ômega. Este possuía cabelos em um loiro escuro, milimetricamente cortados e muito bem hidratados, os olhos em um castanho escuro que lembravam a cor das sementes do café ou chocolate ao leite, eram encanadores; possuía traços mais delicados e os lábios eram carnudos, bem cheinhos. Vestia uma blusa bege, – tricotada a mão aparentemente – com um laço branco no centro e nos braços era possível ver apenas uma pulseira e um relógio.
— Jeon Jungkook? — Indagou.
Sua voz era doce e gostosa de se ouvir, o cheiro de pêssegos em calda começando a se fazer presente.
— Ah... sim. — Jungkook sorriu nervoso, não era como se soubesse começar novamente essas coisas, se casou a mais de dez anos atrás, ou seja, ela já tinha perdido a manha da arte da paquera, não que quisesse realmente paquerar o ômega. — Sou eu e você presumo ser Park Jimin?
