☆A alegria cruzou comigo

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Então esses serão versos de alegria
Que foram escritos em qualquer dia
Talvez em breve nostalgia

É olhar para cima e gritar
Achei amor em uma mulher
Que cambaleava nas ruas a caminhar
Enquanto sonhava com chocolate em uma grossa colher

Não vem com interesses
Tem olhos florescentes
E caminha disparadamente

Ela dizia coisas sem pé nem cabeça
Mas cantava e interpretava peças
Era doidinha da cabeça

Então lhe dei seis euros
Alguns dólares
E um metical

Ela era velha de mente
E jovem de idade
Ela é novidade

Recusou minhas moedas e notas
Parecia despreocupada e com cara de alguém que não paga contas
Apenas se distrai na vida e não se preocupa com cotas

Nem diárias, nem mensais e nem anuais

Ela disse antes de desaparecer a esquina
Tudo que tenho não se compra
Não se vende e nem se rouba
Se compartilha e se roga

Eu sou rimas ao vento
As vezes interpoladas
Mas me perco em cruzadas
E me prendo em encadeiadas

Tudo que sou são números
As vezes naturais
Quando decido sou decimais
Mas talvez nunca inteiros

Então menino
Não meesses euros, dólares ou meticais
O que farei com eles

"Afinal, eu como poesia
Vivo de amor a fantasia
E me perco em utopia"”

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"Afinal, eu como poesia
Vivo de amor a fantasia
E me perco em utopia" — Trecho do meu outro poema, “Não me leve ao alto, esquece me nos montes”, aqui ele foi adaptado

O Último suspiro (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora