Chapter V

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Já fazia mais de um mês que eu estou no Canadá, todos os dias eu falo com a minha família e com os meus amigos, mas também não fico remoendo a saudade até porque eu me sinto bem onde eu estou.

Eu, Max e Lena tínhamos virado um trio perfeito, saíamos todos os fins de semana e eu raramente tinha ataques de pânico. Também me aproximei muito de Philipe que, graças a Deus e a Suzana, me arrumou um emprego de meio período em uma loja de uma amiga dele, eu era a atendente e até que estava gostando, pratico meu inglês além de ganhar um dinheiro, conhecer pessoas novas e o fato de que é de segunda à sexta, e ela fica o dia todo nos sábados, só quando ela precisa muito de ajuda que ela me chama para ajudá-la. O ruim de estar próxima de Philipe é que sempre que ele pode, ele tenta flertar comigo, no começo eu até fingia que estava afim, mas era porque eu não sabia que ele estava falando sério.

Nesse exato momento eu estou em um café com Lena e Max, na última noite os dois foram à uma balada, mas eu estava ocupada demais morrendo de cólica, por isso fiquei no meu dormitório assistindo filme triste comendo sorvete e brigadeiro. Hoje é sábado e o tempo está totalmente fechado, eu sou carioca e qualquer ventinho gelado me faz tremer dos pés à cabeça, então eu estou muito bem agasalhada.

-Kay, você tinha que ver como ele era lindo, - Max murmurou apoiando o queixo em uma das mãos e soltando um suspiro com ar sonhador. - parecia que tinha saído de um filme de Hollywood.

-E vocês ficaram?

-Helloo, quem você acha que eu sou? - Ele perguntou parecendo ofendido. - É claro que a gente se pegou, e vou te dizer, foi ma-ra-vi-lho-so!

Revirei os olhos e ri negando com a cabeça. Lena parecia perdida em pensamentos e eu resolvi não incomodá-la, toda hora a mesma checava o celular.

-Acho que estou apaixonado. - Max disse pensativo também, isso despertou Lena do transe que o encarou chocada.

-Tu disse isso semana passada! - Ela respondeu rindo.

-Posso fazer nada se o seu coração não é igual coração de mãe, já que o meu é, sempre vai ter lugar para mais um. - Nós três rimos e eu revirei os olhos.

-Tá usando camisinha, né? - Perguntei bebendo um gole do meu chocolate quente.

-Claro, bobinha. - Ele revirou os olhos. - Quero saber quando é que você vai começar a usar.

-Do jeito que a Kay é lenta, só com trinta anos. Isso se ela não morrer virgem no porão de algum amigo.

-Vocês são péssimos. - Eu resmunguei querendo que o assunto sobre minha virgindade intacta mudasse.

-Você que é péssima, tem um bofe gostoso aos seus pés e fica nessa. - Max colocou um pedaço de croissant na boca.

-Gente, eu não sou assim. - Eu suspirei lembrando que passei seis horas explicando para eles porque eu, aos 19 anos de idade, sou virgem. - E eu não me sinto atraída por ele, apesar de concordar que ele é gostoso.

-Ai, vocês já admiraram aquela bundinha? - Lena perguntou sorrindo maliciosa.

-Eu adoraria estar no seu lugar, lindinha. - Max completou pegando a minha mão.

-Meu Deus, - Eu ri da cara que Max fez. - sério eu já nem sei mais o que fazer para ele parar com isso.

-Pega ele logo, e depois fala que só quer amizade. - Max deu de ombros, eu estava prestes a responder quando o meu celular tocou. Lorena me ligava pelo WhatsApp sempre que estava com problemas.

-É a Lorena, depois eu falo com vocês, - Murmurei olhando preocupada para a tela do celular. Dei um beijo em cada um deles, deixei a minha parte do dinheiro em cima da mesa. - Beijos.

Destiny - Shawn MendesOnde histórias criam vida. Descubra agora