Destiny - Shawn Mendes

Chapter XI

Faziam semanas que eu e Shawn ficávamos, e era sempre no apartamento dele para que ninguém descobrisse, por mais que Lena e Max fossem meus amigos eu não queria saber qual seria a reação deles ao descobrir dessa coisa que eu ainda não sei rotular.

Eu passava praticamente todos os finais de semana com ele, quando ele não tinha que viajar para fazer algum show em outro país. Chegamos a ficar mais de duas semanas sem nos ver e foi péssimo porque eu fiquei no completo tédio.

Peguei minhas coisas e saí correndo da sala quando o sinal tocou, eu tinha que falar com a diretora sobre a festa da Milena e ficar uma semana liberada porque ia aproveitar para organizar as coisas da festa do Guilherme.

Passei pela Suzana dando um rápido 'oi' e fui até a porta da senhora Stevenson, não demorou muito para que ela pedisse para que eu entrasse.

-Bom dia, senhorita Barbosa. - Ela indicou a cadeira com a mão e sorriu amigavelmente. - A que devo a honra de sua visita? - Ela levantou uma das sobrancelhas sorrindo.

-Hum... bom dia. - Eu murmurei antes de pigarrear. - Na próxima semana minha sobrinha mais velha fará 15 anos e minha família dará uma festa para ela, queria pedir para que a senhora pudesse me dar liberação de uma semana inteira para que eu possa ajudá-los com o que eles precisam além de participar da festa. Eu sei que to pedindo um pouco em cima, mas eu ainda estava decidindo se iria ou não, porém ela é minha sobrinha mais velha e não seria legal eu faltar à essa festa em um dia tão especial. - Falei tudo de uma só vez, ela ficou me observando séria.

-Isso é mesmo pela sua sobrinha, não é? - Ela perguntou e eu franzi o cenho jogando a cabeça um pouco para o lado, confusa.

-Sim. Por quem mais seria?!

-Senhorita, à algumas semanas eu trabalhei até mais tarde, tive que entregar algumas papeladas para os guardas que ficam de olho na câmera de segurança assinar. Enquanto eles assinavam eu vi quando você encontrou um rapaz na porta do campus e o trouxe para dentro do estabelecimento. - Arregalei os olhos sem saber como agir. - Fiquei observando para ver o que aconteceria e para onde você o levaria, e para a minha surpresa você o levou para o jardim que ninguém visita.

-Senhora, eu sinto muito. Eu não sabia que não podia trazer ninguém para cá, os portões ficam abertos o tempo inteiro, achei que não tinha problemas.

-Não se preocupe. - Ela me acalmou e eu suspirei. - Eu prefiro que me avisem quando vão trazer alguém de fora, nunca sabemos o que a pessoa quer de fato com nossos alunos. Se vocês fossem para o seu dormitório, eu ficaria extremamente preocupada e interviria, mas como não foi o caso, só fiquei observando. - Arregalei os olhos e ela sorriu docemente.

-A senhora viu tudo? - Ela assentiu com a cabeça e eu enterrei minha cabeça nas minhas mãos.

-Não precisa se sentir envergonhada, todo mundo se apaixona em alguma etapa da vida. - Ela disse rindo da minha reação. - Sinceramente, eu observei você dois por tanto tempo que percebi que ele não representava perigo algum, reconheço uma pessoa apaixonada mesmo que por câmera. Vocês ficaram tanto tempo conversando que eu fiquei nervosa e tive que interferir de alguma maneira, foi eu quem ligou as luzes.

-Meu Deus, eu nem sei o que dizer. - Eu estava sentindo minha privacidade invadida, e realmente não sabia o que falar.

-Sinto muito se foi um pouco evasivo, - Um pouco? - mas eu prezo pela segurança de todos.

-Entendo.

-Eu sei quem ele é, eu sei que você sai para encontrá-lo apesar de não ser a inteção saber tudo isso. - Ela disse de uma só vez. - Preciso que seja sincera comigo, irá viajar mesmo para o Brasil?