Girl meets Consequences

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- Então você se pergunta: será que eu fiz bem? Será que não vai afetar a minha vida ou a vida das pessoas ao meu redor de forma negativa?

As palavras do professor pareciam bem claras, meu coração bateu forte por um instante quando quis olhar pra Riley, e, como nos conhecemos bem e temos um relacionamento extraordinário, sei que ela quis olhar pra mim também. Foi o motivo do desespero do meu coração. Não falamos sobre o que aconteceu desde ontem, não falamos nada, o que é estranho. Pra mim, tudo pareceu inocente, mas parece que há algo a mais pra Riley, caso contrário, ela comentaria sobre isso o dia inteiro comigo.

- O único problema é que só sabemos a resposta quando se é tarde demais. - Matthews conclui, é a última coisa que pôde falar antes do sinal tocar

As crianças se levantam em conjunto, Matthews se vira pra organizar as próprias coisas enquanto os alunos saíam, mas eu só me interessei quando vi Riley passar pela porta lentamente depois de organizar suas coisas ainda mais devagar, como se esperasse uma reação minha, mas eu apenas fico sentada, olhando para frente, até que só resta a mim e Cory Matthews.

- Problemas? - Ele questiona - você é a primeira a sair dessa sala quando o sinal toca.

Respiro fundo.

- Não precisamos disso, você já sabe o que está acontecendo.

- Sei. - ele sorri de lado e dá a volta na mesa, encostando-se nela de frente pra mim - e como está se saindo?

- Péssima. Não devia nunca ter aberto minha boca. - resmungo

- Ai é que você se engana. Maya, as pessoas lidam com conflitos pessoais, você não pode simplesmente correr deles.

- E porquê não?

- Porque não seria vida.

Suspiro.

- Sei que a Riley lidará com isso muito bem e ajudará você a passar também.

Ele pega a pasta e se direciona à porta.

- Eu a beijei. - confesso e ele para de imediato

Vejo seu corpo virar lentamente e seu rosto formar uma careta estúpida.

- Desculpe, o que você disse?

- Você entendeu bem. - ele abre a boca pra falar, mas não lhe dou oportunidade - eu a beijei e nós não nos falamos depois disso, hoje de manhã ficamos em silêncio, nos olhávamos e dávamos sorrisos forçados, eu fiz a maior besteira, arruinei tudo, como sempre.

Por um momento ele só fica me olhando, até que suspira e volta à sua antiga posição.

- Dê um tempo a ela e a você.

- Eu não quero dar um tempo, eu quero ela de volta.

- Ela precisa refletir sobre tudo isso, pelo visto você também. Me responda, em algum momento pensou em como isso soava pra você? O que representou ou o que sentiu? Ou você só ficou pensando no que ela estava pensando?

Encaro-o, mas não respondo. A verdade é que ele tem razão, eu não pude pensar nem por um segundo o que isso foi pra mim. Ele sorri, sabendo qual seria minha resposta, pega a maleta e vai embora. Eu fico ali, estupefata, sem forças pra mover sequer um músculo.

*

Pessoas me rondam de várias maneiras, mas eu não as rondo. Continuo meu desenho e o contorno com maestria, é, eu tenho aprendido umas palavras novas. Meu celular toca e eu vejo que Josh acabara de me mandar uma mensagem, então eu leio:

"Você não devia mandar mensagem nas aulas e não, ela não vai te odiar, eu garanto que em menos de cinco minutos ela voltará com um enorme sorriso e dirá um enorme e meloso 'peaches' como você gosta. Só relaxe."

Girl meets real worldOnde histórias criam vida. Descubra agora