Girl meets real world

Girl Meets The Human Nature

            As horas tem se passado rapidamente, dois dias já se passaram desde que Riley me encurralou naquele boxer. Nós somos, de fato, um casal agora. Não, ninguém sabe, ninguém poderia, em hipótese alguma, saber. Eu não teria mais livre acesso à Riley se isso acontecesse, nossos amigos sentiriam o peso desse fato e nada seria como antes. Riley tem se tornado uma ótima mentirosa, isso me preocupa; não é que ela esteja mentindo o tempo todo, mas ela não tem mais tanta dificuldade em esconder o que nós temos.

          Estou sentada na Bay Window, acabamos de voltar da escola e estávamos vendo a finale de the red planet diary, até  que acabamos aqui, assim, sem nada a dizer. O problema não era não ter algo a dizer e sim que nós temos, mas não dizemos.

- Hmm... eu acho que eu já vou. - arrasto as mãos nos joelhos antes de me levantar e me afasto

- Espera. - Ela se levanta e vem até mim - precisamos conversar.

- Sim! Ufa! Precisamos.

- O que você quer dizer?

- Hã... - Então ela me pegou, eu também não consigo colocar pra fora, está tudo aqui na ponta da língua mas eu não consigo expressar

- Eu gosto de ser sua namorada. - Ela finamente diz

- Eu também! - exclamo um pouco alto demais

- Tem sido estranho, já que você tem ficado cada vez menos confiante e tudo mais, mas eu gosto.

Meu sorriso sai torto, minha perna fica inquieta, até que consigo dizer:

- Gosto dos seus beijos.

- Oh.

Vejo que aquilo se tornou um tanto quanto constrangedor, então continuo:

- Gosto de tudo com você. Como sempre.

Seu sorriso ultrapassa toda e qualquer situação constrangedora, e eu sorrio com ela. Nossa proximidade não é um constrangimento agora, seguro em seus braços e ela segura nos meus, e tudo que consigo focar são seus olhos brilhosos.

- Eu gosto dos seus beijos também. - Ela revela e eu sinto meu estômago comprimir - mas as vezes acho que não sou boa nisso.

Sorrio ainda mais.

- Bem, você nunca perguntou a mim... Você é ótima. Vamos pegar a prática.

Vejo todo o rosto dela corar, então, eu sinto meu próprio rosto corar. É hora de mudar de assunto novamente.

- Então, eu vou embora. - deslizo minha mão por seu braço para cima e para baixo num carinho breve - mais tarde eu volto, ok?

- Ok. - Ela diz com um sorriso

Nossos olhos permanem se conhecendo, nós sabemos que hora é esta, é a hora do beijo antes de partir. Mas era mais que isso. Eu quero beija-la e acho que ela também quer. Nossos rostos se aproximam quietos, seus olhos nos meus até quase o último segundo, que foi quando seus olhos caíram pros meu lábios antes de fechar. Meu coração já batia freneticamente e o meu corpo a queria cada vez mais próxima de mim.

              Meus lábios encostam os dela suavemente, ficamos assim por alguns segundos, mas meus sentimentos superam todo o medo e toda timidez. Quando os lábios dela tentaram se apartar dos meus, eu pressionei meus lábios contra os dela novamente, senti seu corpo enrijecer e ela permanecer paralisada, então segurei seu rosto com as duas mãos e pressionei novamente meus lábios nos dela, com apenas um segundo de vacilo. Encaixei meus lábios perfeitamente tentando separar os dela e ela o faz, é quando eu posiciono bem os dedos na nuca dela, porém, ela continuava paralisada, suas mãos em meus cotovelos mal pareciam estar ali. Separo nossos lábios devagar, encarando seu rosto todo o tempo, até sorrir pra ela.