Girl meets the history

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- Então, o que eu sou pra vocês? - Matthews dizia

- Você não cansa? - resmungo

- Não. - ele diz sorrindo - Então, o que eu sou?

- Pai. - Riley diz

- Professor. - Farkle afirma

- Uma pedra entre mim e meu prêmio Nobel - Smackle diz e Matthews faz uma careta

- Sogro. - Lucas diz e a classe inteira ri, menos eu

- Calminha - Riley diz, virada para ele - triângulo, lembra?

- Nosso mascote. - Eu respondo ao professor, querendo romper aquele assunto

- Então pai, professor, pedra, não-sogro e mascote. Parece que eu criei uma longa história na vida de vocês. Mas qual a minha história real?

E nesse momento eu senti algo roçar meu joelho e, pra minha surpresa, eram os dedos da Riley. Sorri involuntariamente e segurei sua mão.

- Qual a história de vocês? O que estão fazendo pra contribuir na sociedade e na vida dos mais próximos? 

Tudo parece estar se encaixando e caminhando da maneira correta. Até que Matthews entra no meu caminho.

- Riley?

Ela larga a minha mão depressa e une as próprias sobre a mesa.

- Apenas... construindo a minha história.

- Sociedade?

- Ainda não.

- Por quê não?

- Ainda preciso descobrir quem eu sou. O quê eu sou. E ai sim, sociedade.

- Bom.

Então o sinal toca e todos se levantam para sair, organizo minhas coisas e, quando me viro para me direcionar à porta, vejo Riley encostada na mesa do pai, sorrindo e me esperando. Meu coração dá um salto neste momento e eu vejo ela unir as mãos na frente do corpo. Suspiro e sorrio de volta, vou até ela e uno nossos braços, guiando-nos para fora.

- Então... - ela finalmente diz

- Não.

- Você nem sabia o que eu ia falar.

- Ia perguntar se eu tenho olhado pra alguma garota, se é assim que funciona, mas não tem isso de funcionar, é como com os garotos.

- Como você pode...?

- Achei que não queria que eu beijasse outras garotas. - eu a paro

Nós tínhamos acabado de chegar ao centro do banheiro, que está vazio, por hora. Continuo encarando ela, até que um sorriso se forma em seu rosto e eu permaneço observando-a, ela se aproxima e isso me deixa nervosa, mas ela não para, até que passa por mim e entra  em um dos boxes, foi quando eu pude finalmente respirar novamente. É impressão minha ou ela está fazendo de propósito? É impressão minha ou ela está jogando? Onde ela aprendeu isso? Por que ela está fazendo isso? Isso é, ao menos, justo comigo? Ela está realmente fazendo algo ou sempre foi assim e isso está me afetando agora? Eu conseguiria saber se ela estivesse jogando? Meus pensamentos são interrompidos quando a mesma garota que me levou flores no hospital atravessa a porta do banheiro, ela sorri pra mim e eu sorrio de volta, assistindo-a lavar as mãos na pia enquanto me olhava pelo espelho. Depois de enxugar as mãos, ela se vira pra mim e se aproxima.

- Então, como você está? - Ela pergunta

- Cada dia melhor.

- Isso é ótimo.

Girl meets real worldOnde histórias criam vida. Descubra agora