Epílogo

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— Tem certeza mesmo?! — Kathleen perguntou pela milésima vez, tamborilando os dedos nas pernas

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— Tem certeza mesmo?! — Kathleen perguntou pela milésima vez, tamborilando os dedos nas pernas.

Claus assentiu com a cabeça, deu-lhe um selinho e abriu a porta do carro.

— É rápido, prometo! — E caminhou até a entrada da prisão.

Três semanas haviam se passado. Foi o tempo mínimo que ambos haviam precisado para organizar todos os detalhes da mudança e, naquele momento, estavam em um táxi, rumo ao aeroporto. Faltava ainda mais cinco semanas para o julgamento final de Ricardo e, já que ambos não estariam lá para acompanhar, Claus insistia em vê-lo antes disso. Ele queria se "despedir", e Kathleen já fazia uma boa noção do que isso significava, mas só queria logo que fossem embora e tudo aquilo ficasse no passado.

— Olá, Ricardo! — Claus o cumprimentou assim que chegou à frente da cela.

— Olha só que visita agradável! — Respondeu com ironia ao revirar os olhos. — O que veio fazer aqui?!

Claus o encarou. — Não vim aqui para zombar da sua cara, por mais que você mereça! E está aí agora por consequência do que você mesmo fez! Você teve tudo, Ricardo...

— Olha só minha amiga lição de moral chegando! Que legal! — Ricardo o cortou e riu com sarcasmo, mas Claus ignorou e prosseguiu.

— Você teve toda a oportunidade de ser feliz longe da criminalidade... E tinha a Kathleen, uma mulher incrível! Só pode ser muito idiota mesmo pra ter jogado tudo isso fora!

— Não é incrível quando não te apoia nas suas decisões! — Ricardo contra-argumentou.

— Você tinha uma pessoa ao seu lado, com opiniões e desejos próprios, não um robô controlado apenas pelo seu querer! O grande problema é não saber lidar com isso. E você não soube. Só quis ouvir a si mesmo e é por isso que está aqui agora! Nada menos do que mereceu!

Ricardo apenas franziu as sobrancelhas e se aproximou de Claus.

— Como ela está, Claus?! — Perguntou, e até que ele parecia mesmo interessado em saber. — Meus homens não tinham ordens para machucá-la, eu juro!

Claus então apenas balançou a cabeça e se afastou.

— É uma pena que você nunca mais terá notícias dela, Ricardo! Mas só pra que fique ciente: ela está melhor do que nunca! E felizmente, não graças a você!

E dito isso, Claus deixou para trás Ricardo, a prisão e todo o seu passado. Aquilo era a representação do fim de uma etapa, e ele estava feliz por terem conseguido completar a Missão Redemptorists. Robert também já havia sido preso e Mike foi nomeado o novo líder da Organização. Nada menos do que merecia. O Departamento estava em boas mãos, e Claus também!

— Voltei, amor! — Falou com um sorriso assim que voltou ao carro. — Vamos?

— Vamos! — Ela sorriu e lhe deu outro longo beijo. Agora teria a vida inteira para fazer isso, porque finalmente entendera que aquela guerra a fizera crescer, mas não por apenas ter lutado, e sim por ter descoberto por quem estava lutando: pelo amor.

E o amor estava bem ali ao seu lado, caminhando rumo à melhor etapa de suas vidas, até porque, na verdade, o amor sempre esteve dentro dela, e Claus foi apenas a pessoa que a fez enxergar isso.

Esse não foi o fim da história, porque a verdadeira história começa a partir de agora, mas essa já não tenho autorização para contar. Só o que posso dizer é que ambos viveram felizes e sem brigas para sempre.

(Risos)

Só que não, né! Afinal, essa foi a história de Claus e Kathleen.

Só que não, né! Afinal, essa foi a história de Claus e Kathleen

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