"A única motivação para se vencer uma guerra é lembrar de por quem estamos lutando."
Nesse romance policial, dois agentes de uma Organização Anti-Crime se envolvem em uma missão perturbadora de assassinato de mulheres e acabam descobrindo que por tr...
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Depois de algumas horas, Claus resolveu voltar à enfermaria e fazer a única coisa que lhe restara enquanto o encontro entre Ricardo e a equipe de Shane não acontecia: ver como Kathleen estava. Mas não era como se fosse uma obrigação.
Era bem mais que isso, na verdade.
Ele já havia se alimentado, tomado banho e colocado umas das peças de roupas disponíveis na cápsula. Estava bem mais apresentável — e cheiroso —, convenhamos.
Retirou o pano frio da testa de Kathleen e mediu sua temperatura novamente, dessa vez com um termômetro, e constatara que já estava completamente normal. Ela também já estava suando e isso era um bom sinal.
Voltou a sentar na cadeira ao seu lado e ficou observando atentamente cada detalhe do seu rosto e até mesmo a frequência de sua respiração.
Em algum momento ela começou a abrir os olhos devagar e a respirar com mais força. Estava voltando à consciência.
Kathleen finalmente percebera que estava em uma espécie de sala de hospital: havia uma agulha em seu braço ligada a um litro de soro e Claus estava ao seu lado, encarando-a. Ela lembrou-se então da facada e da cirurgia. Isso, ela fizera uma cirurgia de reparação, mas... Tinha certeza que havia saído do hospital. Por que ela estava de volta?!
— O que aconteceu, Claus? — Perguntou ao franzir as sobrancelhas e virar-se sobre o colchão, já erguendo-se para levantar.
— Ei! Fica aí, mocinha! — Claus a interceptou e, levemente, com as mãos em seus ombros, a fez deitar novamente. — Assim, de lado... — Falou e a colocou em uma posição mais confortável por conta de suas costas.
— Espera, eu não... Onde é que a gente está? Que horas são? E que dia é hoje? — Perguntou ao tatear seu corpo à procura do seu celular.
— Calma! Nós já estamos no controle da situação. Coma primeiro e então eu te explico. Olha... Fiz pra você. — E então Claus andou até o frigobar e pegou uma vasilha com mingau.
Sim, ele realmente fez mingau para ela enquanto estava dormindo. Impressionante, não é mesmo? Parece que alguém se importava de fato, afinal...
Kathleen balançou a cabeça. — Mas que situação? O que está acontecendo? — Perguntava enquanto tentava sentar-se com as costas nos travesseiros, e Claus a ajudou cuidadosamente. — Desculpa, é que eu não consigo lembrar direito... Que lugar é esse? Quando a gente veio pra cá? Aconteceu alguma coisa comigo? Tenho certeza que já tinha saído do hospital... — E então pegou a vasilha das mãos do agente Gramt, que ficou satisfeito em ver que finalmente ela aceitou comer algo.
— Estamos quase lá, Kathleen... — Claus se ajeitou sobre a cadeira. — Quase pegando o Ricardo. Estamos em uma cápsula do Departamento, em Pedersen Fue. Meio que um abrigo secreto.
— Ah... — E franziu a testa. Ela pensou que estava ficando louca e com alguma espécie de amnésia. Por que não se lembrava das coisas?! — É que eu pensei que... Ahn... Nós viemos para cá depois do hospital?! Não lembro de ter... — Balançou a cabeça. — Jurava que eu estava em uma pousada...