- Desculpe, não costumo fazer isso, normalmente eu me controlo melhor. - Ele disse envergonhado, mas sem perder sua elegância de príncipe.
Então, dessa vez, quando ele olhou pra ela, ela o beijou. Dessa vez um pouco mais intensamente, mas ainda com muito amor. Ficaram ali por um bom tempo, ela nem podia dizer o quanto. Só sabe que quando percebeu o pôr-do-sol já havia passado e o céu havia escurecido.
- Eu tive vontade de fazer isso desde que te conheci. - Ele admitiu depois de algum tempo.
- Eu também tive. Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que o vi, e isso foi crescendo ainda mais à medida que eu ia te conhecendo melhor.
- Igualmente. Você não é linda só por fora, Sarah. É linda por dentro também. Isso me fez gostar tanto de você a ponto de querer tê-la só pra mim.
- Quer dizer que o príncipe é possessivo? - Disse irônica, dando risos.
- Depende do que se trata. Sarah, eu quero te perguntar uma coisa.
- Diga, meu príncipe. - Ela disse fazendo graça.
- Você quer ser minha princesa? - Ele ajoelhou-se pegando a sua mão.
- Isso é um pedido de namoro? - Ela perguntou incrédula.
- Sim, é isso mesmo. - Ele disse sorrindo.
- Eu quero muito. - Ela disse e ele levantou para beijá-la.
Sarah nunca havia percebido. Aquilo que ela sentia por ele era uma paixão muito intensa. Ela sentia que seu lugar era ao lado dele. Eles se completavam como música e melodia. Ela nunca mais queria sair de perto dele e sabia disso.
Passaram um tempo, abraçados, só olhando as luzes da cidade. Um beijo de vez em quando, e nada de palavras. Só o silêncio e muito carinho. Se alguém chegasse perto poderia sentir que ali tinha amor.
- Peter, está ficando tarde... - Disse ela levantando-se de seu ombro para olhá-lo.
- Eu sei. Mas não queria que você já fosse embora.
- Eu também não. Mas é preciso, vou acabar perdendo o jantar.
- Tudo bem, então. Mas tem algo que eu queria te pedir antes.
- Diga, meu príncipe.
- Você podia deixar as coisas entre a gente em segredo, pelo menos por enquanto? Eu preciso resolver essa situação - de meu pai querer que eu me case com uma princesa, por quem eu não estou apaixonado - antes de falar pra todo mundo que eu estou com você.
- Eu entendo. Ser príncipe não é fácil. E quando eu aceitei ser sua princesa, eu sabia que isso me custaria alguns sacrifícios. Mas acho que vão valer à pena.
- Eu vou fazer valer à pena, prometo. - Deu um sorriso tranqüilizador. - Confie em mim.
- Tudo bem, eu confio. - Deu um sorriso não confiante de volta. Se algo desse errado, ela nunca mais ia esquecer-se de Peter e de como ele têm sido bom pra ela. Ela estava apaixonada e não havia percebido. Mas agora ela o tem e não pretende perdê-lo. Levantou-se para ir embora. Deu mais um beijo, como se fosse o último, e virou-se para ir.
- Sarah? - Ele chamou e a pegou pelo pulso, ela virou-se.
- Sim?
- Vou sentir falta do seu sorriso.
- Eu também vou sentir sua falta, Peter. Mas deixe-me ir agora...
- Tudo bem, mas eu vou acompanhá-la até o quarto.
Ele deu o braço para ela pegar. Ela pegou nesse e ele a acompanhou até seu quarto. Chegando lá, ele virou-se pra ela e disse:
- Até amanhã, minha princesa.
- Boa noite, meu príncipe. - Ela respondeu.
Assim que Sarah entrou em seu quarto, começou a pensar. Pensou em como as coisas aconteceram... Parecia inacreditável que tão rapidamente tudo isso tivesse acontecido. Parecia que tinha sido ontem que a menina tinha se mudado para a Jordânia. Agora ela já estava namorando com o príncipe do país. E mais incrível era a maneira em que ela pensava em Peter. Ela não o via como um príncipe. Ela o via como o menino - o único - que havia despertado aquele sentimento em seu coração. O único que sempre que tinha seu nome mencionado, fazia seu estômago criar borboletas. Mas acima de tudo ela queria conhecê-lo. Passar mais tempo com ele, saber de seu passado, sobre suas manias, sobre suas paixões. Ela queria saber mais sobre ele, tinha curiosidade de saber sobre tudo.
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Sarah e um príncipe
RomanceEssa aventura acontece com uma menina completamente inocente das malícias do mundo, uma menina que só quer ser ela mesma, que está cansada de ser rotulada pela sociedade, e muitas vezes não ser aceita por não querer fazer coisas que os outros querem...