Capítulo 13

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- Você é o Michael? Que me mandou aquele bilhete? - Ela perguntou curiosa.
- Oh, aquilo. Sim, fui eu. Espero não ter te assustado. Como você se chama?
- Sarah, muito prazer.
- Sarah, que nome lindo! De onde você é, Sarah? É americana? Dificilmente via pessoas nos Estados Unidos com uma beleza assim, exótica como a sua. Muito linda de um jeito único.
- Oh, obrigada. - corou - Na verdade, eu sou brasileira, deve ser por isso que não há muitas pessoas nos Estados Unidos assim.
- Mas puxa, você fala inglês tão fluentemente, até pensei que você fosse americana.
- Alguns anos de estudo, alguns filmes e muita música formaram meu inglês, que eu ainda acho até ruim. Mas obrigada. - Sorriu.
- Então, Sarah, veio pra cá faz muito tempo? - Perguntou dando um sorriso daqueles que encantam.
- Na verdade, faz mais ou menos uma semana. Ainda estou me adaptando a tudo, mas estou gostando bastante daqui. E você, mora aqui há muito tempo?
- Oh, sim. Fazem mais ou menos cinco anos. Já aprendi a falar o árabe fluentemente, mas gosto muito dessa escola e não quis parar de freqüentá-la pra freqüentar uma normal.
- Eu entendo. Você deve ter feito muitas amizades aqui também, né?
- Ah, sim. Muitas mesmo, mas sempre aparecem pessoas pra mudar nossa rotina, como você.
Eles ficaram conversando durante todo o intervalo, encontraram com alguns amigos dele, ele os apresentou a ela, e ela ficou lá. Acabou esquecendo-se da hora e de falar com Charles e Keiko, foi lembrar só quando acabou o intervalo e começou a aula de geografia, em que ficou na mesma sala de seus dois amigos.
- Ei, onde esteve durante o intervalo? Pensei que tivesse faltado aula!
- Desculpe, gente. Fiz amizade com um menino muito legal, o Michael. Vocês conhecem?
- O Michael? O Michael que é cobiçado pelas meninas da escola inteira? Nossa, você tem muita sorte dele querer falar com você. - Admirou a situação, Keiko.
- Verdade? Não parecia que ele era cobiçado pela escola inteira. E, poxa, ele foi muito simpático comigo, muito legal.
- Ele é muito legal com quem ele quer, mesmo. Só tome cuidado, tudo bem? - Aconselhou Charles.
- Está bem, obrigada gente.
Mais algumas aulas se passaram. No fim da aula, Michael veio falar com Sarah novamente.
- Sarah! - Disse correndo para alcançá-la. - você esqueceu seu caderno na sala!
- Oh, obrigada, Michael! - Disse realmente agradecida. - Juro que não o vi lá.
- Tudo bem, ninguém é perfeito. - Deu um sorriso meigo. - Então, você tem como ir pra casa hoje?
- Ah, minha mãe vem buscar a mim e meu irmão daqui a pouco.
- Ah sim. Quando precisar de carona é só me avisar, eu já tenho a licença pra dirigir, então posso levá-la pra casa quando você quiser. A você e seu irmão inclusive. Quantos anos ele tem?
- Puxa, obrigada. Ele tem apensas doze, é meu pirralhinho. - Riu.
- Tenho uma irmã mais nova também, a Sophie. Ela tem quatorze. Às vezes é um tanto estressante ter irmãos mais novos, não?
- Ah sim. Mas no fundo, eles precisam da gente. Michael me desculpe, mas eu preciso ir. Minha mãe já deve ter chegado. Mas foi um prazer te conhecer. Até amanhã?
- Com certeza, até amanhã. - Disse e deu um beijo na bochecha dela.
A menina encontra seu irmão e vai rumo ao carro.
- Filha, quem era aquele menino bonito com quem você estava falando na saída? - Pergunta com curiosidade a mãe.
- Ah mãe, ele era o Michael. Veio falar comigo hoje. A Keiko me falou que ele é um menino muito cobiçado na escola, mas também é muito simpático. Deu-me vários elogios, acho que ele não está acostumado com a beleza de uma menina brasileira, porque fez questão de me dizer o quão diferente era.
- Nossa, ele parece um manequim de tamanha perfeição que tem. E se ele é legal do jeito que diz, acho que ele daria um ótimo namorado.
- Mãe, pare de dar uma de cupido, nós somos só amigos e não passaremos disso.
- Está bem, querida. Vou parar com isso, eu prometo.
A mãe os levara para almoçar fora porque seu pai estaria em um almoço de negócios, então aproveitariam para passear um pouco. Viram lugares bem bonitos, monumentos bem diferentes e antigos, mas não pararam o carro, pois não tinham tempo para isso. Além disso, depois sairiam todos juntos para conhecer os lugares da Jordânia que até hoje não tinham tido oportunidade de conhecer.

Sarah e um príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora