Capítulo 11

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Mas ela não tinha mais tempo de ficar deitada pensando. Ela tinha prometido pra mãe mais cedo que iria ajudar o irmão com a tarefa de casa. Então, sem pensar mais ela foi à procura de Caio.

- Olá pirralho. - Ela cumprimentou-o bagunçando o seu cabelo.

- Sarah! Pára de bagunçar meu cabelo! - Reclamou ele enquanto tentava arrumar o estrago.

- Calma, calma, foi só uma brincadeira.

- De mau gosto.

- Tá bem, deixa de ser chato, eu já parei. - Disse ela dando um sorriso. Ela estava tão feliz que nada podia estragar aquela felicidade.

Sarah estava cumprindo toda a sua obrigação de ajudar o irmão, muito bem. Ela conseguiu ajudar ele e ainda sobrou tempo para ela fazer algo que gostaria. Então, foi procurar a sua mãe para desabafar um pouco com ela.

- Oi querida... - Disse a mãe ao ver Sarah entrando no quarto.

- Oi mãe! Nossa tanta coisa anda acontecendo. O que você está fazendo, falando nisso?

- Eu estou resolvendo alguns problemas, minha filha. Eu estou tentando ver se eu arrumo um bom emprego pela cidade, talvez assim sobre mais dinheiro para comprarmos as luxúrias que eu sei que você e o seu irmão querem.

- E você está disposta a trabalhar para isso? Se quiser, eu posso arrumar um emprego também. Eu falo bem o inglês...

- Minha filha, não se preocupe com isso. Viva essa fase da sua vida como uma adolescente normal.

- Você sabe que eu estou sempre disposta a ajudar, não sabe?

- Claro que sei. Mas então. Conte-me, você está andando bastante ultimamente com o príncipe Hussein II, não está?

- Ah mãe, há tanta coisa que eu preciso te contar... - Ela suspirou.

- É mesmo minha filha? Você está com o ar de apaixonada. - Desvendou logo o mistério Beatriz.

- Apaixonada? Eu? Eu não, até parece... - Ela tentou disfarçar.

- Então querida, me conte o que de tão empolgante anda acontecendo.

- Você comentou que eu estou andando bastante com o Hussein II. E é verdade, eu estou. E têm sido ótimos momentos. Ele gosta que eu o chame de Peter.

- Peter, mas por que Peter? - A mãe indagou.

- Ah, sim. A mãe dele tem descendência americana, mas como o povo não gosta muito disso, ela conseguiu passar o sobrenome pra ele, mas mesmo assim disso a imprensa não sabe. É como se fosse um segredo de estado.

- Puxa, filha. Ele confia bastante em você para te contar isso. - A mãe levantou as sobrancelhas.

- É você tem razão. Eu nunca tinha parado para pensar por esse lado. - ela ficou pensativa por alguns instantes - E eu confio muito nele também. Eu nunca tive amigos verdadeiros, mas acho que com ele, eu sinto uma amizade verdadeira, sinto que pra ele posso contar qualquer coisa.

- Eu me sinto muito feliz de saber que você está se sentindo feliz aqui em Amã, minha querida. Eu acho que você está fazendo amizades para o resto da vida. - A mãe abriu um sorriso.

- É mãe, eu também tenho essa impressão. - Ela abriu um sorriso tímido. - Mãe, você sabe quando é que o tio Júlio e o meu primo voltam de férias?

- Eu acho que no fim de semana eles já estarão aqui. Por quê?

- Ah nada. Eu só queria me informar mesmo.

Sarah era muito amiga de seu primo Lucas, quando era pequena. Ele tinha mais ou menos a sua idade. Mas ela não o via faziam mais ou menos sete anos, e não tinha como saber se ainda gostaria de ter a companhia dele. Mas ela sabia que só poderia descobrir quando conversasse com ele novamente. E até que ela não tinha parado para pensar muito sobre isso, já que estava tão ocupada com as coisas novas, ultimamente.

- Olá querida, oi filha. - cumprimentou Rodrigo.

- Pai, o que você faz aqui há essa hora? - Sarah surpreendeu-se.

- Ah, minha filha, resolvi tirar o resto do dia de folga. Ando trabalhando tanto ultimamente que acho que preciso de uns momentos para descansar.

- Realmente pai, eu quase não te vejo mais por aqui e sempre que pergunto de você à mamãe, ela me diz que você está trabalhando. Mas como andam os negócios? O que exatamente você veio fazer aqui? Eu estou meio confusa em relação a isso.

- Desculpe por não ter muito tempo mais pra conversar, Sarah. É que eu ando bastante atarefado. Eu faço de muitas coisas. Sou como um assistente do Rei, eu sou encarregado de arrumar os negócios, a agenda, conversar com embaixadores para conseguir marcar um jantar importante, coisas assim.

- Até que é uma função importante, não é pai?

- É sim, minha filha. Você pode me fazer um favor? Procure o Caio e diga a ele para não ficar andando pelo palácio porque haverá uma reunião importante entre o Rei e a família para resolver alguns negócios. Se ele entrar em alguma sala errada posso ser demitido, e conhecendo seu irmão, é melhor avisá-lo.

- Tudo bem, pai. Depois disso vou para o meu quarto ver se termino de arrumar umas coisas, tá? Amo vocês!

- Tchau querida! - Despediu-se da filha Beatriz.

Sarah e um príncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora