Um

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Cléo


Há um mês...


—  Nossa! São tantas contas para pagar que nem sei por onde começar — disse ao telefone conversando com Maria Paula, Paulinha, a minha amiga e colega de apartamento. Entrei no elevador e apertava o botão no décimo quinto andar.

— Se precisar de ajuda, é só pedir. Se bem que ando numa pindaíba desgraçada que só Deus sabe — falou do outro lado da linha.

— Valeu, Paulinha! Eu sei que posso contar com você! — Sorri lançando um rápido olhar para meu relógio de pulso. Faltavam dez minutos para as 8horas. Fazia três meses que estava trabalhando em uma empresa renomada e não queria chegar atrasada.

— Cléo, a galera convidou a gente para ir amanhã naquele bar novo que abriu no centro. Vamos?

— Vou pensar! Não ando animada para sair. Você sabe!

— Então se anime. Por favor! — Soltei um longo suspiro. — Gustavo-gato vai estar lá! — Paulinha se referiu ao carinha safado que vivia dando em cima da mim. Eu até ficaria empolgada com a ideia se o tal Gustavo não fosse tão galinha.

— Ah, sim... O cafajeste que canta Deus e o mundo? Paulinha, você sabe que eu corro léguas de homens assim!

— Esses são os melhores na cama! — Ela gargalhou divertida.

— Não estou procurando por sexo, ou por um ficante, um caso. Nunca estive! Vivo bem do jeito que estou: SOLTEIRA! — deixei bem claro a minha condição a ela. — Paulinha, eu tenho que desligar. Nos falamos!

— Tá bom! Beijinhos, sua chatonilda! — Ela se despediu em tom brincalhão.

Eu me despedi dela e desliguei o telefone. As portas se abriram e saí apressada em direção ao escritório. Fazia pouco tempo que eu trabalhava na empresa Villas Boas, conceituada no ramo de confecções. Era uma das maiores e mais importantes do país.

A minha mesa me esperava, repleta de papéis. Ariane, a minha colega insuportável, invejosa e peituda, me lançou um olhar estreito por cima do monitor de seu notebook. Ignorei a presença dela e me sentei ajeitando as minhas coisas. Mas parecia que a desgraçada não estava disposta a fazer o mesmo. Era incrível como a vida havia me dado um emprego novo e uma nova colega de trabalho insuportável de brinde.

— Atrasadinha, Cléo! Se a chefia fica sabendo, vai descontar do seu salário!

Desviei os olhos dos papéis e a encarei. Eu estava irritada com seu comentário descabido, mas me controlei para dar uma resposta a altura para essa megera que tentava a todo custo foder com meu trabalho.

— Ariane, você sabia que o macaco de tanto cuidar o rabo dos outros acabou perdendo o dele? — Abri um sorriso sarcástico e me concentrei em meus afazeres. Essa vaca não estragaria o meu bom humor!

Era meu último dia antes das férias. Eu sempre tirava férias quinzenais, duas vezes ao ano. E não seria hoje que Ariane estragaria meu humor. Não dei importância a ela, e mergulhei no trabalho.

As horas passaram rápido. Meus olhos estavam ardendo e minha garganta estava seca. Levantei-me e fui até a mesinha do cafezinho. Eu precisava de cafeína para me manter acordada. Não havia dormido direito a noite e o sono dava sinal.

Estava de pé, parada em frente a mesinha, bebericando meu cafezinho tranquilamente, quando senti um esbarrão atrás de mim. Era a vaca da Ariane. Com o choque de nossos corpos a minha xicarazinha foi para o bebeléu. Ela passou por mim rindo e rebolando. Estava com uma pasta de documentos e se dirigia até a sala do setor administrativo. A vontade que tive foi de esganar a filha da mãe por ter espatifado com meu café. Rosnei algo incompreensível e mandei que ela se fodesse mentalmente.

Eu precisava limpar aquela bagunça provocada por ela. Então, munida de uma toalha de papel eu decidi limpar aquela sujeira. Com um pouco de dificuldade devido a minha saia justa, eu me abaixei e comecei a esfregar o chão molhado. A mancha não era grande, mas havia feito um estrago no carpete do corredor.

Estava quase terminando a minha tarefa, quando senti um cheiro maravilhoso de perfume masculino penetrar em minhas narinas. Fechei os olhos sentindo aquela fragrância deliciosa, que estava deixando meu cérebro em transe. E quando me virei eu encontrei com um homem lindo, alto, vestindo uma camisa polo, jaqueta e calça jeans. Ele tinha os olhos castanhos focados em mim. Sem ser discreto, ele passeou seus olhos em meu corpo, me olhando com ar predatório e cheio de malícia. Prendi a respiração, sentindo um calor absurdo me invadir.

O homem era um espetáculo! Tinha todas as combinações que uma mulher procurava. Era bonito e tinha um ar de cafajeste. Não me importei com a maneira como ele me olhava. Eu até gostei! Sorri e passei a analisá-lo melhor. O cabelo era castanho escuro, curto e ligeiramente bagunçado. Ele era jovem e o corpo era fabuloso. Pelo jeito ele malhava e muito para manter aquela gostosura em dia. O rosto era másculo e ostentava uma barba suave, dessas que estão por fazer. Ele viu que eu o olhava e sorriu. Santo Deus! Segurei-me na mesinha para não cair. Que sorriso sedutor foi esse? Pai do céu!

Ofeguei e me recompus. Eu precisava beber algo e não era café. Eu precisava era de uma bebida bem forte para aguentar essa visão paradisíaca. Fazia muito tempo que não via um homem tão bonito e tão descarado. Ah, foda-se! Eu sabia que estava exagerando! Havia milhares desse tipo por aí.

Ainda sorrindo daquele jeito meio canalha, meio Dom Juan, ele passou por mim e deixou seu rastro de perfume delicioso e importado no ar. Fiquei um pouco zonza. Respirei fundo e olhei por cima do ombro. Ele havia acabado de entrar na sala do chefe. Quem era esse homem? Algum empregado novo que eu não conhecia? Um negociador ou algo assim? Se bem que ele não tinha jeito de ser um empresário, pois usava roupas casuais. Então, quem ele era?

***

Oi, amorecos!

Vamos fazer uma brincadeira? Quero ver de verdade quem está louca para conhecer o cafajeste! hehehe =P

Se esse capítulo tiver mais de 60 comentários, o capítulo dois será postado sábado, como capítulo extra. Mas tem que ser UM COMENTÁRIO POR PESSOA!!! =D

'Bora brincar, galera!!! =)

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Beijos em seus corações! <3

Nina


Manual de um cafajeste - Regras de seduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora