Nove

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Cléo


Eu mal podia acreditar que o meu chefe lindo e gostosão havia me convidado para ir à festa com ele.

Ainda estava em estado de êxtase, sorrindo como uma boba quando cheguei em casa. Girei a chave na fechadura, entrei e... Mas que porra era aquela? Paulinha e Leandro estavam nus, transando na sala, sobre o tapete.

— Oh, meu Deus! — gemi apavorada cobrindo os olhos para não ver a safadeza dos dois.

— Cléo! — ouvi minha amiga falar e logo escutei um barulho forte e um gemido de dor.

— Ahhh, meu joelho! — gritou Leandro que provavelmente havia se machucado.

Tirei uma das mãos de um dos olhos para espiar. Leandro estava esfregando o joelho com a cara retorcida de dor, sentando no sofá com uma das almofadas no colo cobrindo seu... Desviei o olhar e vi Paulinha se vestindo com a camisa do namorado.

— Cléo, desculpa... Eu achei que você ainda estava trabalhando — ela se explicou sem jeito se acomodando ao lado do namorado. — Amor, você se machucou?

— Paulinha, passa a minha cueca. — Leandro estava mais envergonhado que a namorada. — Desculpa, Cléo. A gente passou dos limites.

— Senhor Deus! — exclamei mortificada de vergonha por ter visto os dois nus. — Eu acho que vocês querem privacidade para vestir suas roupas. — Dei dois passos e me voltei para eles. — Espero que isso não se repita. Não quero vê-los nus novamente — adverti e corri para o banheiro.

Tomei um banho demorado para tentar relaxar um pouco, mas era quase impossível. Eu estava em um misto de alegria e apreensão. O convite feito pelo Leone não saía da minha cabeça. Com tantas garotas lindas disponíveis para acompanhá-lo na recepção e ele me convidou. Eu, que sou sua assistente. A situação era no mínimo muito estranha.

Após o banho eu fui para o meu quarto. Vesti um pijama e comecei a escovar o cabelo molhado. Estava vagueando em meus pensamentos, quando Paulinha entrou.

— Que sorriso bobo é esse, Cléo? — indagou se jogando na cama, próximo a mim.

— Lê já foi embora? — respondi com outra pergunta e ela revirou os olhos.

— Sim, acabou de sair. Olha, Cléo, eu juro que aquela cena que você viu na sala, não vai mais acontecer. — Ela cruzou os dedos sobre os lábios e os beijou.

— Assim espero porque eu não estou a fim de ver você e o Lê pelados de novo. Pelo amor de Deus! — Fiz sinal da cruz e ela riu.

— Pode deixar! A gente vai tomar mais cuidado quanto a isso — garantiu para o meu alívio. — Mas me conta por que estava sorrindo?

— Paulinha, você não vai acreditar! Leone me convidou para ir a uma festa com ele.

— Sério?! — Ela arregalou os olhos, estupefata.

— Sim! E eu preciso da sua ajuda. Eu não sei se tenho algo apropriado para essa ocasião. — Eu pulei da cama e fui em direção ao meu roupeiro. Escancarei as portas e comecei a olhar os meus vestidos nos cabides.

— Claro que eu vou te ajudar. Do que precisa, amiga? — Ela estava eufórica do meu lado.

— Aí, Jesus! Acho que preciso de um vestido novo — choraminguei colocando alguns modelos em frente ao corpo. O problema não era que eu não tinha roupa para ir. Eu até tinha, mas nenhuma combinava com aquela festa, que deveria ser muito sofisticada.

Manual de um cafajeste - Regras de seduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora