Leone
Algumas semanas atrás...
Fazia poucos dias que eu assumira os negócios do meu pai falecido. Enterrar Fausto foi muito triste para mim. Mas, também, foi um choque. Eu não sabia que ele estava doente. Meu pai foi diagnosticado com câncer fulminante, que ceifaria sua vida em menos de três meses. E foi o que aconteceu. Seu Fausto pediu ao médico que guardasse segredo e preferiu não fazer tratamento, já que a doença não tinha cura. A única coisa que ele fez foi tomar medicamentos para dor.
Eu estava fora do Brasil, na Espanha, concluindo um curso de especialização, quando o advogado de meu pai entrou em contato comigo. Doutor Rogério me falou sobre o estado de saúde de Fausto e pediu para que eu retornasse. Vim às pressas. Deu tempo de me despedir dele em seu leito de morte, na clínica onde fora internado, cinco dias antes de falecer.
Gilda, governanta da casa e amiga, me deu apoio. Além do doutor Rogério. Depois do funeral de meu pai, vieram as dores de cabeça. Seu Fausto fez um testamento que continha várias regras. O advogado as leu para mim. Uma a uma. E me deu uma cópia do documento. Nele, meu pai deixou sua disposição de vontade em cada linha. Várias delas. Uma em especial eu tinha que seguir a risco.
A regra era clara e simples. Eu não deveria misturar trabalho com a vida pessoal. Em hipótese alguma, eu deveria me envolver sexual, ou sentimentalmente com nem uma mulher que trabalhasse na empresa e fosse subordinada a mim. Se isso acontecesse, eu ficaria sem um tostão.
Por que meu pai fez isso? Muito simples. Porque ele sabia que eu era um safado de carteirinha assinada, que não podia ver um rabo de saia. Meu pai me conhecia muito bem. E ele tinha receio que meu jeito de ser e minha vida pessoal afetassem diretamente os negócios. Eu não o culpava. No inicio eu fiquei um pouco frustrado, triste e revoltado com meu pai, mas depois eu entendi. Ele estava me protegendo de mim mesmo e fazendo com que eu crescesse de uma vez por todas. Eu tinha que mudar de vida e criar responsabilidade. Estava mais do que na hora de eu me tornar um homem de verdade. Com deveres e obrigações.
— Espero que esteja tudo certo, Leone — a voz do doutor Rogério me despertou.
— Sim, está tudo certo — respondi depois de ler e reler a papelada.
— Seu pai queria o melhor para você. Ele sempre se preocupou com você.
— Eu sei...
— Que bom! — Ele sorriu. — Você está preparado para assumir a firma?
Fiquei inquieto e ainda mais nervoso. Eu não sabia pouca coisa sobre o mundo dos negócios. Na verdade, eu só sabia a teoria. O que eu aprendi até agora foi em cadeiras universitárias. Na prática, era muito diferente.
— Eu estou nervoso, Rogério. Aliás, eu ando uma pilha desde que eu soube que tinha que comandar a empresa. Eu nem sei por onde começar — confessei a verdade, sentindo-me sufocado.
— É... Eu estou vendo. — Ele correu os olhos em mim. — Para começar com o pé direito, você precisa vir vestido a caráter.
Eu olhei para mim mesmo. Usava calça jeans preta, camisa e sapatos. O que tinha de errado com minhas roupas?
— Eu achei que essa roupa estava ótima para o dia de hoje — falei frustrado.
— Não... — Ele balançou a cabeça. — Se você quer passar uma boa imagem aos seus empregados, colaboradores e clientes, deve usar algo mais apropriado.
— Como o quê?
— Terno e gravata, Leone. É assim que os empresários se vestem — sugeriu num meio sorriso.
Doutor Rogério devia estar se divertindo comigo, pela maneira como me olhava. Merda! e eu que achei que essa era a melhor roupa usar na empresa. Ledo engano. Eu teria que reformular meu closet. Comprar ternos e gravatas, embora eu não soubesse dar o nó na gravata. Eu era péssimo para formalidades. Usei terno poucas vezes. Todas em ocasiões muito especiais. E era sempre meu pai que dava o nó.
— Eu saí de casa às pressas hoje... — respondi dando uma desculpa.
— Não se preocupe, garoto. Com o tempo você pega o jeito da coisa. — Ele piscou um olho se levantando. — Ah, se você precisar de alguma coisa, é só me chamar — ele se prontificou.
— Obrigado, dr. Rogério — agradeci me erguendo e o acompanhando até a porta de saída.
— Não agradeça. — Ele se virou para mim. — Boa sorte!
Depois que o advogado se retirou, eu caí sentado na cadeira. Eu tinha uma árdua missão pela frente e me sentia perdido em meio a papelada. Na verdade, eu não sabia por onde começar, como começar. Precisava de alguém que me ajudasse, que dominasse o ramo empresarial para ser meu braço direito ali. E teria que pensar na melhor maneira para escolher a pessoa mais qualificada para o cargo.
Dei a palavra ao meu pai que conduziria a empresa com responsabilidade e determinação. Eu não podia falhar com o velho Fausto. A hora da mudança havia chegado para mim. Eu precisava me tornar o homem o qual meu pai sempre sonhou: responsável e centrado. O antigo Leone amante das noitadas, festas e mulheres, precisava morrer, para que um novo homem renascesse. Um homem mais consciente dos seus atos, de sua vida.
***
Oi, amores!
Vocês são phodaaaaaa!!! Eu amo vocês! <3
Li as dicas nos comentários sobre as férias da Cléo. Já arrumei o "tempo" no capítulo um.
Quanto às pessoas que perguntaram como estou, estou bem... Fiz fisio na quinta. Ando trabalhando que nem uma doida. Meus olhos ficam até nublados. Sério! Tá feia a coisa... hahahaha
Próximo capítulo sai terça-feira!!!
Ah, adicionem na biblioteca minha mais nova história "Sr. Volúpia". O nome já diz tudo. A coisa vai pegar fogo... rsrsrs
Em breve mais novidades!
Sei que o capítulo de hoje foi curtinho, mas depois a coisa deslancha. Eu prometo!
Não esqueçam de curtir e comentar!
Beijos em seus corações! <3
Nina
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Manual de um cafajeste - Regras de sedução
ChickLitAPENAS ALGUNS CAPÍTULOS COMO DEGUSTAÇÃO. O livro ficou completo aqui por 3 dias! *** Cléo é demitida do emprego dos sonhos, e se isso não bastasse, seu noivo termina com ela faltando poucas semanas para o casamento. Magoada e perdida, ela gasta todo...