Capítulo treze: André

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Depois do meu reencontro com Bruno e o "bolo" que dei em Gustavo deixei de "segui-lo". Não imediatamente claro, na segunda-feira depois do dia que deveria ter acontecido o encontro, cheguei a ir na padaria onde ia vê-lo todos os dias mesmo que ele não soubesse, mas ele não estava lá. Queria saber se ele havia ido ao encontro, pedir desculpas, mas como? E por que exatamente? Provavelmente ele não havia ido. Provavelmente ele não fosse gay.

Resolvi que deixaria ele para a vida, se um dia nos encontrássemos outra vez eu tentaria descobrir o que acontecera e diria minha parte da história esperando que ele compreendesse e se o que acontecesse fosse exatamente o contrário eu deveria seguir em frente, não? Eu havia feito uma escolha e agora eu tinha que seguir com isso.

Continuei vendo Bruno, e com o passar dos dias reatamos o nosso relacionamento. O tempo que ficamos separados e as magoas causadas por erros do passado pareceu não ter peso nenhum (para o lado negativo). Aprendi com meus erros e ele também, o que julguei ter sido o mais importante a acontecer conosco.

Percebi o quanto Bruno é carinhoso, gentil, compreensivo e o quanto precisa de sexo, não que eu não compreendesse isso antes, porém eu só não compreendia o porque de tanta necessidade. De onde vinha aquele monte de libido.

Sempre terei medo de ser traído outra vez, mas entendo agora o complexo de fidelidade que a sociedade impõem em uma relação seja ela heteroafetiva , homoafetiva, ou seja lá qual for, uma vez que isso vem do próprio ser humano e sua necessidade de exclusividade. Compreendo que ser fiel e leal são situações diferentes, porém que andam lado a lado. Uma pessoa não precisa da outra para ser fiel. Ou ela é ou nunca será. Sei que minha linha de raciocínio pode parecer, sobre alguma observação, incoerente, mas funciona para mim e agora consigo ficar tranquilo em relação ao meu próprio relacionamento.

Bruno me apresentou um novo conceito no amor. Um amor diferente que pode ser gradativo e construído sobre os prismas da honestidade. Eu o amo e isso eu não posso negar; um adendo: espero com todo o meu coração que Gustavo tenha encontrado esse mesmo amor.

De felicidade em felicidade os dias foram passando e em poucas horas aconteceria a virada do ano.

Eu e Bruno tiramos um pequeno recesso do trabalho e dos estudos de medicina e o nosso descanso estava garantido. Passamos o natal na casa dos meus pais e a virada do ano passaríamos com os pais do Bruno na cidade deles.

Eu já os conhecia e estava animado para revê-los.

"Amor, o que vamos fazer tanto na cidade dos seus pais?"

"Eu acredito que haverá algumas festinhas bem interessantes para irmos. Meus velhos são descolados como você sabe, seguro que já prepararam todo um roteiro para nos divertir."

Realmente não era de se duvidar.

"Que bom, fico feliz em estar voltando na casa deles."

"Eu também estou feliz que esteja indo comigo." Ele gentilmente me beija.

Em momentos fofos como esse eu realmente tento lembrar o que foi mesmo que nos separou, mas não reclamo por não encontrar o motivo.

Chegamos na cidade dos pais dele no dia 31 de dezembro as dez da manhã. Fomos recepcionados por um caloroso café da manhã, com muitas guloseimas e bolos caseiros. Quando entramos em seu quarto ele sorriu ao ver que seus pais haviam substituído sua antiga cama de solteiro por uma de casal.

"Você realmente é bem vindo aqui!"

Ele exclama e me puxa para dentro do cômodo e me joga sobre a cama. Eu caio e constatei que o colchão era perfeito, nem muito duro e nem macio demais, simplesmente na medida.

"Vamos estrear e fazer amor pela última vez esse ano?" Bruno sugere. Eu olho para ele e seu olhar é safado, exatamente como eu era apaixonado por.

"Claro meu amor, antes feche a porta."

Eu ri e pisquei. Ele fecha a porta e se atira sobre mim. Me beija calorosamente. Aproveitei os carinhos de meu amante com tanto apresso que não me recordo uma outra vez que aquilo tinha sido tão bom quanto dessa vez.

Acabo tirando um cochilo, mas não antes de ter um sorriso bobo impregnado no meu rosto e o pensamento inundado de imaginação tentando descobrir quais seriam as próximas felicidades que esse nossa visita nos proporcionaria. 

***

Olá meus amores, tudo bem com vocês?

Em breve vem próximos capítulos,  tenho certeza que vai estar bem interessante e talvez recheados de acontecimentos "babadeiros rs".

Estamos chegando na reta final desse conto que está sendo bem divertido escrever.

Gratidão a todos que estão acompanhando desde o inicio e saibam que todos vocês moram em meu coração.

Podem comentar, votar e compartilhar rsrs... isso estará sempre muitíssimo liberado!!

Um abraço enorme, longo, forte e bem demorado a cada um de vocês. 

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