Um acordar sonolento

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Tudo parece calmo a relva está um pouco molhada parece que amanheceu faz pouco tempo, estava em uma pradaria com colinas distantes. O lobo branco acorda sonolento e confuso debaixo de uma arvore, ele pensa "acho que vou dormir um pouco mais" e assim sem saber direito onde está dormindo, acordando um pouco depois com os feixes de luzes atravessando as folhas e acariciando seu rosto, agora uma incipiente fome o aflige o lobo se levanta tenta e como não consegue identificar onde está vai até uma grande floresta que está mais a sua frente, pensando apenas em achar algo para comer, o lobo avista uma arvore com algumas maçãs e como não encontra nada melhor ele pega algumas pedrinhas e tenta fazer com que as maçãs caiam erra algumas pedras, no fim pega duas maças enquanto come pensa " em meu vale não haviam tantos pinheiros assim, também era um pouco mais quente que aqui, e também era tão fácil achar uma arvore frutífera". O lobo senta perto da arvore e começa a comer, o doce sabor da fruta é interrompido por um grito distante, o lobo não se incomoda até um segundo grito, quando termina a maça rapidamente e vai ver o que está acontecendo, e chega a uma clareira onde há uma enorme serpente de um lado de outro uns seis homens de armadura, dos quais alguns estão me pé outros parecem sem vida o lobo então pega um pedaço bem grande madeira e pula na direção da serpente, acertando a com tamanha força que a madeira se parte a serpente parece desorientada, o lobo encara a cobra por um tempo até que ela foge.

- Vocês estão bem? Perguntou o lobo.

- Acho que sim, - disse o um dos homens de armaduras -, eu sou Zack e como o líder esta caído no chão acho que sou novo o líder.

- Mas quem são vocês?

- Somos cavaleiros reais, -disse Zack ao se aproximar do lobo dando um aperto de mão -, quem é você?

O lobo pensa "qual é meu nome? O que eu sou" e finalmente diz:

- Eu sou ... Peter, sou um caçador.

Zack olha para Peter, não vê nenhuma arma ou algo parecido e então comenta:

- Você caça com as mãos nuas, deve ser bem forte, o que acha de nos escoltar até o acampamento dos cavaleiros reais, ele fica bem perto de uma cidade, chegando lá posso te pagar algo.

O lobo agora Peter, como não tem nada melhor a se fazer decide ir com os cavaleiros, no caminho ele pensa " eu podia ter escolhido um nome melhor, acho que até chegar no acampamento vou pensar em um sobrenome legal". Peter perguntou o que era se um cavaleiro e foi inundado de ideias de bravura e patriotismo, ele entendeu que seria algo semelhante ao defender os ideais de um clã, como ele um dia fizera.

Um longo caminho pela frente, passando por paisagens temperadas, muitas arvores no caminho e pequenas colinas, nisso já se foi uma parte da manhã agora em um campo aberto Peter para de andar subitamente.

- Parem! -Disse Peter- Não estamos sozinhos.

- Vê alguém? Onde?

Com isso os cavaleiros se agrupam em uma formação defensiva. Peter percebe uma ave com garras enormes vindo, e quando o pássaro chega bem perto ele acaba por tomar a espada de um dos cavaleiros, o lobo atravessa a espada na ave, levemente ensanguentado e um pouco ferido já que as garras acabaram por acerta um pouco o lobo.

- Vocês estão bem? Perguntou o lobo devolvendo a espada de quem tomou.

Os cavaleiros disseram que obviamente estavam perfeitamente bem, uma vez que o único ferido era Peter que parecia não sentir dor alguma, fora esse acontecimento nada de interessante cruzou o caminho até o acampamento. Por fim já chegando no acampamento Peter acabou descobrindo que estava no reino de Tawaral, também que Zack era um nobre, e como recompensa pela escolta Zack deu ao lobo uma miséria moeda de platina o que para um nobre não era nada, Peter aceitou sem reclamar pois não tinha noção monetária alguma, em sua vila não era usado moedas apenas trocas. Zack também disse que havia uma pequena cidade perto do acampamento, de acordo com a descrição do nobre parecia uma cidade absolutamente vazia e sem graça. O lobo decidiu ir até a cidade o qual se chamava: Thessaurus, Peter correu até lá, Zack ficou impressionado com a velocidade do lobo.

Chegando onde acreditava ser a cidade que Zack havia cometendo Peter se espantou já que a cidade dota como "pequena" era quatro ou três vezes maior que a vila dos lobos negros. O ambiente era totalmente novo para Peter, tantos cheiros e cores diferentes Zack disse para procurar uma pensão e que haveriam placas indicando onde havia, por sorte ou azar, Peter encontrou várias placas com letras que não entende, já em sua vila apenas uma pessoa sabia ler, e não era o Peter. Ele olhou e andou, por dentro Peter sabia que estava perdido, enquanto isso assistiu uma cena que para ele era nunca havia presenciado: um homem sendo expulso de um lugar à gritos e grosserias.

- Seu verme saia daqui! Você mal paga e bagunça tudo, nunca mais estrara nessa pensão. Disse uma senhora que chutava um homem ele parecia fora de si e desorientado com uma garrafa que acabou por quebrar, ele vai embora cambaleando e dizendo grosserias.

Peter logo associou a palavra pousada ao que estava escrito na placa que estava encima da porta pelo qual a mulher enxotou o aquele homem. Por falta de escolha o lobo entra naquela mesma pensão, lá dentro o ambiente a mulher que a segundos atrás parecia furiosa estava calma como se nada tivesse acontecido e sorriu para Peter:

- Bem-vindo essa é a pensão da madame Franchesca, que sou eu,

Peter observa o ambiente aconchegante e bem arrumado, e disse:

- Olá gostaria de saber se há lugares vagos aqui?

- Claro que há, a estadia de apenas uma semana custa umas dezessete moedas de prata caso queira também há refeições aqui com elas ficam vinte e duas moedas.

- Eu tenho uma moeda de platina aqui, quanto tempo eu consigo. Disse Peter.

- A bem isso depende da pureza da platina, mas eu posso vela ao menos.

O lobo muito desconfiado entrega a moeda a mulher, ela pega outra moeda de ouro de seu bolso e compara os tamanhos e comenta:

-É um ótimo achado esse é uma platina bem pura, onde conseguiu?

-Um cavaleiro que eu ajudei me deu.

-É claro eles têm um acampamento aqui perto. Enfim essa moeda vale equivalente a umas cento e vinte moedas de prata você pode ficar um mês e sobram 32 moedas de prata.

Peter não entende o quanto isso significa nenhum dos valores ditos mas parece que pretende aceitar.

-Quantas luas cheias tem em um mês?

- Que eu saiba apenas umas geralmente, não sabe quanto vale um mês?

- De onde eu venho se contam as luas cheias.

- Entendo, não há uma possibilidade de desconto? Perguntou o lobo tendo uma vaga lembrança de sua vila lembra que uma vez trocou várias frutas por um único pedaço de carne.

A madame pensou um pouco depois respondeu:

-Como está pagando adiantado posso te devolver no máximo umas..., - 40 disse Franchesca bem baixinho não imaginado que Peter não ouviria, mas voltou a dizer-, 36 moedas de prata.

-Eu gostei do som de 40. Disse Peter que sabe apenas que 40 é maior que 36.

-Você tem ótimos ouvidos, - sorriu Franchesca -, está bem eu te devolvo 40, mas não quero que você crie qualquer confusão, agora me diga seu nome.

E como Peter não pensava em fazer algo do tipo aceitou a proposta de Franchesca e disse a ela o seu suposto nome, ela logo em seguida mostrou a Peter onde era quarto que ele ficaria.

As janelas tinhas cortinas claras a os lençóis tinham um tom de marrom, Peter tenta lembrar como ele dormia na sua vila, não consegue, mas aceita a cama da maneira que está. Peter senta na cama pensa " o que eu faço agora? " Franchesca ao notar a cara de confuso do lobo diz:

-Se precisar de algo estarei na recepção.

Peter balança a cabeça mostrando que entendeu, ele observa Franchesca sair pela porta, depois ele fica olhando um pouco a janela, sem entender quase nada do que vê, começa a ficar cansado de ter que olhar tanta gente passando.

O lobo branco e princesa negraOnde histórias criam vida. Descubra agora