Peter está andando pelos corredores da pensão indo em busca da dona da pensão que está na recepção. Chegando lá Franchesca logo fala com Peter:
-Oi de novo Peter, precisa de alguma coisa.
-Eu queria saber se tem algo para fazer nessa cidade?
-Posso dizer que não há nada tão interessante assim, deixe me pensar.... Há um bordel na cidade.
-E o que é isso? Perguntou Peter intrigado.
-Não sabe mesmo o que é? Disse Franchesca muito desconfiada.
-Não.
-Então, então é melhor que esqueça sobre isso, e se eu não me engane existe um calabouço aqui perto, sabe ao menos o que é?
-O nome me parece familiar.
-Em resumo, é uma enorme caverna em uma montanha, alguns dizem que ela foi construída para selar um grande monstro, mas ainda assim aqueles que não temem a morte vão até lá em busca de algo valioso, e pelo seu porte, - Franchesca presta mais atenção nos músculos do lobo e como sua pele extremamente branca realça seus músculos, até notou uma ferida em Peter -, acho que vá gostar de uma aventura.
A familiaridade do nome faz com que Peter tenha uma vontade ir no lugar.
-Onde é esse calabouço? Perguntou firmemente Peter.
-Como eu disse ele fica na montanha mais alta das proximidades ao sair da pensão você olha a sua direita.
-O que é direita?
Em uma ocasião normal Franchesca ficaria irritada, mas ela calmamente disse:
-Quando você sair olhe para essa direção. Franchesca tentou mostrar para Peter onde era à direita.
A cara de cachorro perdido, ou melhor lobo perdido fez Franchesca sair da pensão e mostrar a Peter exatamente onde era a montanha.
-Pronto agora vê onde fica?
-Perfeitamente. Respondeu Peter que já foi andando na direção a montanha.
-Espera você vai assim a pé?
-Claro e tem outro jeito?
-Já pensou em uma carruagem?
-O que você disse?
Franchesca respirou fundo e disse sorrindo:
-Tem razão é melhor ir andando, mas você não levaria uma espada ou algo para se defender, já que calabouço é um lugar perigoso.
Peter mostrou a Franchesca suas unhas de lobo, ela se assuntou um pouco já que esperava que Peter perguntasse o que era uma espada.
-Então boa sorte. Disse Franchesca com um sorriso mais falso que o anterior de tal forma que Peter ficou assustado.
Peter se despediu de forma breve, uma vez que saiu correndo numa velocidade que os olhos de Franchesca quase não podiam acompanhar, "cada louco que aparece por aqui, acho que ele vai morrer, pelo menos vou ficar com o troco que ele esqueceu de pegar" pensou Franchesca.
Quando Peter deixou o chão de pedra que marcava o centro da cidade ele se lembrou que poderia correr com a ajuda de suas mãos, e correu como seu semelhante de quatro patas, coisa que não se lembrou de fazer quando veio correndo do acampamento dos cavaleiros para a vila. E quanto ao passo que o lobo se aproximava do tal calabouço Peter era tomado por um sentimento que não sabia explicar enquanto corria o vento batia em seu rosto de maneira graciosa e nostálgica, finalmente o lobo chega e lá encontra uma placa e como não sabia ler foi entrando na caverna, o ambiente era um pouco escuro, todavia Peter parecia conhecer o lugar e andou sem medo em uma grande gruta, onde toda luz se dava por cristais encrustados nas paredes de pedra, algumas colunas de tijolos de pedra à beira da ruína sustentavam o teto.
Peter ouviu uma voz que ecoava pela gruta, haviam várias entradas para outras cavernas que eram caminhos quando ouviu mais uma vez uma voz dizendo "socorro" ele entrou em um caminho e guiado apenas pelo som o lobo passou por várias cavernas até achar a seguinte sena: um ogro, enorme que tinha uma aparência horrenda e quase tão alto quanto da altura da caverna onde estava, e uma fêmea humana de pele morena que tinha cabelos rosa e tinha uma laça, o ogro percebeu a presença do lobo mas quando o ogro olhou o de fato para Peter se enfureceu de uma forma que não se podia explicar. Os logos braços do ogro foram da direção de Peter, mas o lobo se esquivou com uma grande velocidade, todavia o ogro continuou a tentar acerta-lo. Peter viu uma oportunidade e pulou encima do ogro, mordendo seu obro com uma enorme força que fez o ogro bater na parede da gruta assim o lobo era espremido contra a parede e quanto mais o Peter empregava força em seus dentes mais o ogro tentava esmagar Peter contra a parede, até que o ogro foi ficando cada vez mais fraco e quando isso aconteceu a moça de cabelos rosa furou o ogro com a lança que tinha, por fim o ogro finalmente caiu no chão. Peter sentia uma dor nas costas, mas ela não era muita coisa comparada a dor de cabeça que sentiu ao olhar fixamente para aquela moça de cabelos rosa ela parecia muito com alguém que Peter não conseguia recordar o nome com isso ele se sente um pouco zonzo.
-Você está bem? Perguntou a moça.
-Estou bem-, respondia o lobo ao cuspir o sangue do ogro.
-Obrigada por me ajudar, aliás meu nome é Camila, e você é...
Nesse momento Peter é atingido por uma dor de cabeça bem forte no fim ele desmaia, a última visão dos olhos eclipsados de Peter foi a moça indo na sua direção.
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O lobo branco e princesa negra
Kurt AdamUm único lobo branco nasceu em uma alcatéia de lobos negros talvez um sinal? algo bom ou uma praga? Quando ele nasceu diziam que ele traria a destruição do clã dos lobos negros, talvez estivessem certos.