A lua

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Escuras noites formosa lua

Branca como o pelo de

De um lobo a uivar

Deixemo-nos tomar pela perversão

Da cheia lua, mas não indo além

Para que não se torne vermelha de

De sangue.

Se não por sua pureza e beleza

Que a lua esconde

Olhos cansados e sonolentos permitindo

Cair algumas lágrimas, deixemo-nos corromper.

Enquanto ainda cheia estiver

Corrompa-nos de sua pureza

Para que dure o tempo que seu

Brilho sumir.

Mesmo que neste tempo o caos

Se sobreponha sobre a ordem

Até que a minguante se apague

Não seria surpresa se de mesma

Forma os dentes do lobo se

Mostrem ensanguentados.

Sei que a lua aos poucos irá

Voltar a ser cheia, é uma

Certeza assim como a de que

Você voltará ao meu encontro.

Saiba que caso se perca

Siga a lua, pois sei que

Irei te salvar e enfim iremos

Nos encontrar-nos e desfrutar

Entre lágrimas.

Algumas de tristeza e de ódio

Outras nem sei de que

Más ao menos uma será de

Felicidade, sobre o brilho da

Lua, o nosso reencontro.

Era uma noite, estava frio, havia mistério, eu estava feliz ao seu lado era tão bom estar longe de tudo e todos, fugimos para as montanhas e ficamos admirando a lua, ela estava tão linda assim como você, disse lhe o que vive guardando por anos e anos queria ter aproveitado aquele momento.

Quando nasci disseram que eu não traria sorte para aqueles que estavam ao meu redor, meus pais me criaram sabendo que seriam mal vistos pelas pessoas ao redor, seria muito estranho se um lobo branco nascesse em meio a uma tribo de lobos negros, mesmo assim com as portas sempre fechadas sobrevivemos até aquele dia que mal me lembro, foi um tempo depois daquela noite que fomos ver a lua, nós de realidades tão diferentes pudemos nos encontra e tivemos puros sentimentos, pensei que tudo continuaria daquele jeito. Sempre passava os dias com você e nossos amigos, você quase sempre levava a culpa pelo que fazíamos, durante este tempo cativei algo que nunca senti acho que em você foi à mesma coisa, te fiz uma promessa acho que não poderei cumpri-la.

Naquela linda manhã você estava tão radiante de felicidade, eu também, você fez um pedido bobo, disse que queria comer carne de coelho e eu saíra sem avisar em busca disso, no dia seguinte voltei à nossa vila quando cheguei já era tarde.

No céu apareceu uma coisa, uma fera que varreu com o clã dos lobos negros, um dragão negro vermelho de asas negras, suas chamas petrificaram tudo que tocavam, eu nada pude fazer se ao menos estivesse ao seu lado você não teria... bem também se estivesse o que eu poderia fazer. Um sopro tomou a vida de todos que conhecia, eu em ímpeto e loucura, tentei enfrentar o dragão, quando tentei acertar-lhe um golpe eu vi você, ou somente sua forma em pedra, neste momento ele percebeu que eu estava lá, e certamente viraria pedra, mas uma presença apareceu, um mago me tirou da frente do sopro antes de meu fim.

Acordei um tempo depois em uma caverna e o mago me contara que parte de meu braço fora atingido pelo feixe petrificante, ele havia cuidado de mim por um tempo, soube por ele que aquele os poderes daquele dragão estavam muito distantes do meu, e eu ficaria com alguma sequela.

Daí em diante eu não me lembro do que acontecera, todas as minhas memorias parecem que também se tornaram pedra, acho que nem lembro o nome de quem jurei o amor de uma vida, acho que com o tempo me lembrarei de alguma coisa.

O lobo branco e princesa negraOnde histórias criam vida. Descubra agora