A história não contada.

34 5 4
                                    

- Não é nada demais. Charles sentou na frente da carroça, ele queria seguro caminho.

Camila ignorou seu medo e subiu, Peter relutou um pouco antes de ir. Com um pouco mais de tempo Charles se acalmou e contou que nem ele sabia o que havia na caixa, apenas foi dito que não deveria abrir. Camila pergunta de quem é a carga, Charles também não sabe, foi apenas uma indicação anônima de Alexandre. Quando todos se acalmaram eles seguiram caminho.

O elfo tinha muitos amigos principalmente aqueles que não se davam bem com as autoridades, e principalmente a igreja, a maioria dos artefatos mágicos eram simplesmente tomados pela igreja e dados as famílias nobres e generais.

- Então aquilo era um leão?

- Na verdade só a cabeça, as quimeras tem a cabeça de leão, elas são muito instáveis e precisam consumir magia para não morrem.

- Aquilo estava apenas tentando sobreviver...

- Nós também.

-Camila, quando você disse quer era rainha, não disse qual era o nome do seu reino... Peter é silenciado por Camila.

- Pricesa na verdade. Mas não é bom falar sobre isso, o nome da minha nação virou um xingamento aqui então, não quero falar sobre isso, não agora.

A nação de Meriphis ficava do outro lado da costa, a maior parte do país é deserto, mas a areia de lá era diferente das outras, tinha bastante sal de prata, dando uma vantagem para os Meriphis. E por isso as tropas de Tawaral não consegui atravessar o deserto, mas tentaram inúmeras vezes.

Thayphis era o nome da nação de Camila antes e durante a guerra, comandados pela familia Naim, conhecidos pelas artes da escuridão. Os habitantes de Tawaral, usavam Naimyphis como uma ofensa muito forte. Mas a dinastia atual era Meriphis, a familia Himolda, na verdade muitas coisas foram da história foram distorcidas, as diferenças de informações eram enormes, a começar por quando a guera começou e terminou. Setecentos anos era uma data estimada, e muito errada, Alexandre sabia que só haviam se passados duzentos e poucos anos, mas o calendário oriental foi mudado algumas vezes, meses foram adicionados, e com a chegada da nova religião trazida pela dinastia de Tawaral o calendário foi zerado. Além disso a guerra destruiu registros e quase todas as memória vivas. Com tudo isso não seria difícil inventar qualquer fato, afinal ninguém estava vivo para dizer que era mentira. Mesmo do outro lado do mar eles repetiram a mentira, como se a guerra fosse algo bem distante, mas como foi possível inventar quinhentos anos de história de uma século para outro?

Havia um ponto de parada no meio da estrada uma pequena clareira. Eles pararam para descansar por um período curto apenas duas horas. Mas nesse meio tempo Camila contou que haviam muitas relíquias mágicas deixadas pelos antigos Thayphis, Camila conhecia a maioria delas. A espada de prata deveria ser uma das relíquias mais poderosa, nas mãos certas.

- Seus pais devem ter ficado bravos por você ter roubado a espada e fugido.

- Eu não fugi, só tive uma oportunidade, na verdade.- Camila é interrompida por mais um espirro de Peter, dessa vez ele o rosto dele estava um pouco mais longe, mas acabou por espalhar mais o espirro no rosto de Camila.

- Enfim... O quanto você sabe de magia de escuridão? 

- Eu sei que a sinto. Você também tem não e?

- Como você sabe? Camila fica sem palavras.

- Sua aura seu cheiro. E tao pouco mas eu consigo sentir. Peter segura a mao de Camila. Ela pode sentir todos os seus ossos tocando na própria pele. Os Meriphis selaram qualquer resquícios de magia de escuridão dentro de seus corpos, para reafirmar a sua dinastia prateada. Peter acaba de quebrar esse selo.

- Como? O que você fez?

- Sua essência de escuridão estava tão fraca. Eu só dei um pouco da minha.

- No meu reino quando alguém da realeza nasce eles fazem um ritual para selar a escuridão. Isso não podia ser desfeito com facilidade.- Camila soltou a mão de Peter e sentiu algo vindo dentro de seu próprio corpo, ela vomitou. O corpo dela nunca teve tempo de se acostumar com a escuridão.- Eu não sinto meus dedos nem minhas pernas.

- A escuridão que estava selada agora deve estar circulando no seu corpo.

- Tem ideia do que fez talvez eu nunca mais consiga usar magia de prata na vida.

- Claro que consegue, talvez você consiga usar até melhor.

Camila pega uma moeda, esfrega nos dedos, ela ainda conseguia sentir o poder da prata.

- Quando voltarmos eu quer tentar uma coisa, aliás cadê seu machado?

- Eu deixei ele cair quando lutei com a quimera. Eu vou buscá-lo e já volto. O lobo pulou e da carroça e foi correndo até sumir na escuridão da noite.

- Ele volta? Pergunta Chales.

- Se ele não voltar com certeza seremos comidos por alguma outra besta mágica.

- Você não estava ouvindo nossa conversa?

- Não muito. Mas eu sempre quiz saber como era aqui antes de tudo.

- Leões.

- O que? Ele não entendeu.

- Haviam muitos leões nessas planícies.

- A capital era mais bonita. Você já foi a capital?

- Eu vou lá quase todo mês, é um lugar muito sujo. Em todos os sentidos, sabe o quando de suborno eu tenho que pagar para fazer uma trabalho lá.

- Eu posso imaginar. Camila ainda seu corpo mudar.

O lobo estava correndo atrás da carroça pulou, Charles fez os cavalos andarem mais devagar e Peter subiu, ele estava ofegante.

- E então? Perguntou ele após recupera o fôlego.

- Em alguma tempo chegaremos no em um posto comercial.- Chales boceja.- Vamos parar para descansar um pouco.

O restante do caminho foi mais tranquilo. Peter sentiu apenas o cheiro de animais pequenos ao redor. E haviam muitas corujas no caminho.
Camila caiu no sono na verdade Peter usou magia de escuridão para fazer ela dormir, já que ela não pareceu bem.
- Ela dormiu?

- Eu fiz ela dormir. Ela não estava se sentindo bem.

- Isso foi magia? Digo ela vai acordar?

- Depois de bastante tempo.

- Vai se melhor para esconde lá então.

- Como assim?

- Entrar de noite em um posto comercial com uma Naimyphis é complicado. Enrole ela num tecido.

Peter enrola ela com um pano grande que estava na carroça. Deixando um espaço para ela não se sentir sufocada. Ele não entendia aquela situação mas se aquilo ajudaria ele não seria contra.

O lobo branco e princesa negraOnde histórias criam vida. Descubra agora