A lua?

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No caminho de volta a vila.

-Me espera! Você está andando muito rápido. Camila não conseguia alcançar o lobo.

- Você que é lenta, e leva um peso.O que tem nessa sua bolsa? Peter desacelera os paços.

-Há algumas coisas que eu peguei no calabouço, por exemplo, aquele ogro tinha um anel de ouro. Camila pega o tal anel e mostra a Peter.

-O que você faz com ele?

-Se bota no dedo. Camila tenta colocar o anel, mas mesmo o dedo mais gordo ainda é muito pequeno para o anel que caberia no dedo de um ogro. - Como não cabe eu vou vende-lo, ele deve valer pelo menos 4 moedas de ouro.

-Aquela coisa brilhante, redonda e branca como a lua.

-Sim! Quer dizer não, moedas de ouro tem a cor do sol elas valem bastante, as de prata valem menos que a de ouro são da cor da lua, as moedas vermelhas como as de folhas no outono são de cobre, e elas valem pouco.

Peter quase se perde na explicação de Camila.

-Que complicado, de onde eu vinha trocávamos coisas por outras coisas.

-Se você quisesse algo que valha muito você trocava muitas coisas?

-Sim, dependendo do que for pode ficar um pouco pesado para levar.

- Há muito  tempo eu fui a feira com minha mãe ela comprou algo bem simples e ela recebeu muitas moedas de cobre, ficou bem pesado, a propósito como você me ajudou com o ogro eu vou te dar a metade do que conseguir com ele, tudo bem?

Peter não considera que apenas ajudou Camila a lidar com o ogro mas aceitou a metade.

Passando o tempo finalmente chegam a cidade e como prometido Camila ofereceu convidou Peter para comer em restaurante, era um lugar bem rustico, iluminado pela luz das janelas e velas, uma grande mesa no centro e outras menores ao redor foi uma dessas que eles sentaram. Para Peter o ambiente não parecia nem tão novo nem tão familiar. Peter queria carne e Camila só pediu vinho este chegou logo, Camila ofereceu um gole e Peter, ele até provou, mas não gostou, tinha um aspecto bem quente. Quando a carne chegou Peter ainda separou um misero pedaço de carne para Camila, que só lhe interessava a bebida.

A visão que se tinha do lobo comendo não era tão agradável, mas Camila estava cada vez menos sóbria, mas não fazia muita diferença, não havia talheres e dificilmente haveria, talheres de madeira eram muito fracos, e os de ferro ainda são um pouco caros para a pequena vila e as vezes são roubados, e os que tinham dinheiro tinham talheres de prata, que eram pesados. De qualquer modo as mãos se tornam a melhor opção. Os caninos do lobo fazem parecer que a carne é extremamente macia, no caso estava longe de ser. "uma mordida dele deve doer" pesando nisso Camila come seu pedaço, parece que ela está apenas o arranhado, em comparação a mordida de Peter, foi até m pouco engraçado. Por fim, Camila pagou a conta, ela sequer prestou atenção no troco o lobo ajuda Camila a voltar andando para a pensão.

Esta de noite, e bem escuro Peter olha para o céu, para as estrelas para a ... lua? Peter para por um instante e fica olhando o céu.

-Parou porque? Perguntou Camila aos soluços e risos.

O lobo olha para o céu e conta com os dedos: "um... dois..." então pergunta.

-Porque há duas luas?

-Seu bobinho sempre foi assim.

O lobo fica paralisado olhando para o a noite.

O lobo branco e princesa negraOnde histórias criam vida. Descubra agora